É o estreitamento das vias
aéreas menores (Brônquios),
produzindo síbilos e dispnéia
como resultado de
estimulação química,
infecciosa, imunológica,
emocional, ou combinação
destes.
Questionar ao
paciente: fatores
desencadeantes,
frequência,
gravidade dos
ataques, medicação
utilizada e reposta as
medicações.
Protocolo para atendimento: Asma
do paciente deve estar bem
controlada, sem infecções no trato
respiratório; Auscultar o tórax em
busca de ruídos antes do
procedimento; Protocolo para
redução de ansiedade, inclusive
oxido nitroso, evitando
depressores respiratórios; Em
crianças, consultar o médico sobre
a possibilidade de cromalin sódico;
Se o paciente esteve ou está em
uso crônico de corticosteroides,
haverá necessidade de profilaxia
para insuficiência adrenal; Manter
um inalador contendo um
bronquiodilatador facilmente
acessivel; Não prescrever AINES;
Doença pulmonar
obstrutiva
crônica (DPOC)
Mistura de problemas pulmonares
patológicos. Geralmente causada, pela
exposição prolongada a irritantes
pulmonares, tais como fumaça do tabaco
que causa metaplasia nos tecidos das
vias aéreas.As vias aéreas são rompidas,
perdem suas propriedades elásticas e
tornam-se obstruídas devido ao edema
da mucosa, excesso de secreção e
broncoespasmo.
Pacientes com DPOC
tornam-se frequentemente
dispnéicos durante exercícios
leve e moderado. Possuem
tosse crônica, com grande
quantidade de secreção
espessa, infecçoes
frequentes do trato
respiratório e toráx em forma
de barril, e pode apresentar
síbilos audiveis durante a
respiração.
Protocolo p/ atendimento: Adiar o tratamento até melhora da
função pulmonar; Auscultar o tórax afim de determinar se os sons
estão normais; Protocolo de redução de ansiedade; Se o paciente
estiver sendo submetido a suplementação de O2 crônica,
continuar de forma lenta, mas consultar o médico antes; Se o
paciente faz uso de esteróides cronicamente, tratá-lo como se
tivesse insuficiência adrenal; Evitar manter o paciente em posição
supina até a certeza de que ele possa tolerá-la; Monitorar taxas
respiratória e cardíaca; Agendar o paciente para o período da tarde
a fim de permitir a eliminação de secreções
PROBLEMAS RENAIS
Diálise Renal
Paciente apresenta fístula
arteriovenosa; Faz uso de
heparina, para evitar coagulação
do sangue ao sair do corpo;
Lembrar que esses pacientes
apresentam aparência óssea
alterada, não confundir com
problemas dentários;
Evitar drogas que metabolizadas ou excretadas pelos
rins, modificar dose se tais drogas não puderem ser
substituidas; Evitar AINES; Tratamento odontológico
para dia seguinte a diálise; Consultar o médico a cerca
de antibioticos profiláticos; Monitorar PA e
batimentos; Procurar sinais de hiperparatireoidismo
secundário; Considerar teste de hepatite B antes do
tratmento;
Transplante renal ou órgãos
Paciente faz uso de uma variedade de
drogas, como esteróides e
imunosupressores; Ciclosporina A pode
causar hiperplasia gengival;
Transplantados renais apresentam
hipertensão grave;
Procedimento so pode ser feito após
liberação do cirurgião de transplante; Evitar
drogas nefrotóxicas; Considerar uso de
corticóide suplementar; Monitorar PA;
Considerar sorologia de hepatite B;
Considerar profilaxia antibiótica;
Hipertensão
Hipertensão leve a
moderada (sistólica >140
/ diástolica >90)
Orientar a buscar um clínico para tratar a
hipertensão; Monitorar a PA a cada
sessão e nunca exceder 0,04 mg de
adrenalina; Protocolo de redução de
ansiedade; Evitar alterações posturais
bruscas; Evitar a administração
intravenosa de soluções que contenham
sódio;
Adiar o procedimento até que a PA
esteja controlada; Considerar o
encaminhamento a um CTBMF
para solucionar os problemas de
emergências;
DESORDENS HEPÁTICAS
Diminuição da função hepática
A produção de fatores de coagulação dependentes da
vitamina K (II, VII, IX e X) pode estar deprimida na doença
hepática grave; A hipertensão causada pela insuficiência
hepática pode levar a hiperesplenismo que
consequentemente pode causar o sequestro de plaquetas,
induzindo a trombocitopenia; Deve-se evitar que esse tipo
de paciente engula muito sangue, devido a dificuldade que
o mesmo tem de metabolizar o nitrogenio do sangue
deglutido, que pode causar encefalopatia;
Procurar descobrir a causa do problema
hepático, caso for hepatite B, tomar as
precauções usuais; Evitar uso de drogas que
devem ser metabolizadas ou excretadas pelo
figado; Investigar os pacientes a cerca de
desordens de sangramento, contagem de
plaquetas, TP, TTP e TS de Ivy; Evitar que o
paciente faça deglutição de grande quantidade
de sangue;
DESORDENS ENDÓCRINAS
Diabetes mellitus
Tipo I ou Insulino-dependente:
Paciente não produz insulina
impossibilitando-o de degradar a
glicose ingerida.
Devido ao efeito osmotico do
soluto de glicose resulta em
poliúria estimulando a polidipsia
(consumo frequente de liquidos).
Paciente pode apresentar ainda
cetoacidose, taquipnéia com
sonolência.
Adiar a cirurgia até que o paciente esteja compensado;
Consultas no inicio da manhã; Protocolo de redução de
ansiedade, mas evitar tecnicas de sedação profundas; Monitorar
respiração, PA, BPM antes, durante e após a cirurgia; Contato
verbal com o paciente durante a cirurgia; Se o paciente não
puder comer ou beber antes da cirurgia e tiver dificuldade de
alimentar-se após a cirurgia, instrui-lo a não tomar a dose
habitual de insulina, ou insulina de longa duração (NPH), e
iniciar uma ifusão de soro glicosado a 5% com gotejamento de
150 mL/h; Orientar o paciente a alimentar-se normalmente pela
manhã e tomar a dose usual de insulina, e caso seja NPH tomar
meia dose; Orientar a tomar dose normal de insulina só quando
voltar a ingestão normal de alimentos; Estar atento a
hipoglicemia; tratar infecções agressivamente;
Tipo II ou não-insulino-dependente:
Paciente produz insulina, mas em
quantidades insuficientes, ou
dificuldade do receptor à insulina de
funcionamento.
Geralmente inicia na vida
adulta, está associada a
obesidade e geralmente não
requer insulinoterapia.
Insuficiência Adrenal
Primária: Pode ser causada por doença no córtex
adrenal. Paciente pode apresentar fraqueza, perda de
peso, fadiga e hiperpigmentação da pele e membranas
mucosas. Secundária: sua causa mais comum é o uso
de corticosteroides de forma crônica ( Pacientes ficam
conhecidos como tendo "faces em forma de lua", "giba
de bufalo" e pele fina e translúcida).
A incapacidade de aumentar os níveis
de corticóide endógeno em resposta ao
estresse fisisologico pode trazer com
que se tornem hipotensos, sujeitos à
sincope, nauseados, e febris durante a
cirurgia oral prolongada e complexa;
Se o paciente faz uso frequente de
corticosteróide: Protocolo de redução de
ansiedade; Monitorar sinais vitais antes, durante
e após; Instruir o paciente a dobrar a dose usual
no dia anterior, no dia e no dia seguinte a
cirurgia; No segundo dia de pós operatório voltar
a dose usual;
Paciente não está em uso de esteróides, mas
tomou pelo menos 20 mg de hidrocortisona
por 2 semanas ou mais no ultimo ano:
Protocolo de redução de ansiedade;
Monitorar sinais vitais; Instruir o paciente a
tomar 60 mg de hidrocortisona um dia antes
e na manhã da cirurgia ; Nos 2 dias iniciais de
pós-operatório a dose deve ser reduzida para
40 mg, e nos 3 dias subsequentes 20 mg; A
administração suplementar de esteróides
pode ser suspensa no 6° dia de pós;
Hipertireoidismo
É a presença de disfunção da tireóide,
com excesso na produção de
triiodotironina (T3) e tiroxina (T4), o que
é mais comumente causado pela doença
de Graves, por um bócio multinodular ou
por adenoma de tireóide. É importante
para o cirurgião pelo motivo de ser a
única doença da tireóide que pode
causar crise aguda, a tireotoxicose.
Paciente apresenta cabelos finos e
quebradiços, hiperpigmentação da pele,
sudorese excessiva, taquicardia,
palpitações, perda de peso e
instabilidade emocional. Pode
apresentar ainda exoftalmia (aumento
dos olhos).
Pacientes geralmente são tratados com agentes que
bloqueiam a síntese de hormônio da tireóide, ou
tireoidectomia ou ambos. Porém, aqueles não tratados
ou de tratados de forma incompleta pode desenvolver
crise tireotóxica. Os sintomas são inquietação, náuseas e
câimbras abdominais. Os sintomas tardios são febre alta,
diaforese, taquicardia e, eventualmente
descompensação cardíaca. Vindo a tornar-se torporoso e
hipotenso, chegando a morte se não houver intervenção.
Adiar a cirurgia até que a disfunção esteja controlada;
Monitorar sinais vitais; Limitar a quantidade de adrenalina
utilizada;
Hipotireoidismo
Os sintomas iniciais são fadiga,
constipação, ganho de peso, rouquidão,
cefaléias, artralgias, distúrbio
menstrual, edema, pele ressecada,
cabelos e unhas quebradiços.
Se os sintomas são leves, não há
necessidade de mudança de
tratamento;
PROBLEMAS HEMATOLÓGICOS
Coagulopatias hereditárias
Pacientes que possuem esse tipo de distúrbio tem
conhecimento. Entretanto, caso não saiba por
meio de uma historia de epistaxe (sangramento
nasal), hematomas frequentes, sangramento
menstrual intenso e sangramento espontâneo
deve alertar-nos para uma possivel avaliação pré
cirurgica de coagulação.
As deficiências de fatores específicos
como hemofilia A, B ou C podem
necessitar de repositores. Pacientes que
são submetidos a essas reposições
podem estar acometidos poe hepatite B
ou HIV.
Os problemas plaquetários podem ser quantitativos ou qualitativos. O problema quantitativo pode ser
um problema ciclico e o hematologista pode ajudar na definição do melhor momento para a cirurgia. A
contagem de plaquetas geralmente antes de uma cirurgia cai a baixo de 50.000. O hematologista só
solicitara a transfusão de plaquetas caso o sangramento cause problema, que a contagem de plaquetas
esteja entre 20.000 e 50.000.
Deve-se evitar bloqueio de campo na anestesia a fim de evitar lesão em grandes vasos e provocar a um
sangramento prolongado pós injeção, resultando em hematoma no local. Consultar o hematologista do
paciente sobre o tratamento; Pedir exames de TP (via extrinsica), TTP (via intrinseca), TS, Contagem de
plaquetas e sorologia para hepatite; Marcar o paciente de forma que a cirurgia fique logo após a correção
das plaquetas ou fatores do sangue do paciente; Ajudar a coagulação por meio de substâncias tópicas que
propiciem coagulação, suturas e curativos compressivos; Monitorar a ferida por 2 horas para verificar se
formou um bom coagulo; Orientar o paciente sobre como prevenir o deslocamento do coagulo e o que
fazer se o sangramento retomar; Evitar prescrever AINES; Tomar precauções contra hepatite B;
Terapeutica anticoagulante
É utilizada em pacientes com dispositivos
implantados trombogênicos, tais como valvulas
cardiacas protéticas, doenças cardíacas
trombogênicas, como fibrilação atrial ou após EM, ou
pacientes que fazem hemodiálise; Pacientes que
usam warfarin devem ser avaliados, devido a ação
anticoagulante dessa medicação aparecer somente
alguns dias após a administração;
Paciente que fazem uso de warfarim: 1.Consultar o médico do paciente para determinar a segurança de permitir a
queda do INR para 1,5 por poucos dias*; 2.Obter o TP para servir de guia; 3.(a) Se o INR está entre 1,0 e 1,5
proceder a cirurgia e passar ao item 6; (b) Se o INR for maior que 1,5, passe para o item 4; 4. Suspender o uso de
warfarin aproximadamente 2 dias antes da cirurgia; 5.Checar o TP diariamente e realizar a cirurgia no dia em que
o INR cair para 1,5; 6.Tomar precauções extras durante e após a cirurgia, para ajudar a promover a formação e
retenção do coagulo; 7.Reiniciar o warfarin no dia da cirurgia;
DESORDENS NEUROLÓGICAS
Desordens Convulsivas
Importante saber qual a frequencia, tipo, duração e
sequelas das convulsões. E se faz uso de
medicação.
Adiar a cirurgia até que as crises estejam controladas; Considerar a obtenção
dos niveis plasmaticos de anticonvulsivantes se houver dúvidas quanto a
cooperação do paciente; Protocolo de redução de ansiedade; Evitar
hipoglicemia e fadiga;
Etanolismo
O alcool pode interagir com
medicações, e o paciente pode ter
crises de abstinências;
Ficar atento aos sinais como, agitação
leve, tremores, convulsão, diaforese ou
mais raramente deliriuns trenens e
alucinações, agitação intensa e colapso
circulatório.
Gravidez e Pós-parto
Gravidas
Maiores riscos são referentes a radiação
radiográfica e administração de medicações;
Adiar a cirurgia até o parto; Consultar a obstetra; Utilizar
aventais de chumbo em radiografias; Utilizar
medicamentos que não produzem efeitos teratogênicos
como, lidocaína, bupivacaina, acetominofera, codeína,
penicilina, cefalosporina e eritromicina; Evitar oxido
nitroso, mas se necessário, usar no minimo 50% de O2;
Evitar a posição supina por longos períodos a fim de
evitar compressão da veia cava; Permitir a paciente ir ao
banheiro sempre que necessário;
Pós-parto
Evitar fármacos que são reconhecidos como via de eliminação o
leite materno; Evitar o uso de corticosteróides, aminoglicosideos
e tetraciclinas;