É um ramo da genética que estuda o
genoma completo de um organismo.. Essa
ciência pode se dedicar a determinar a
sequência completa do DNA de organismos
ou apenas o mapeamento de uma escala
genética menor.
Na medicina: A maior agilidade na obtenção de dados genômicos possibilitou uma
maior eficiência no conhecimento do papel de certos genes em impedir ou contribuir
com certas doenças. Dessa forma, ela auxilia no desenvolvimento de vacinas e
fármacos, exemplo disso foi o desenvolvimento de drogas antimaláricas.
Nas ciências sociais: Utilizada por conservacionistas para
estudar os fatores chave envolvidos na conservação de uma
espécie
Metagenômica
Enquanto a genômica se preocupa com o
sequenciamento de genomas individuais, a
metagenômica busca o sequenciamento do
conjunto de genomas de um ambiente (o prefixo
"meta" carrega a ideia de transcendência, ir
além), tendo como objeto de estudo as amostras
ambientais. Seu principal objetivo é entender as
comunidades microbianas e seu papel ecológico.
Proteômica
É a análise global e em larga escala dos Proteomas, que são o conjunto
de proteínas e suas isoformas expressas em uma amostra biológica, ou
seja, em um organismo, tecido, biofluído ou célula. Ela inclui técnicas que
permitem identificar, quantificar e estudar a expressão proteica e
modificações pós-traducionais das proteínas. Sua análise é feita em uma
eletroforese de gel bidimensional, que as proteínas totais de uma
amostra são inicialmente separadas de acordo com o seu potencial
isoelétrico (primeira dimensão) em seguida, as proteínas são separadas
por SDS-PAGE (eletroforese em gel de poliacrilamida acrescida de dodecil
sulfato de sódio), o que as segrega, principalmente, por peso molecular
(segunda dimensão). Como resultado, há a obtenção de um gel com
proteínas em spots que correspondem a diferentes pesos moleculares e
pontos isoelétricos. Após essa etapa, os spots proteicos podem ser
retirados do gel e submetidos a análises adicionais, como por
espectrometria de massa
Metabolômica
É o estudo científico que visa identificar e quantificar o conjunto de
metabólitos (metaboloma) produzidos e/ou modificados por um organismo. O
metaboloma representa o conjunto de todos os metabólitos em uma célula,
fluido biológico, tecido ou organismo, sendo estas substâncias consideradas
os produtos finais dos processos celulares. Enquanto os dados de expressão
gênica de RNAm e análises proteômicas fornecem parte das informações dos
eventos que ocorrem na célula ou organismo, o perfil metabólico pode
fornecer um panorama geral sobre o estado fisiológico. Estas possibilidades
da ferramentas da metabolômica são aplicadas em diversas áreas, como a
toxicologia, a biologia sistêmica e genômica funcional.
Nutrigenômica
Ela é a área da Nutrição que utiliza ferramentas moleculares para pesquisar,
acessar e entender as diversas respostas obtidas por meio de uma
determinada dieta aplicada entre indivíduos ou grupos populacionais. O
objetivo da Nutrigenômica é entender como os componentes de uma dieta
específica (compostos bioativos) podem afetar a expressão de genes
(aumentando ou suprimindo o seu potencial). Um exemplo dessa interação
gene-nutriente é a capacidade de ligação a fatores de transcrição. Essa ligação
aumenta ou interfere na capacidade de fatores de transcrição e na interação
com os elementos que conduzem à cadeia da RNA polimerase. Os estudos
sobre esta área estão centrados sobre os efeitos dos nutrientes no genoma,
proteoma e metaboloma do indivíduo.
Fenômica
Fenômica ou fenotipagem de próxima geração (Next-Generation Phenotyping) é
entendida como a fenotipagem em larga escala, de forma acurada (capaz de medir
efetivamente as características), precisa (pequena variância entre medições repetidas),
relevante e dentro de custos aceitáveis. Envolve uma série de técnicas high-throughput
para automatizar e aumentar a capacidade de avaliação de grande número de
fenótipos. Um exemplo é a Fenômica, aplicada ao melhoramento de plantas, isso
dará um significativo salto de qualidade. De posse dessa ferramenta, os melhoristas
poderão desenvolver cultivares agronomicamente superiores de forma mais rápida e
precisa, aumentando a oferta de alimentos, fibras, bioenergia e outros produtos da
agricultura para o bem-estar da humanidade.
Farmacogenômica
É o ramo da farmacologia, com base em genômica, responsável pelo
estudo da resposta de pacientes em relação a medicamentos e
tratamentos de doenças, devido a variação genética entre
diferentes indivíduos e suas respostas a ação das drogas. Com o
objetivo de estudar e definir qual o tratamento mais indicado e
reduzir os efeitos adversos do paciente. As principais pesquisas são
realizadas em torno dos tópicos de expressão gênica,
polimorfismos, com destaque em polimorfismos de nucleotídeo
único , farmacocinética (absorção do medicamento, as vias,
metabolismo e eliminação), farmacodinâmica (relacionado com os
alvos dos medicamentos e a concentração do fármaco). O estudo da
farmacogenômica também foca na identificação de alvos para
novos medicamentos.
Transcriptômica
Transcriptoma é o conjunto completo de
transcritos (RNAs mensageiros, RNAs
ribossômicos, RNAs transportadores e os
microRNAs) de um dado organismo, órgão,
tecido ou linhagem celular. Portanto, ele é
o reflexo direto da expressão dos genes O
perfil do transcritoma pode variar
segundo o momento (numa dada fase do
ciclo celular, por exemplo), estado
fisiológico, estímulos físicos, químicos,
biológicos ou doenças. Como são os RNAm
os codificadores das proteínas e, portanto,
o centro dos interêsses da pesquisa de
genômica funcional; na prática ficou
estabelecido que o transcritoma abrange o
conjunto desta espécie de RNA. Para
estudar o transcritoma os pesquisadores
utilizam métodos de análise em grande
escala como SAGE (serial analysis of gene
expression) e os microarrays ou
microarranjos (microarranjos de cDNA), os
microarranjos de oligos e os DNA-chips).
Epigenômica
O epigenoma responde aos sinais ambientais com a
função de ligar ou desligar os genes, aumentando ou
reduzindo a sua atividade.. A epigenética revela um mapa
dos agentes que ligam ou desligam genes. É Importante
conhecer os efeitos epigenéticos que desempenham um
papel evolutivo importante, podendo transmitir-se por
gerações. Esses mecanismos são afetados por alguns
processos (desenvolvimento na fase intra-uterino e na
idade infantil), bem como por alguns fatores (agentes
químicos do ambiente, dieta) e pela idade. No fator da
dieta, verifica-se, por exemplo, a metilação do DNA, em
que grupos metilo ativam ou reprimem genes. As
histonas são as principais proteínas que entram na
regulação dos genes. A disponibilidade dos genes para
serem ativados está relacionada com a capacidade dos
fatores epigenéticos em interferir na modificação das
histonas no DNA.