O pneumotórax é definido como a presença de ar livre na cavidade pleural. É uma
entidade clínica frequente que apresenta diversas peculiaridades, tanto em sua apresentação clínica
quanto no seu tratamento.
CLASSIFICAÇÃO: O pneumotórax pode ser classificado em espontâneo
primário e secundário ou adquirido.
FISIOPATOLOGIA: O pneumotórax espontâneo primário ocorre em pacientes sem
doença pulmonar evidente. O pneumotórax espontâneo secundário ocorre como
complicação de doença pulmonar conhecida, como enfisema bolhoso, asma, ou
bolha de secreção em paciente com doença pulmonar obstrutiva crônica.
No pneumotórax espontâneo
primário, são encontradas bolhas ou
lesões subpleurais, particularmente
nos ápices, e virtualmente em todos
os pacientes submetidos a
toracotomia.
O tabagismo aumenta os riscos de
pneumotórax espontâneo.
Parece evidente que a
incidência de pneumotórax
espontâneo é proporcional ao
grau de consumo de cigarro.
DIAGNÓSTICO: O diagnóstico do pneumotórax é baseado na
história e exame físico, e confirmado com a utilização de
métodos de imagem. O pneumotórax ocorre com o paciente
em repouso, tendo como sinais e sintomas como dispnéia e
dor torácica.
A dispnéia normalmente é
proporcional ao tamanho e à
velocidade de acúmulo do
pneumotorax e à reserva
cardiopulmonar do paciente.
A dor torácica
caracteriza-se por
ser aguda e
ipsilateral.
Ao exame físico, geralmente observa-se
redução do murmúrio vesicular e do frêmito
tóraco-vocal, diminuição local da
expansibilidade torácica com aumento do
volume do hemitórax envolvido e
timpanismo à percussão.
TRATAMENTO: O tratamento do pneumotórax é muito variado e
depende de vários fatores. Podem ser tomadas condutas desde
tratamentos mais conservadores, como a observação
domiciliar, até a toracotomia com ressecção pulmonar e
pleurectomia.
Pneumotórax espontâneo primário: conduta
inicial é sempre conservadora, com o uso de
analgésicos e repouso relativo.
Pneumotórax espontâneo secundário: O tratamento
do pneumotórax espontâneo secundário está dentro
de um contexto relacionado com a patologia
primária que originou o episódio.
Pneumotórax adquirido: O tratamento depende
do tamanho do pneumotórax, condições clínicas
do paciente, doenças associadas e presença ou
não de ventilação positiva.