1.2 - FUNÇÕES DA LINGUAGEM: Função Emotiva - "Essa missão muito me orgulha senhores"
pág 16. Função Conativa - "Ataquem! Viva a república!. pág 43. Função Fática - "Deus! Meus
intestinos queimam!" pág 14. Função Metalinguistica - "já andou no sertão, seu Euclides? lá é morada
do capeta, di dia o sol castiga como fogo, a noite é lua fria gelada. Sem água. Uma secura di
assombrá que faiz as árvores parecer esqueletos". pág 31.
Função Poética - "Adeus povo, adeus aves, adeus árvores, adeus campos, aceitai a minha
despedida que demonstra as gratas recordações que levo de vós, que jamais se apagarão da
lembrança deste peregrino". pág 76. Função Conotativa - "Sim, uma foto mais fria do que a
noite sertaneja, mas vá lá...". pág 50
1.3 - COESÃO TEXTUAL: CATÁFORA; "Bárbaros!
Selvagens! esse Antônio Conselheiro é um agitador.
Ainda no tempo do império, a igreja já alertava
sobre os abusos desse beato maldito! ele não é
abençoado pela santa igreja. Não!" pág 14.
ANÁFORA; "Quero retrato de todos os
personagens desse cenário de horror. pág 51.
1.5 - FIGURAS DE LINGUAGEM: COMPARAÇÃO - Nuvens pesadas surgem neste
momento para o lado dos sertões parecendo a sombra de uma emboscada.
Pesadas, lúgubres e ameaçadoras. pág 36. PERÍFRASE- Os macaco da república
debandaram destroçados. pág 35 . METÁFORA - Seguindo, para Belo Monte, nossa
tropa passa pelo ''caminho do inferno''. pág 57. HIPÉRBOLE - É um monstro essa
geringonça! metade da Bahia vira fumaça num tirinho dessa jaca. pág 18.
METONÍMIA : Canudos já não dispunha da mesma força . pág 64. PARADOXO - O
sertão parece morto, mas é o oposto. pág 71
1.4 - ACORDO ORTOGRÁFICO:
Idéia: Não é mais acentuada
porque é paroxítona terminada
em A. (pág 16) Anti-republicano,
anti- reformista: palavras
começadas por “r” ou “s” não
levarão mais hífen (pág. 27)
Seqüência, conseqüente: Trema
– deixa de existir. (pág 27/32)
1.1 - ELEMENTOS DA NARRATIVA:
Narrador - Antônio Conselheiro
(homodiegético); Personagens -
Antônio Conselheiro (protagonista)
República (antagonista) Luiza
(secundário) Penha ( secundário) Zé
Lucena ( secundário) General Arthur
Oscar (secundário) Moreira César
(secundário) Euclides da Cunha
(secundário). TEMPO CRONOLÓGICO:
21 de Novembro de 1896 , primeira
vitória canudense. TEMPO
PSICOLÓGICO: Luiza vê a foto de sua
irmã e lembra o dia em que foi
tirada.
ENREDO: COMPLICAÇÃO; Seguidas expedições
republicanas foram enviadas para o extermínio de
Canudos, as três primeiras fracassaram, com isso
a busca pela vitória foi constante, o conselheiro
incomodava as autoridades e sua morte era a
todo custo exigida. CLIMAX; Quatro grandes
expedições militares foram enviadas a Canudos
com o objetivo de eliminar a ameaça dos
"fanáticos".
DESFECHO: Canudos teve todos seus
casebres queimados, os jagunços
mortos e quase vinte mil canudenses
assassinados. Antônio Conselheiro foi
encontrado morto e teve sua cabeça
cortada.
2 - BIOGRAFIA DO AUTOR (EUCLIDES DA CUNHA):
Nascido no Rio de Janeiro em 1866 foi engenheiro,
professor, ensaísta, historiador, sociólogo,
jornalista e poeta. Em 1903 ingressou para o
instituto histórico e para academia de letras. Em
1909, no dia 15 de Agosto, numa troca de tiros, é
assassinado. pág 11
3 - CONTEXTO
HISTÓRICO: 1888 -
Abolição da Escravatura
no Brasil. 1889 -
Proclamação da
República. 1891 -
Constituição Republicana
inspirada no modelo
norte - americano.
1889-1891 - Separação
Estado Igreja, crise
financeira - Especulação
"encichamento".
1893-1894 - Revolta da
Armada. 1893-1895 -
Revolução Federativa
4 - INTERTEXTUALIDADE:
(FILME, SERIADOS, LIVROS
E OUTROS) Filme: A Guerra
de Canudos. Livros: Os
Sertões a Luta; Roteiro de
leitura, Os Sertões de
Euclides da Cunha;
clássicos da Literatura Os
Sertões Euclides da Cunha
9 - DENÚNCIA: A obra tornou-se
referência para o
desenvolvimento social, político
e econômico. Euclides da Cunha
mostrou ao país que o estado
cometeu grande crime ao
atacarem Canudos em nome de
uma construção de
nacionalidade, o que matavam
lá não era apenas a diferença
religiosa, mas sim o mundo dos
excluídos. pág 113
8 - LINGUAGEM (PADRÃO –
AUTOR) (NÃO PADRÃO -
NORDESTINO) AUTOR
(linguagem padrão): A imensa
e indefinível saudade dos
entes queridos desce as vezes
profunda e dolorosa. pag 27
NORDESTINO (não padrão):
Cumpadre Pedrão qui diacho é
essa republica? preciso
aclariar as ideia di pra qui
dessa disgraceira di guerra!
pág 48
7 - MENSAGEM DOS
LIVROS
7.3 - ROTEIRO DE LEITURA: 1ª Expedição; A
primeira expedição ataca Canudos após boatos
que Juazeiro será atacado por Antônio
Conselheiro e seus seguidores, porém homens
mal preparados foram derrotados pelos jagunços,
ao comando de Pires Ferreira sofreram
humilhante derrota e acabaram fugindo em
debandada pelo sertão. pág 25
2ª Expedição; Foi criada
condições para o segundo
ataque e desta vez ao
comando do Major Febrônio
de Brito, porém este e seus
militares foram emboscados
pelos sertanejos, o que
provocou pânico e morte de
grande parte dos soldados,
diante do fato Febrônio de
Brito bateu em retirada. pág
26
3ª Expedição; O coronel Moreira
César, lendário "corta cabeças",
foi quem liderou a terceira
expedição, cometeu muitos
erros, colocou sua cavalaria em
labirintos do sertão, assim
soldados se perdiam e
acabavam sendo mortos pelos
jagunços. Durante o combate o
coronel foi atingido com tiro e
horas depois veio a morrer. pág
27
4ª Expedição: A quarta expedição teve
duração de oito meses e agiu cercando a
cidade de Canudos, as pessoas sem
poderem sair foram se rendendo a fome
e doenças, além dos intensivos ataques.
Em 05 de Outubro de 1897 foi dada a
derrota de Canudos, os prisioneiros
foram todos mortos e a cabeça de
Antônio Conselheiro cortada. pág 30
7.1 - QUADRINHOS (Antônio Conselheiro,
morte e vida): Após flagrar uma traição
de sua esposa, Antônio conselheiro
seguiu caminhando ate encontrar
canudos lá construiu uma igreja e
conquistou muitos seguidores,
conselheiro fez uma compra de madeira
que não foi entregue e após isso iniciou
uma guerra. Antônio conselheiro faleceu
antes do término da guerra no dia 22 de
setembro de 1897. pág 01/76
7.2 - SÍNTESE DOS SERTÕES ( O homem, a terra e a luta) A TERRA: No
planalto central, no interior da Bahia está localizado o Sertão, com
o clima instável: dias tórridos e noites geladas. As secas são cíclicas
e assolam a região. Quando vem a tormenta, o sertão se
transforma em paraíso: ressurge a flora e a floras.
O HOMEM: No cenário de Canudos havia uma intensa
mistura de raças e religiões, com suas características,
e costumes diferentes. Embora essa mistura seja
prejudicial, os sertanejos formaram uma raça forte,
vivendo em um meio adverso, “o sertanejo é antes de
tudo, um forte”.
A LUTA: O conflito de Canudos
teve inicio em 1896 quando o
Conselheiro encomendou e pagou
um lote de madeira, como o lote
não foi entregue, houve uma
ameaça de ataque à cidade de
Juazeiro. Foi o pretexto para
intervenção militar, que ocorreu
em quatro expedições, destruindo
Canudos em 1897.
5 - CIÊNCIAS
5.1 - EVOLUCIONISMO: A
descrição de Belo Monte,
além dos aspectos físicos,
agora é acompanhada de
uma outra, não mais tendo
por parâmetro o antro de
bandidos e degenerados,
mas o berço de heróis e
valentes martirizados. pág
117
5.2 -
DETERMINISMO:
"Eu general Arthur
Oscar, só sairei de
Canudos com a
cabeça de Antônio
Conselheiro em
minhas mãos! pág
19
5.3 - CAPITALISMO: A separação da nação brasileira
entre os povos litorâneos e os interioranos. A
compreensão de cada uma dessas partes permitiria
a compreensão do país como um todo, uma vez que
se tinha nas cidades litorâneas polos de
desenvolvimento político e econômico e no interior
do país. pág 18.
5.4 - POSITIVISMO:
Transformação para
conseguir basta-lhe ergue a
consciência do proletário, e
aviventar arregimentação
política e econômica dos
trabalhadores. pág 16
6 - EIXOS
TEMÁTICOS
6.1 - ÉTICA: Aqui neste chão, é a abundância da
eterna verdade que vai florescer nos corações do
povo, o tempo que nos foi prometido virá! não
importa a morte, importa o que somos a
verdade! contato com a terra...com Deus! pág 39
6.2 - RELAÇÕES ÉTNICOS RACIAIS: Homens de guerra e
sem lar, sem valores enfim que por aqui se ajuntavam
com as caboclas, na maior devassidão, contribuindo
para a formação étnica da população. pág 14
6.3 - DIREITOS HUMANOS; Chegaram os primeiros
prisioneiros, chegada a primeira cambada encoberta,
realiza-se uma cena vulgar. Os soldados impunham
invariavelmente a vitima um viva à republica que era poucas
vezes satisfeito. Era o prólogo invariável de uma cena cruel.
pág 74
6.4 - INOVAÇÃO: Conselheiro oferece, falsos milagres,
enganado o povo sobre uma liberdade divina além da
república. Para ele, só a família real tem o poder
legitimo, dado por Deus, para governar o Brasil. pág 15
6.5 - INTOLERÂNCIA RELIGIOSA:
Ordem é progresso, senhores! se
o caso é ser essa uma guerra
santa, digo que a república esta
acima do mundo celestial. pág
15
6.6 - RACISMO, PRECONCEITO E
DISCRIMINAÇÃO: O sertanejo
como uma sub- raça, produto de
múltiplos cruzamentos,
representaria involução
biológica, a negação do
progresso, portanto da
capacidade de absorção das
grandes transformações
civilizatórias. pág 45
6.7 - DIVERSIDADE: A mistura de negros,
portugueses e índios, caso particular da
nossa formação ética, seria causa do
fato de estarmos condenados a não ter
unidade racial e não “a termos, talvez,
nunca” pág 51
6.8 - CORRUPÇÃO: A ação de Antônio Conselheiro e o
crescimento de Belo Monte acabaram provocando
reações dos fazendeiros e coronéis nordestinos, da
igreja, dos republicanos, em especial os setores mais
radicais do exercito, os jacobinos . pág 23
6.9 - MULTICULTURALISMO: [...] está na frase religiosa de um
monoteísmo incompreendido, eivado de misticismo extravagante em
que se rebate o fetichismo do índio e do africano. pág 48