M. estriado no terço proximal; M lisa dos 2/3 distal; na
transição entre as duas, contêm ambos os tipos musculares
Órgão muscular- entre coluna vertebral e traqueia- Função- Transporte de alimento
M. circular interna/ longitudinal externa; Entre essas duas camada existe o PLEXO
MIOENTÉRICO (Dotado de neurônios, comunicação entre o N. vago e M. liso
Esfincter de defesa
EES- separa da faringe (impede aspiração de conteúdo do esófago)
EEI: separa do estômago (Dificulta o refluxo gastro esofágico
Deglutição- abre EES- onda peristáltica primária percorre o esófago (sentido aboral)- abre EEI
Após a deglutição os esfincteres △ seu tônus basal de repouso - mecanismo de defesa
Doenças
Orgênicas
Ocorre alterações anatômicas, freq. obstrutiva, origem
benigna ou maligna, com localização intrínsca ou extrinsca
Funcionais
Ocorre distúrbio da motilidade esofagiana, SEM
evidências de lesões estruturais obstrutivas
Fases da
deglutição
1- Fase preparatória oral
Ensalivação; mastigação;
posicionamento do bolo
alimentar para faringe
2- Fase oral
VOLUNTÁRIA- Transferência do bolo até a faringe
3- Fase faríngea
Transporte do bolo da faringe para esôfago
4- Fase esofágica
Transporte do esófago ao estômago
Nova classificação de distúrbios motores esofágicos e seus critérios de diagnóstico
Disfagia - Dificuldade para deglutir
Disfagia orofaríngea
DOF (transferência)
Causada: Alterações que afetam a cavidade
oral e a faringe, especial EES
Fase oral: disfunção de preparo, qualificação e organização, afetam a ejeção,
que por danos neuromusculares por si só podem estar comprometidas
Principais causas de comprometimento: Na faringe, disfunção na
dinâmica de exclusão da rinofaringe e conduções faríngea com abertura
inadequada, da transição faringoesofágica (TFE) em tempo e dimensão
Abertura da TFE, depende da dinâmica hiolaringea-
importante na mecânica de proteção das VA
CARACTERÍSTICAS
CLÍNICAS
Anamnese+ sintomas relacionados
ao ato de deglutir- diagnóstico
Dificuldade em deglutir- apontando
região cervical
Pode acompanhar: engasgo; regurgitação de
líquidos pelas fossas nasais- Torna as
refeições longas (afeta convívio familiar)
Quadros prolongados- perda de peso; desnutrição
Pode ocorrer aspiração- leva a pneumonia e óbito
Freq. alimentar tossindo-
tentativa de proteção das VA
Retensão de saliva ou resíduos na faringe-
geral alteração vocal- "VOZ MOLHADA"
DIAGNÓSTICO
Inicia pela suspeita
Início; duração e progressão da disfagia
Sugestivo de evento cerebrovascular- início súbito;
associado a outros sinais e sintomas neurológicos
Sugestivo de dano no Tronco cerebral- vertigem;
náusea, vômito; soluço; rouquidão; diplopia
Sugerir comprometimento etiologia musc. ou de neurônio
motor: disartria; diplopia; fraqueza de membros ou fadiga
Paciente idoso
1- Identificar achados de doenças sistêmicas ou metabólicas
2- Se presente lesões neurológicas, localizar o nível
neuroanatomicamente e a gravidade da lesão
3- Detectar possibilidades de aspiração; sepse pulmonar ou deficiência
nutricional- Que são indicadores da gravidade da disfagia
MÉTODOS
COMPLEMENTARES
Videofluoroscópia da deglutição; Estudo endoscópico
funcional da deglutição (FESS); Oferecem + subsídios
Observação manométrica. Um dos métodos + eficientes. Associada com vídeofluoroscopia permite em tempo real observar anatomia
envolvida na deglutição orofaríngea, e resultados pressóricos que cada estrutura exerce- PERMITE DIAGNÓSTICO FUNCIONAL + PRECISO
OBS: A vídeofluoroscopia é radiológico não invasivo, oferece + subsídios ao estudo, principalmente fase oral e faríngea; possibilita análise qualitativo dos
fenômenos registrados, e quantificação em dimensão e tempo de estruturas e eventos. Observa eficácia do preparo, organização e da ejeção do bolo. Avalia-
escape de conteúdo para rinofaringe, trânsito faríngeo, eficácia do mecanismo de proteção das vias aéreas (Aspiração) e da transição faringoesofágica
FESS: permite visão direta da estrutura e dinâmica faríngea ; introdução nasal;Observa: estrutura faríngea, morfologia do adito laríngeo, estruturas e
dinâmicas das pregas vocais. Estima Abertura e fechamento da transição faringoesofágica. Com uso de corantes- ver proteção das vias aéreas (uso de ar,
ou leve toque) Se limita a observasão na fase faríngea
Causa + freq. são as neuromusculares (+ idosos)
Dificuldade em iniciar a deglutição
Disfagia esofagiana
(De transporte)
Dificuldade de passagem do
alimento após o ato de deglutir
Causas
Orgânicas- distúrbio obstrutivo
Intrínseca ou extrínseca; benigna ou maligna
Funcional- quando a alteração
responsável pelos sintomas é um
distúrbio da motilidade esofágica
Distúrbios
PRIMÁRIOS Quando a alteração
motora esofágica é a própria
manifestação da doença
SECUNDÁRIOS- Quando a doença de base é
sistêmica e o comprometimento esofagiano
apenas uma de suas manifestações
CARACTERÍSTICAS
CLÍNICAS
Anamnese bem feita (Base para o diagnóstico
diferencial entre disfagia orgânica e
funcional), já que o exame físico é pobre
Disfagia esofagiana NÃO SE ACOMPANHA DE
ENGASGO (O paciente pode ter dificuldade de explicar
o fato e chama de engasgo, a própria dificuldade para
deglutir, e que isso seria um "Entalo")
Localização: REGIÃO RETROESTERNAL OU PRÓXIMO APÊNDICE XIFOIDE
Disfagia orgânica: PROGRESSIVA em relação a consistência
alimentar; 1° sólidos, 2° pastoso, 3° líquido
Disfagia funcional: tbm de localização baixa em sua maioria, quando
alta (fúrcula esternal); Ocorre TANTO PARA SÓLIDOS COMO PARA
LÍQUIDOS; é intermitente ou lentamente progressiva
Fatores psíquicos (ansiedade, emoção) podem agravar a disfagia
DIAGNÓSTICO
Inicia pela suspeita- Início;
duração e progressão da disfagia
Início súbito de disfagia para sólidos, acompanhada de sensação de desconforto torácico e
sialorreia, sugere impactação de corpos estranhos em áreas estenosadas benignas ou anéis
Maioria das vezes, paciente se apresenta cronicamente doente
Sugestivo de lesão maligna: disfagia progressiva, importante
emagrecimento em curto espaço de tempo e etilista
Característica de estenose benigna: disfagia exclusiva para
sólidos, de longa duração ou lentamente progressiva
Apontam para estenose péptica Antecedentes de pirose e regurgitação ácida
Sugestivo de alteração funcional; ex: espasmo esofagiano difuso- disfagia intermitente para sólidos e líquidos, entremeados por episódios de dor torácica
Sugestivo de acalasia: disfagia p sólidos e líquidos de longa duração, estado geral
relativamente conservado ou emagrecimento rápido apenas no início do quadro
OBS: Disfagia na acalasia, é acompanhada de regurgitações
(aspecto clara de ovo), distúrbios alimentares com progredir
do quadro. Surgem até horas após as refeições, não
raramente a noite, provocando tosse, engasgos e sensações
de sufocamento. Fase inicial: pode haver dor torácica
espontânea, melhora com ingestão de líquidos, podendo
preceder por meses ou anos o surgimento da disfagia
Outros sintomas, (+ disfagia funcional): sialorreia, soluços ou singultos por vezes em crises prolongadas
Exame físico: Sinais metastáticos- emagrecimento acentuado;/ Lesão maligna dependendo da intensidade e duração - desnutrição/
sinais de doenças sistêmicas em portadores de colagenoses/ hipertrofia das parótidas em portores de doença de chagas
MÉTODOS
COMPLEMENTARES
Iniciada com endoscopia digestiva alta (EDA). Possibilita excluir lesões orgânicas em caso de disfagia funcional ou diagnóstica-la, possibilidade de biopsias
Estudo radiológico (esofagografia ou vídeoesofografia) fundamental na disfagia crônica- avalia o tempo
de trânsito presença de contrações anormais e calibre do esófago, alterações anatômicas e estruturais
Esofagomanometria (EMN)- de escolha para diagnóstico definitivo das alterações da motilidade esofágica
Manometria de alta resolução (MAR), uso de cateter com 32 sensores radiais de pressão- observa atividade contrátil
do esófago simultaneamente. Facilita classificação de acalasia, falhas no relaxamento da junção esofagogástrica,
mesmo com peristalse de corpo normal, distúrbios motores hipercontráteis e espasmo esofagiano difuso