A primeira visita de um presidente brasileiro à China, João Figueiredo, em 1984, deu inicio ao dialogo sino-brasileiro entre as sua maiores lideranças políticas.
As relações sino-brasileiras se estabeleçam basicamente em troca de commodities por parte do Brasil, pois os chineses são grandes compradores de soja e ferro o que gera certo alívio para a balança comercial brasileira.
A produção anual de aço bruto é de cerca de 220 milhões
de toneladas, enquanto a do Brasil é de 31 milhões.
A China produz atualmente cerca de 1,1 milhão
de caminhões por ano, quase dez vezes a produção brasileira
Enquanto o Brasil produz cerca de 40 milhões de toneladas de cimento por ano, a produção anual da China atinge aprox. 900 milhões de toneladas.
a China avança com vigor
sobre os parceiros comerciais do Brasil na América Latina.
Merecem ênfase as parcerias com Argentina, Chile e certo destaque para o Tratado de Livre Comércio (TLC) entre China e Peru que funcionará como plataforma de exportação para a indústria brasileira
Na África
Brasil
Anotações:
Parcerias Brasil-África
Diversos em parceria com vários países do continente africano, principalmente Moçambique (projeto FIOCRUZ no campo da saúde pública), Cabo Verde (educação superior), Chade, Mali, Burkina Faso e Benin (projeto Embrapa Cotton+4 de desenvolvimento agrícola)
Brasi na África
Entre 2003 e 2009, o governo brasileiro perdoou dívidas de Angola, Moçambique e doou 300 milhões de dólares em cooperação alimentar para Somália, Sudão, África do Sul, Saara Ocidental e membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
O Brasil também contribuiu para o Fundo Africano de Desenvolvimento (FAD) do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), entre 2005 e 2009, com cerca de 10 milhões de dólares US, elevando o aporte total desde 1973, quando o Brasil começou a realizar tais financiamentos, para US$ 210 milhões em 2009
China
Anotações:
Entre em 1989 e 1997, o comércio entre China e África (particularmente a África do Sul) aumentou em mais de 431%
Em 1994, a China estabeleceu três bancos fundamentais na estratégia de cooperação com a África e outras regiões: o China Development Bank (que criou, em 2007, o China África Development Fund), o China Export Import Bank (Eximbank) e o China Agricultural Development Bank.
Foram criados, em 2000, os Fóruns de Cooperação China-África (FOCAC).
Em 2000, o governo chinês anunciou o perdão da dívida externa de trinta países, no valor de 1,3 bilhão de dólares, além de abrir 1200 bolsas de estudos para cidadãos africanos na China.
Entre 2000 e 2005, enviou mais de 16 mil médicos para trabalharem no meio rural africano
No FOCAC de novembro de 2009, a China anunciou a concessão de empréstimos subsidiados de até 10 bilhões de dólares aos governos africanos e um envelope de 1 bilhão destinado a pequenas e médias empresas africanas.
As trocas comerciais entre China e África foram multiplicadas por dez entre 2000 e 2010, passando de 10 bilhões de dólares a cerca de 126,9 bilhões
As empresas de construção civil, a exemplo da gigantesca China State Construciton Engineering Corporation, dominam os canteiros de obras públicas na África.
Lado Político:
Os países africanos que, ainda hoje, reconhecem Taiwan e mantêm relações diplomáticas com a ilha não podem ser beneficiários da cooperação chinesa (os casos de Burkina Faso, São Tomé e Príncipe e Gâmbia, por exemplo).
Uma terceira característica relevante nas agendas de CSS da China diz respeito a suas necessidades energéticas. Empresas como a China National Petroleum Corporation (CNPC).
África tornou-se, logo após o Oriente Médio, o segundo fornecedor de petróleo da China, com cerca de 30% do mercado
A China também importa da África outros minérios importantes, tais como manganésio, cobre, ferro e o coltan (celulares)
Crescimento chinês
Anotações:
A China é atualmente a maior produtora mundial de televisores, com uma produção anual de aproximadamente 75 milhões de unidades.
As suas importações, cada vez mais, são oriundas dos países em desenvolvimento, em especial dos seus vizinhos asiáticos.
Impactos
Brasil
Rivalidade Sino-indiana
Rivalidade
Anotações:
Desde a independência indiana e da revolução comunista chinesa, a rivalidade é um fator
presente nas relações bilaterais
Os limites incertos entre os dois gigantes asiáticos se
converteram em motivo de conflito e ensejaram em uma breve guerra, em 1962, quando a superioridade militar chinesa se fez evidente.
A complementaridade produtiva, o comércio crescente e a expansão econômica disseminaram a percepção de que o paradigma da rivalidade havia sido substituído pela
ideia de parceria.
Em julho de 2003, a Índia
reconheceu formalmente que o Tibete é parte integrante da China
aceitou a posse indiana do território de Sikkim, anexado pela Índia em 1974
as relações próximas entre Paquistão e China permanecem como um obstáculo para uma aliança efetiva entre Beijing e Nova Déli
os principais obstáculos para a construção de uma parceria produtiva entre China e Índia são a questão tibetana e a opinião pública indiana.
Existem cerca de 120.000 refugiados tibetanos vivendo em território indiano, fato que representa uma crescente
preocupação estratégica para a China
A maior parte da população indiana não considera a
China como um parceiro confiável, devido ao apoio chinês ao Paquistão e às lembranças da guerra de 1962.
Relações comerciais
Anotações:
Atualmente, questões econômicas dominam a agenda bilateral. O turismo e o comércio
bilateral têm crescido acentuadamente, de forma que a China converteu-se no principal parceiro comercial da Índia, superando os Estados Unidos
Complementariedade
A economia indiana é bastante dinâmica no setor de
serviços e tecnologia da informação e na produção de bens primários enquanto a China é um gigante
na confecção de manufaturas.
Relações Sul-Sul
Anotações:
Do ponto de vista histórico, considera-se como importante marco histórico nas agendas da CSS a celebração, em 1955, da Primeira Conferência de Países da Ásia e da África, em Bandung.
Conferência de Bundung (1955)
O objetivo de combater as diferentes versões do colonialismo e da dominação ocidental, em nome da solidariedade entre os países do Terceiro Mundo.
Alguns exemplo de CSS
a celebração do Primeiro Fórum de Cooperação China-África em Pequim (2000); o Fórum Índia-Brasil-África do Sul (Ibas) em 2003; a Primeira Cúpula do Sul (celebrada no Marrocos, em 2003) que redefiniu as bases do Comitê de Cooperação Sul-Sul, bem como a Segunda Cúpula do Sul (Doha, em 2005) e a Conferência de Alto-Nível das Nações Unidas sobre CSS (Nairóbi, em 2009)
No caso chinês, a CSS assume múltiplas formas, desde o envio de missões médicas por dois anos, a construção de rodovias e pontes, cooperação técnica, a instalação de estações termoelétricas, até programas de treinamento e empréstimos de apoio ao comércio exterior.