DOENÇAS AUTOIMUNES

1. Características
   1. Caráter inflamatório
   2. Atinge várias regiões do corpo

      Anotações:

      • - Principalmente epiderme, juntas, os rins, o sangue e o sistema nervoso, provocando muitas vezes até mesmo um estado depressivo no paciente.
   3. Mulheres

      Anotações:

      • - Embora ela ocorra muito entre os homens, as mulheres são as mais afetadas, principalmente quando se encontram na faixa etária reprodutiva, mais ou menos entre 20 e 40 anos.
      • - Provavelmente a causa seja  hormonal, pois os sinais desta doença parecem se multiplicar antes da menstruação e ao longo da gravidez. 
      • - Mulheres com ascendência africana, indígena ou asiática parecem ser mais sensíveis.
2. Sintomas

   Anotações:

   • - Variam de pessoa para pessoa. Os mais comuns são mal-estar, febre, cansaço, perda de peso e de apetite, seguidos depois de semanas ou meses por dores nas articulações e manchas vermelhas na derme, as quais podem ser confundidas com a urticária.
   • - Os pacientes podem desenvolver uma artrite (geralmente temporária, sendo facilmente erradicada com o tratamento mais adequado) e tendinites. 
   1. Mancha "asa de borboleta"

      Anotações:

      • - É um eritema que alcança as bochechas e a face posterior do nariz.
3. Tratamento

   Anotações:

   • - Hidroxicloroquina; - Cremes de corticosteróides (cortisona) nas lesões da pele; - Antiinflamatórios orais para a artrite; - Corticosteróides orais ou injectáveis; - Imunossupressores, nos casos mais graves.
4. Principais Causas

   Anotações:

   • -  É uma inflamação que não é causada por infecção, mas sim a uma anomalia do sistema imunitário, que passa a produzir anticorpos contra elementos situados no núcleo das suas próprias células – autoanticorpos anti-nucleares (ANA).
   1. Genética
   2. Ambientais

      Anotações:

      • - São percebidas as influências de infecções, determinados remédios, raios ultravioletas.
   3. Estresse

      Anotações:

      • -  Que permite ao Lúpus ser considerado também um mal psicossomático.

Anotações:

• - São doenças causadas por falhas no sistema imune em distinguir o “próprio” do “não-próprio”, fazendo com que o sistema imune identifique células próprias e saudáveis como ameaças e inicie uma resposta de defesa contra elas.

Anotações:

• _ Defeito no processo de reconhecimento

1. Tolerância Central

   Anotações:

   • - Durante o processo de formação, o sistema imune passa por diversas etapas que visam controlar e regular para que sua formação seja adequada e funcional. 
   • - Dentre as fases de regulação, após garantir que seus linfócitos sejam capazes de reconhecer MHC próprio (linfócito T, apenas), a segunda etapa de regulação é garantir que os linfócitos não reconheçam (não respondam contra) o próprio organismo. 
   • - Nessa fase, as células são apresentadas à antígenos diversos e aquelas que possuem afinidade alta para antígenos próprios são rapidamente eliminadas devido ao perigo iminente que elas teriam se isso não ocorresse. Todo este processo é chamado de tolerância central.
2. Tolerância Periférica

   Anotações:

   • - Além disso, existe outro processo chamado tolerância periférica, onde células que se encontram nos tecidos periféricos e tem alguma potencialidade de serem auto-reativas, são identificadas e são eliminadas através da indução de sua morte (morte celular) ou são silenciadas através da ação de outras células com efeitos supressores.

Anotações:

• - Ambos processos de tolerância são extremamente regulados por diferentes vias de sinalização. Essa regulação é tão essencial para homeostase do organismo que uma vez quebrada a tolerância, o sistema imune passa a responder altamente contra antígenos do próprio organismo, desencadeando assim, autoimunidades.

Anotações:

• - Geralmente  acontecem concomitantemente dois ou mais, favorecendo completamente o quadro de desenvolvimento de autoimunidade.

1. Falha na indução da morte celular

   Anotações:

   • - A falha na indução da morte da célula auto-reativa – esta morte celular é induzida através de receptores de morte. É possível que algumas células tenham anormalidades nestes receptores e, portanto, sejam incapazes de receber a sinalização de morte, vinda deles.
2. Perda da Anergia Celular

   Anotações:

   • -  As células auto-reativas podem ser colocadas em estado de anergia, quando reconhecidas pelo sistema. Sendo assim, elas não são retiradas, mas apenas silenciadas. É possível que o ambiente celular que ela se encontre faça com que esta célula volte a ser ativa, e portanto, auto-reativa.
3. Reação Cruzada de Antígenos

   Anotações:

   • - Reação cruzada de antígenos microbianos e próprios – alguns patógenos possuem antígenos bastante semelhantes estruturalmente com antígenos próprios. Assim, após uma infecção as células que possuem semelhança, podem ser capazes de reagir contra o próprio e desencadear uma autoimunidade
4. Defeitos nas Células Supressoras

   Anotações:

   • - Algumas células são importantes supressoras da ativação do sistema imune, como os linfócitos T supressores. Havendo falha na ativação e na atuação destas células, perde-se seu efeito inibidor e assim, pode-se favorecer a ativação de células auto-reativas.
5. Fatores Genético e Ambiental

   Anotações:

   • - Os genes relacionados a algumas autoimunidades são os genes das famílias das imunoglobulinas, genes dos receptores das células T e genes relacionados ao MHC.
   • - A chamada hipótese da higiene diz que regiões onde os indivíduos têm grande facilidade de entrarem em contato com amplo espectro de antígenos (ou seja, têm mais facilidade de infecção), são regiões onde poucas doenças autoimunes são observadas e que regiões onde o indivíduo é exposto a baixa variedade de antígenos, são regiões com maiores ocorrências de autoimunidades.

1. Sistêmica

   Anotações:

   • - O sistema imune atua sobre antígenos e células de diversos tecidos. Um exemplo é a artrite reumatoide- relacionada a diversas causas, desde fatores genéticos a casos de infecções.
2. Órgão-específica

   Anotações:

   • - O sistema imune somente agirá sobre antígenos e células específicas. Exemplo: anemia hemolítica- relacionada a diversas causas, como o uso de drogas, problemas do sistema imune e infecções.
3. Humoral

   Anotações:

   • - Os autoanticorpos atuam desencadeando a doença autoimune. Um exemplo é a doença de Graves, que é a forma mais comum de hipertireoidismo- relacionada a fatores genéticos, ambientais e hormonais.
4. Celular

   Anotações:

   • - Os linfócitos T autorreativos desencadeiam a doença autoimune. Um exemplo é o diabetes mellitus do tipo I- relacionado a fatores ambientas e genéticos

1. Características

   Anotações:

   • - É uma doença erosiva moderadamente grave com presença frequente de sicca e de outros mecanismo extra-articulares.
   • - Uma articulação com artrite se apresenta inchada, avermelhada, quente e extremamente dolorida.
   • - Uma característica típica da inflamação articular da artrite reumatoide é o acometimento da sinóvia, tecido cheio de líquido que localiza-se no centro das articulações, servindo para diminuir o atrito entre os ossos, como uma espécie de óleo lubrificante.
2. O que é?

   Anotações:

   • - Doença inflamatória crônica, que acomete mais as mulheres adultas e  pode atacar vários órgãos e tecidos do corpo, mas apresenta uma clara preferência pelas articulações, principalmente as dos membros superior e inferior.
3. Principais Causas

   Anotações:

   • - Fatores genéticos parecem ser importantes e a presença de determinados genes está associada a um maior risco de se desenvolver a doença. Parentes de 1º grau de doentes, apresentam até 3 vezes mais chances de também apresentar AR.
   • - Infeções virais e bacterianas; - Cigarro (O ato de fumar está associado a um maior risco de AR e a uma maior gravidade da doença. 
   • - É mais comum em mulheres e em caucasianos (brancos). O pico de aparecimento da doença é entre 30 e 55 anos. Até 5% das mulheres acima de 65 anos apresentam AR.
4. Sintomas

   Anotações:

   • - Rigidez maternal, mal estar, diminuição do apetite, perda de peso, cansaço,  febre baixa, formigamento nas mãos,  inchaço nas juntas das mãos,  punhos, joelhos e pés, que se deformam com a evolução da doença.    
   • - O sintomas podem ser cíclicos, alternando-se períodos de melhora com momento de grande piora, ou contínuos. Se não houver tratamento, deformidades podem surgir ao longo do tempo.
   • - O acometimento das articulações é típico, mas a artrite reumatoide é uma doença sistêmica que pode também se apresentar com inflamação do pericárdio (membrana que envolve o coração), inflamação do pulmão e da pleura, inflamações dos olhos, lesões nos nervos periféricos, aumento do baço, sinais de vasculite e formação de nódulos subcutâneos, principalmente na região do antebraço e cotovelo.
   • - Pacientes com artrite reumatoide apresentam maior risco para infarto do miocárdio e para síndrome do túnel do carpo.
5. Tratamento

   Anotações:

   • - Não existe cura. - O tratamento não medicamentoso inclui exercícios físicos controlados, fisioterapia e orientação nutricional para se evitar sobrepeso e controlar o colesterol. - Repouso (casos dolorosos). - A terapia com drogas é o principal tratamento.
   • - Alguns médicos e nutrólogos indicam que o paciente exclua ou reduza drasticamente a ingestão de glúten, lactose e açúcar,pois são alimentos que favorecem o processo inflamatório.
6. Espécies
   1. Monoartrite

      Anotações:

      • - Quando apenas uma articulação está inflamada.
   2. Poliartrite

      Anotações:

      • - Quando ocorre inflamação de várias articulações.
   3. Simétrica

      Anotações:

      • - Quando acomete simultaneamente duas articulações irmãs, como joelhos, punhos, tornozelos, etc.

1. O que é?

   Anotações:

   • - Doença crônica em que o pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina . - Resultam em níveis elevados de glicose no sangue.
   • - Causam uma dificuldade do organismo em controlar os níveis de glicose do sangue, mantendo-os sempre acima do normal. 
   • - Surge por falta de produção insulina ou por uma incapacidade das células de reconhecerem a presença da mesma, ou seja, existe insulina, mas ela não consegue colocar a glicose para dentro das células. Há casos ainda em que o paciente apresenta os dois problemas, além de produz pouca insulina, ela ainda funciona mal.
2. Tipo 1 x Tipo 2

   Anotações:

   • - A unica diferença é que a adquirida faz com que o pâncreas não produza insulina . Ja a tipo 1 é autoimune , onde os anticorpos da própria pessoa agridem as células produtoras de insulina.
   • - Tipo 1: é uma doença autoimune, isto é, ocorre devido a produção equivocada de anticorpos contra as nossas próprias células, neste caso específico, contra as células beta do pâncreas, responsáveis pela produção de insulina.
   • - Tipo 2 é uma doença que também apresenta algum grau de diminuição na produção de insulina, mas o principal problema é uma resistência do organismo à insulina produzida, fazendo com que as células não consigam captar a glicose circulante no sangue.
3. Qual a causa?

   Anotações:

   • - Fator genético; - Fator ambiental: Entre os possíveis culpados podem estar infecções virais, contato com substâncias tóxicas, carência de vitamina D e até exposição ao leite de vaca ou glúten nos primeiros meses de vida. 
4. Incidência

   Anotações:

   • - O diabetes tipo 1 é responsável por apenas 10% dos caso de diabetes e ocorre geralmente na juventude, entre os 4 e 15 anos, mas pode acometer até pessoas de 30 a 40 anos.
   • - Habitualmente surge nos primeiros anos de vida e costuma provocar complicações ainda na juventude.
5. Tratamento

   Anotações:

   • - Como o diabetes tipo 1 é provocado pela falta de insulina, o seu tratamento consiste basicamente na administração regular de insulina para controlar a glicemia.
6. Cicatrização

   Anotações:

   • - Essa dificuldade de cicatrização ocorre devido a complicações cardiovasculares, que causam o bloqueio ou a diminuição da circulação sanguínea, e devido ao excesso de glicose (açúcar), que pode prejudicar o funcionamento do sistema imunológico.
   • - Essa dificuldade de cicatrização, muitas vezes, pode resultar em amputação, sendo mais frequente nos membros inferiores.