A carga nuclear efetiva aumenta ao longo de um período e diminui ao longo de um grupo.
Aquando o aumento do número atómico dos elementos, o número de eletrões distribuídos por
orbitais e a carga positiva gerada pelos protões no núcleo também aumenta, atraindo com mais
intensidade os eletrões. Os eletrões mais internos, a uma determinada altura, não permitirão que os
mais externos sejam submetidos tão fortemente a essa atração, pelo que, surge o efeito da
blindagem.
Anotações:
Surge
agora um exemplo ilustrativo de modo a ficar tudo mais explícito. O cloro, por
exemplo, tem número atómico 17, o que significa que tem 17 protões e 17 eletrões.
O primeiro eletrão, mais interno, sente as 17 cargas positivas dos protões no
núcleo e é atraído por elas, no entanto, já o terceiro eletrão não é capaz de as
sentir, visto que, à sua frente, existem outros dois eletrões que anulam um
pouco da carga positiva do núcleo. O 17º eletrão, por sua vez, sentirá ainda
menos a carga do núcleo, já que, à sua frente, estão os outros 16 eletrões. Esta
interferência que os eletrões mais internos exercem sobre os mais externos, é a blindagem. Além disso, já que o 17º eletrão não é capaz de sentir toda a carga
do núcleo, dizemos que ele sente a carga nuclear efetiva.
Raio atómico
O raio atómico é “metade da distância entre dois núcleos em dois átomos de metal adjacentes1”. É
determinado através do núcleo até à última camada eletrónica. Quanto maior for a carga nuclear
efetiva, maior é a força de atração núcleo-eletrões, e, consecutivamente, menor o raio atómico. Este
aumenta ao longo de um grupo uma vez que o número de camadas interiores se mantém, no
entanto, a carga nuclear aumenta. Os eletrões adicionados não verificam qualquer efeito quanto à
blindagem, aumentando a carga efetiva enquanto o número quântico se mantém constante. No
entanto diminui ao longo de um período uma vez que o efeito de atração das cargas nucleares sobre
os eletrões é superior ao efeito de repulsão entre os eletrões, pelo que se observa a diminuição do
tamanho do átomo. 1 McGraw-Hill
Raios Atómicos vs Raios Iónicos
O raio do catião é sempre inferior ao do átomo a partir do qual se formou uma vez que este cede um
eletrão, tornando-se monopositivo, aumentando a atração núcleo-eletrões, já o raio do anião é superior
ao do átomo a partir do qual se formou, visto que capta um eletrão, tornando-se mononegativo. Assim
sendo,vai aumentar as repulsões dentro da nuvem.
Energia de Ionização
A Energia de Ionização é a energia mínima necessária para remover um eletrão de um átomo no
estado gasoso e no estado fundamental. É dada em KJ/mol. Esta energia aumenta à medida que nos
aproximamos do núcleo, uma vez que a atração núcleo-eletrão aumenta igualmente. I1<I2<I3.
Anotações:
I1 +X(g) -> X+ + e-
I2 + X(g) -> X2+ + e-
l3 + X(g) -> X3+ + e-
(Trata-se de um processo endotérmico)