Artrite Reumatóide

Artrite Reumatóide

doença inflamatória crônica
1. incindioso; intermitente
2. processo contínuo de lesão tecidual
3. principalmente: memb sinovial e cartilagem
4. marco: sinovite crônica com erosões e deformidades
Epidemiologia
1. comum a homens e mulheres em todas as idades
2. todo o globo é afetado
  1. incidencias variáveis
    1. áfrica e ásia: baixa Am do Norte: a maior
    2. Brasil: 2 mi (1%)
3. atual: diminuindo incidência
4. mais comuns: 25-55a Mulheres 3:1 / >65a diminui a diferença
5. Fatores de risco
  1. tabagismo
  2. exposição ocupacional: à silica; asbesto; madeira
Apresentação clínica
1. Manifestações articulares
  1. principal sintoma : dor
    1. principal sinal: aumento do vol articular
      1. origem: cápsula articular
        devido: espessamento da cápsula; hipertrofia da sinóvia; acúmulo de líq sinovial
  2. rigidez matinal
    1. > 1hr
    2. melhora com movimentos
    3. calor
  3. mão
    1. tumefação das interfalangeanas proximais
    2. simetrico
    3. frouxidão tec moles nas art metacarpofalangeanas
    4. pescoço de cisne ou abotoadura
  4. punhos
    1. simétrico
    2. prejuízo extensão e flexão
    3. deformidade junto a metacarpofalangeana - mão dorso de camelo
    4. hpertrofia sinovial
      1. compressão nervo mediano contra o lig transverso do carpo
        Sd do Túnel do Carpo
        mulheres entre a 4ª e a 6ª déc de vida
        Etiopatogenia
        compressão decorre da infl dos tendões e suas bainhas
        outras etiologias: musc anômalos; calcificações; Tu; art mediana calibrosa; sequela fratura ou luxação
        pode estar associada: AR; hipotireoidismo; gravidez; fibromialgia
        Quadro clínico
        parestesia e desconforto na mão
        pode irradiar antebraço e ombro
        noite: atrapalha sono e ativ manuais
        Ex Físico
        distrofia; edema; deformidades;
        testes de phalen e tinel positivos
        Diagnóstico
        US: abaulamento no lig
        TC e RM: ag causador; massas
        Eletroneuromiografia
        Tratamento
        conservador
        priorizado
        imobilização com órteseem punho (posição neutra) < 18 hrs
        uso de AINES
        cirúrgico
        falha no conservador ou alteração musc
        ressecção do lig transverso
        aberta
        endoscópica
  5. Joelho
    1. derrames articulares
      1. sinal da tecla
    2. cisto de baker
  6. Pés
    1. metatarsofalangeanas
    2. subluxação plantar
    3. proeminências ósseas
  7. Coluna cervical
    1. muito grave
    2. óbito
    3. subluxação atlanto-axial
      1. >3mm
      2. maioria oligo ou assintomático
      3. sintomas surgem agudamente após peq traumatismos
      4. tetraparesia
        compressão medular alta e das art cerebrais
        paralisia diafragmática
        insuf resp; insuf cerebrobasilar (vertigem e síncope)
  8. cotovelo
    1. contratura em flexão (antálgica)
    2. encsrceramento n. ulnar e radial (raro)
  9. Ombro
    1. raro e tardio
    2. dor e limitação funcional
    3. cistos sinoviais
  10. cricoaritenoides
    1. rouquidão, disfagia, dor
  11. ATM
2. progressão da dç
  1. fibrose dos tec peroarticulares; anquilose das sup ósseas; surgimento da contratura/atrofia musc
    1. deformidades fixas
3. Manifestações extra-articulares
  1. alto anti-CCP
  2. cutâneas
    1. nódulos subcutâneos
      1. nível de ativ da dç
    2. eirtema palmar
    3. infartos acastanhados distais
    4. vasculite necrosante
  3. oftalmológicas
    1. Sd de jogren secundária
    2. Episclerite
    3. Escleromalácea Perfurante
  4. Pulmonares
    1. derrame pleural
    2. nódulos no parênquima
    3. cavitação e pneumotórax
    4. fibrose intersticial difusa c/ pneumonite
    5. BOOP
  5. Cardiacas
    1. pericardite
    2. IAM por vasculite
    3. Nódulos no miocárdio
    4. distúrbios de condução
    5. principal causa de óbito
  6. Neuro
    1. nódulo meninges
    2. sd túnel tarso e csrpo
Diagnóstico
1. 1987 - ACR
  1. rigidez matinal; nº de art; simetria; localização; nódulos; FR; Alt radiográficas
  2. tardio
  3. pelo menos 4
2. 2010 - ACR EULAR
  1. >= 6 pontos
  2. envolvimento articular; sorologia; reagentes de fase aguda; duração dos sintomas
3. marcadores sorológicos
  1. FR
  2. Anti-CCP
  3. FAN
  4. ANCA (p)
4. marcadores fase aguda
  1. VHS
  2. PCR
5. diferencial
  1. inicio recente: hep b e c; rubéola; mononucleose; parvovirus
  2. lúpus; artrite psiriásica e reativa; gota tofosa crônica; hipotireidismo
6. Artrocentese
Prognóstico
1. 50% inapto p/ trabalho em 10a
2. pior
  1. > 20 art; aumento importante VHS; erosões ósseas no RX; nódulos reumatóides; altos níveis FR e anti-CCP; infl persistente; idade avançada no inicio da dç; HLA;
3. expectativa de vida cai 3 a 7 anos
Tratamento
1. remissão ou menor grau de atividade possivel
2. medidas gerais
  1. acompanhamento multidisciplinar
    1. psiquico; fisioterapia
  2. repouso articular
    1. surtos agudos - tala
    2. colar cervical: subluxação atlantoaxial
  3. vacinas: antipneumococica; anti influenxa
3. Farmacológico
  1. AINEs
  2. Glicocorticoides
  3. DARMDs
    1. convencionais: MTX; leflunomida; cloroquina e hidroxicloroquina; sulfassalazina
    2. biológicas: anti TNF alfa; bloq do receptor IL1; bloq IL6; análogos CTLA4; neutralizadores CD20;
Fisiopatologia
1. genética
  1. HLA-DRB1
    1. 2 a 10x mais chances de desenvolver
    2. falha na tolerância; ativ desregulada de linfócitos
2. ambiente
  1. infecção; tabagismo
    1. modificação enximática (citrulinação de prot do organismo)
      1. respostas de céls b e t a autoantígenos (incluindo antígenos nos tecidos da articulação)
        céls Th17, Th1, anticorpos
        fibroblastos, condrócitos, céls sinoviais
        liberação de colagenase, estromelisina, elastase, PGE2 e outraa enzimas
        formação de pannus; destruição do tec ósseo e da cartilagem; fibrose; anquilose
        proliferação

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