Mapa mental da dissertação da aluna Letícia: quais características afetam a limitação espacial e temporal da dispersão de sementes em uma floresta de restinga
LDe = 1 - (proporção de meses
onde teve sementes da espécie)
Limitação espacial
LDt = 1 - (proporção de
coletores onde teve
sementes da espécie)
OBJETIVOS: (1) Existe relação entre a limitação espacial e tempora? (2)
Quais características das espécies influenciam as duas limitações?
Tipo de dispersão
Altura máxima local
Massa média das sementes
Frequência de indivíduos adultos
MM
AMOSTRAGEM: frag de planície costeira
40 coletores (20m²) distantes 100m entre si
Visitas mensais (36 meses)
Identificação das sementes por espécie
ANÁLISES
Existe relação entre limitação
espacial e temporal?
Correlação de Pearson
Quais características
das espécies afetam as
duas limitações na
dispersão?
GLMM
sp1
ANO1
LD1
EXPL
as mesmas caracteristicas da espécie
se repetem ao longo dos 3 anos como
variável explicativa. Portanto é um fator
fixo no glm misto
ANO2
LD2
EXPL
ANO3
LD3
EXPL
sp2
sp31
RESULTADOS
as proporções de espécies analisadas limitadas espacial (90,3%) e
temporalmente (70,9%) foram altas
correlação entre LDe e LDT também foi alta (Spearman = 0,8)
LDe e LDta foram afetados por características
das espécies
Ferquência dos indivíduos
Massa médias das sementes
Altura máxima
Conclusãp dos resultados: Em geral, as relações encontradas indicam que espécies com sementes maiores,
com menor altura máxima e menor frequência de distribuição dos indivíduos adultos são mais limitadas
espacial e temporalmente. Apesar desses fatores terem sido selecionados, houve uma grande variação nos
efeitos para as espécies analisadas.
FUNDAMENTAÇÃO
TEORICA
1.A riqueza de comunidades vegetais é definida por meio
de mecanismos geradores e mantenedores da
diversidade
1.Mecanismos geradores
Especiação
Dispersão em média e larga escala
2.Mecanismos mantenedores
Diferenciação de nichos
cada espécie apresenta diferentes tolerâncias e exigências no uso de recursos, reduzindo a competição e possibilitando a
coexistência entre elas. Espécies funcionalmente similares tendem a se excluir por competição e a comunidade tende a ser
dominada por uma única espécie
Entretanto, de acordo com a teoria neutra, espécies com nichos similares e que são consideradas funcionalmente
equivalentes podem coexistir na comunidade
Migração entre a comunidade local e a metacomunidade
3.Mecanismos equalizadores
Limitação espacial na dispersão
reduzem as diferenças competitivas entre as espécies e podem tornar a exclusão competitiva mais lenta,
aumentando as chances de sobrevivência das piores competidoras
COMO?
As sementes de uma espécie geralmente não chegam a todos os locais propícios ao seu
desenvolvimento. Ou seja, toda espécie apresenta limitação na dispersão em algum grau
Tal limitação varia em relação às características da espécie
Se todas as espécies de uma comunidade tivessem alta capacidade de dispersão e baixa limitação de dispersão, possivelmente existiria uma frequente
interação competitiva entre as espécies vegetais, que resultaria na exclusão das espécies com menores habilidades competitivas
Ou seja, as espécies mais competitivas iriam sempre dominar os ambientes onde pudessem chegar, causando
uma redução da riqueza em uma escala geográfica ampla
Portanto, as chances de que espécies com menor habilidade competitiva se estabeleçam aumentam devido às menores chances de
encontro com melhores competidoras graças a limitação na dispersão
Essa limitação varia em relação as características das espécies
não dependem da migração em larga escala e permitem que espécies que competem pelos mesmos recursos, mas
com diferentes habilidades competitivas, coexistam
2.Além da dispersão espacial, a limitação temporal talvez seja também um mecanismos equalizador, embora
poucos estudos tenham explorado essa questão
Alguns estudos tem trabalhado com fenologia,
entretando não relacionam diretamente esses
padrões temporais à manutenção da
diversidade vegetal em comunidades
LACUNA DO CONHECIMENTO?
Muitos trabalhos relacionam a fenologia dos processos de
frutificação e floração à diferenciação de nichos entre agentes
dispersores e polinizadores, mas não em função da competição
entre plântulas nas fases iniciais de estabelecimento
COMO SERIA ISSO?
Se todas as espécies chegassem ao solo em todos os meses do ano, as interações competitivas no estágio de
plântula recém-germinadas seriam mais frequentes, possivelmente resultando na exclusão de espécies com
menor habilidade competitiva.
Portanto, a chegada das sementes de uma espécie de maneira concentrada e em períodos distintos das outras
espécies, possivelmente reduz a competição interespecífica nos estágios de vida mais críticos, como as plântulas.