Escolas de pensamento sobre o
Fim da União Soviética
Causas Norte-Americanas
Ênfase para como as
administrações de Reagan e
Bush aceleram o processo de
colapso da URSS a partir de
uma postura firme na Relação
Moscou/Washington
Exploração dos pontos fracos de Moscou
Iniciativa de Defesa Estratégica (SDI) e o programa de rearmamento maciço
Impossibilidade da URSS em acompanhar o ritmo de gastos em Defesa e na competição tecnológica
Corrente Triunfalista
Os EUA destroem sua Nemesis, a URSS
A postura dos Governos
Reagan e Bush adia o Fim
da URSS, pois a retórica
anticomunista, política
re-armamentista tornaram
mais difícil a Gorbachev a
aproximação do Ocidente
Causas Soviéticas
Não foi Washington que venceu o Conflito Bipolar, mas sim Moscou que perdeu, ao implodir
Políticas de Gorbachev
Só um comunista poderia abater a URSS
Tony Judt
Gorbachev tinha como prioridade a revisão
da moribunda economia do país
Perestroika
Transformação gradual de uma Economia de Planejamento Centralizado em uma
com elementos de mercado e iniciativa privada de pequena escala
O problema econômico da URSS estava vinculado a
um problema político: era preciso reformar, antes
de mais nada, o Partido Comunista da União
Soviética (PCUS)
Glasnot
Incentivo a discussão pública de um conjunto restrito de tópicos
Democratização do Partido Comunista a partir de eleições internas
A combinação da Perestroika e da
Glasnot culminaram no Fim da URSS
Expansionismo para o Terceiro Mundo
Principalmente na Década de 70
Os ventos sopram a favor
Apoio e financiamento Militar do Kremlin em conflitos e estabelecimento de regimes
1975
Aliados soviéticos vencem em Angola e no Vietnam
1977
Apoio a Etiópia em um conflito territorial com a Somália
1979
Invasão Soviética do Afeganistão
Apoio econômico a Cuba
Doutrina da Soberania Limitada
Colapso Econômico
Planejamento Central combinado com a escassez
A Economia Soviética, que não crescera por um longo período de tempo, agora estava a retroceder
A Política Re-armamentista dos EUA gera uma estagnação ainda maior na URSS
Causas dos Satélites Soviéticos
Segunda Revolução Polaca
Protestos, paralisações, ocupações
Revolução Negociada
Que marca o fim da Doutrinha Brejnev
Legalização da Oposição
Negociações com a oposição numa "mesa-redonda"
Realização de Eleições
Tomada de Posse de um novo Governo
Extinção do Partido Comunista
Válida para quase todos as Revoluções de 1989-91
Influencia na Hungria
Transição conduzida pelos comunistas
República Democrática Alemã
Queda do Muro de Berlim
1988-89
Revoluções de 1989
Porque em 1989 foi diferente?
Abandono na Doutrina Brejnev
Perestroika combinada à Glasnot:
Gorbachev incentiva que os líderes
soviéticos e respectivos estados
satélites a implantarem medidas
reformistas
Crise econômica e social no Leste Europeu
A Causa central esteve internamente na URSS
Portanto, as Revoluções de 1989 podem ser
chamadas de Revoluções de Gorbachev
Artigo por MOREIRA DE SÁ, Tiago. 2014
Não foram os Estados Unidos que ganharam a Guerra Fria, mas antes a União Soviética a perdeu
O papel dos EUA
Governo Reagan
1981-1989
Período
1981-1983
Reagan e o que viria a ser sua equipe de
Governo, desde o momento de ascensão
à Casa Branca, defendiam a ideia de que
o Expansionismo Soviético na periferia
internacional era a maior ameaça aos
EUA em termos de segurança e soberania
desde a Segunda Guerra Mundial
As políticas da SDI faz com que a URSS se desvincule de acordos internacionais de contenção nuclear
Visão de que a Democracia Liberal e o Comunismo eram sistemas irreconciliáveis
Luta entre o bem e o mal
Crença em Direito Natural e
Universal à Liberdade traz aos
EUA a missão de defender esse
ideal em todos os continentes
Doutrina Wilson
A América não iria esperar que as instituições livres se
desenvolvessem e nem aturar ameaças a sua
segurança; antes, iria promover de forma ativa a
Democracia, recompensando países que se alinhassem
aos seus ideais e punindo aqueles que não o fizessem
Reagan não via o conflito como única alternativa
Acreditava que a melhor alternativa
era a "conversão do inimigo"
Uma vez ultrapassada a rivalidade ideológica, a disputa entre as superpotencias acabaria
Principalmente entre os anos de 1981 e 1983
Aumento da hostilidade entre
as duas superpotenciais
A disputa geopolítica e ideológica entre URSS e EUA se acirra ao
máximo - desde a Crise dos Mísseis de Cuba - no ano de 1983
Período
1984-1989
Realist Reengagement
Cooperação e entendimento
entre os EUA e a URSS
Reduzir o volume de armamentos estratégicos
Encerrar conflitos na Ásia Central, África e América do Sul
A postura dura da política externa
norte-americana no Período 1981-1983
gerou problemas de comunicação,
entendimento, afastando Moscou e
Washington de possíveis negociações
A vertente Triunfalista de explicação do Fim da URSS sofre
contra-argumentações neste momento, por conta do pouco
exito do primeiro momento da Administração Reagan
Tensionava
setores mais
radicais da URSS
Pouca adesão de
aliados no Terceiro
Mundo
Além da nova abordagem do Governo Reagan nas relações entre EUA e URSS
A própria URSS havia mudado com a Administração Gorbachev
Prioridades de Gorbachev como Secretário Geral do PCUS
1. Evacuação do Exército Vermelho do Afeganistão
2. Reduzir os compromissos de Moscou no Terceiro Mundo
3. Encerrar a Doutrina Brejnev - Doutrina da Soberania Limitada
4. Reduzir substancialmente os armamentos nucleares
Cimeira de Reiquiavique
Reunião de Reagan e Gorbachev na Islandia
Cimeira de Washington
Intermediate-Range Nuclear Forces
Acordo nuclear significativo em relação a destruição de armamentos nucleares de médio porte
Reunião de Gorbachev e Reagan em Moscou
Declaração pública de Reagan
A Guerra Fria, neste momento, acabou
Governo Bush
1989-1993
Papai Bush, principalmente para os que
explicam a queda da URSS a partir de fatores
Norte-americanos, tem papel importante na
condução das relações entre os dois países
até o Colapso Final da URSS
Não forçar a Queda da URSS faz com que Gorbachev tivesse mais liberdade em prosseguir as reformas
Fazer a transição para um mundo pós União Soviética, com o arsenal nuclear da URSS pulverizado por vários países
Condução da Reunificação da Alemanha
Negociações 2 + 4 = RFA + RDA + França, UK, URSS e EUA
As condições francesas levaram a um
compromisso de integração alemão,
que se traduz na União Europeia
A diplomacia de Kohl - líder da RFA- e Bush conseguem suprir as contrapartidas exigidas por Gorbachev
O papel do Ocidente - sobretudo Norte-americano - foi necessário nesse contexto, mas não fundamental
Os EUA foram fundamentais não no Fim, mas no Pós-Guerra Fria
Reorganização de um Mundo Bipolar em Unipolar
Enlargement
Bill Clinton
Expansão dos modelos de Democracia
Liberal pelo mundo, gás na integração de
novos membros União Europeia e na OTAN,
antes sob a influencia do Bloco Comunista
Os motivos fundamentais da implosão Soviética estão mais relacionados a Administração de Gorbachev do que as causas
norte-americanas ou as revoluções nas Repúblicas da URSS ou satélites (ainda que esses aspectos também tenham sido importantes)