No começo do século XX a população pobre dispunha de atendimento filantrópicos, nos hospitais de caridade mantidos pela igreja.
Primeiras décadas do século XX:
Epidemias de doenças transmissíveis, em particular a febre amarela e a malária
1900
Foi criado, em 25 de maio de 1900, o Instituto Soroterápico Federal, com o objetivo de fabricar soros e vacinas contra a peste.
1902:
Presidente Rodrigo Alves começa saneamento e reforma urbana no Rio de Janeiro, na época cidade conhecida como "Túmulo de Estrangeiros".
1903
Oswaldo Cruz foi nomeado Diretor-Geral de Saúde Pública
1907
A febre amarela estava erradicada do Rio de Janeiro. Em setembro de 1907, no IV Congresso Internacional de Higiene e Demografia de Berlim, Oswaldo Cruz recebeu a medalha de ouro pelo trabalho de saneamento do Rio de Janeiro.
1908
O Instituto Soroterápico Federal foi rebatizado como Instituto Oswaldo Cruz.
Oswaldo Cruz reformou o Código Sanitário e reestruturou todos os órgãos de saúde e higiene do país.
1920
Decreto nº 3.987, de 2 de janeiro de 1920, criou o Departamento Nacional de Saúde Pública (Decreto nº 14.189, de 26/5/1920).
1923
Lei Eloy Chagas
Consolida a base do sistema previdenciário do Brasil com a criação das Caixas de Aposentadoria e Pensões aos empregados das empresas ferroviárias. Porém, com a pressão política da bancada ruralista, os trabalhadores rurais, maioria à época , são excluídos dessa lei.
1930
O populista sulista Getúlio Vargas assume a Presidência da Republica do Brasil e cria o Ministério dos Negócios da Educação e Saúde Pública, sendo a primeira desvinculação efetiva na história entre a Saúde Pública e o Ministério da Justiça brasileiro.
1941:
Reforma Barros Barreto
Criação de órgãos normativos e supletivos destinados a orientar a assistência sanitária e hospitalar no país. Destacam-se os programas de saneamento como medidas de saúde e a atenção às doenças degenerativas e mentais com a criação de serviços especializados de âmbito nacional, como o Instituto Nacional do Câncer (INCA).
1943
No dia 1 de maio o Decreto-Lei 5.452 cria a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Nasce por necessidade constitucional após a criação da Justiça do Trabalho em 1939 no país.
1953
Criação do Ministério da Saúde, regulamentado pelo Decreto nº 34.596, de 16 de novembro de 1953 (Lei nº 1.920, de 25/7/1953).
Tornou obrigatória a iodação do sal de cozinha destinado a consumo alimentar nas regiões bocígenas do país (Lei nº 1.944, de 14/8/1953).
1954
Estabeleceu normas gerais sobre a defesa e proteção da saúde. Art. 1º "É dever do Estado, bem como da família, defender e proteger a saúde do indivíduo" (Lei nº 2.312, de 3/ 9/1954)
1956
Criou o Departamento Nacional de Endemias Rurais (DENERu), que incorporou os programas existentes, sob a responsabilidade do Departamento Nacional de Saúde (febre amarela, malária e peste) e da Divisão de Organização Sanitária (bouba, esquistossomose e tracoma), órgãos do novo Ministério da Saúde (Lei nº 2.743, de 6/3/1956).
1960
Transforma o Sesp em Fundação Serviço Especial de Saúde Pública (Fsesp), vinculada ao Ministério da Saúde (Lei nº 3.750, de 11/4/1960).
1969
O Sesp passou a denominar-se Fundação de Serviços de Saúde Pública Fsesp (Decreto Lei nº 904, de 1/10/1969).
Organizado, pela Fundação Sesp, o sistema de notificação de algumas doenças transmissíveis, prioritariamente aquelas passíveis de controle por meio de programas de vacinação.
Criação, pela Fundação Sesp, do Boletim Epidemiológico.
1971
Criação da Central de Medicamentos (Ceme) e início da organização do sistema de produção e distribuição de medicamentos essenciais, inclusive produtos imunobiológicos.
1976
Regulamentou a Lei nº 6.259/75. Dispôs sobre a organização das Ações de Vigilância Epidemiológica, e o Programa Nacional de Imunizações. Estabeleceu normas relativas à notificação compulsória de doenças (Decreto nº 78.231, de 12/8/1976).
1977
Aprovação do modelo da Caderneta de Vacinação (Portaria GM/MS nº 85, de 4/4/1977)
Definição das vacinas obrigatórias para os menores de um ano, em todo território nacional (Portaria Ministerial nº 452, de 1977).
1979
Certificação, pela OMS, da erradicação global da varíola.
Dispôs sobre a intensificação e expansão de serviços básicos de saúde e saneamento; aprovou o Programa de Intriorização das Ações de Saúde e Saneamento (Piass) para o período 1980-1985 (Decreto nº 84.219, de 14/11/1979).
1980
Lançado o Plano de Ação Contra a Poliomielite, estabelecendo os dias nacionais de vacinação.
1986
Criação do personagem símbolo da erradicação da poliomielite, o Zé Gotinha, e publicação do documento A marca de um compromisso.
1988
Criação do Sistema Único de Saúde
Arts. 196 a 200 Seção II Da Saúde.
Parágrafo único. O Sistema Único de Saúde será financiado, nos termos do art. 195, com recurso do orçamento da Seguridade Social da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de outras fontes.
1970
Reorganizou administrativamente o Ministério da Saúde, criando a Superintendência de Campanhas de Saúde Pública (Sucam);
Criação da Divisão Nacional de Epidemiologia e Estatística da Saúde (Dnees), no Departamento de Profilaxia e Controle de Doenças.