adesão à mucosa causa lesão dos enterócitos da superfície > redução da
produção das dissacaridases (lactose) e retenção de líquidos dentro do lúmen
intestinal devido à presença de solutos ( açúcares) osmoticamente ativos não
absorvidos > carreiam a água para dentro da alça intestinal e são
metabolizados pela via anaeróbica resultando na produção de radicais ácidos.
Rotavírus (diarreia aquosa de grande volume)
Secretora
liberação de enterotoxina > bloqueia o transporte ativo de água e eletrólitos do
enterócito > aumento da sua secreção intestinal (ânions cloreto e bicarbonato).
E. coli enterotoxigênica
Invasora
Lesão da célula epitelial do intestino
> impede a absorção de nutrientes
Invasão da mucosa > diarreia com
muco, pus e sangue nas fezes
Invasão da lâmina própria > disseminação
hematogênica e sintomas sistêmicos
E. coli enterotoxigênica
e Salmonella
Tratamento
de forma geral é auto limitada não
necessitando de drogas específicas
se baseia em: fundamentais manutenção ou correção da
desidratação ou distúrbios hidroeletrolíticos associados;
e manutenção do estado nutricional.
Percentual de perda de peso é considerado o
melhor indicador da desidratação.
a) perda de peso de até 5% (50 mL/Kg)
Desidratação leve
b) perda de peso entre 5 e 10% (50 a 100 mL/Kg)
Desidratação moderada
c) perda de peso em mais de 10% ( mais de 100 mL/Kg)
Desidratação grave
é fundamental manter a alimentação
durante o processo, especialmente o
aleitamento materno.
Hidratação
importante obter informações
sobre diurese e peso recente .
a via enteral é a
primeira escolha
Antibióticos
restrito aos pacientes que apresentem: disenteria; cólera; infecção aguda comprovada por giárdia
lamblia ou Entamoeba histolytica; em Imunosuprimidos; nos pacientes com anemia falciforme;, nos
portadores de prótese e nas crianças com sinais de disseminação bacteriana extra-intestinal
As primeiras escolhas de tratamento são
ciprofloxaciano, axitromicina e cefriaxona, nessa ordem.
uso restringe-se a situações especiais
a) Diarreia causada pelo vibrio cholerae;
b) Evolução do quadro séptico ;
c) doença prolongada e debilitante;
Alimentação
a) Manter a alimentação habitual da criança , que
poderá ter menor ingestão devido ao quadro;
b) não realizar dieta durante a diarreia;
c) não diluir alimento (inclusive leite de vaca);
d) não restringir gordura (aumento teor calórico);
e) não oferecer líquidos como a base de cola
chás, suco de maçã, caldo de galinha e
bebidas isotônicas, pois podem piorar a
diarreia por carga osmótica.
f) o aleitamento materno deve ser
mantido incentivado nos casos lactantes
amamentados ao seio materno
Criança com Diarreia e
Desidratação Grave
Atendimento hospitalar
Indicações para hidratação venosa: desidratação grave, alteração do estado de consciência, vômitos
persistentes, incapacidade de ingestão oral, íleo paralítico, sinais de septicemia, infecções graves
Zinco > diminuição da gravidade e
duração da diarreia
Antibióticos
Probióticos > redução da
duração do quadro
Diagnóstico
É eminentemente clínico.
a investigação da etiologia não é
obrigatória em todos os casos
deve ser realizada nos casos graves
e nos pacientes hospitalizados .
comprometimento do estado geral,
lactentes muito jovens, desnutrição
grave e imunossuprimidos
os pacientes com maior risco de complicações são aqueles com idade
inferior a 2 meses; doença de base grave como diabetes mellitus,
insuficiência renal ou hepática e outras doenças crônicas; presença e
vómitos persistentes; perdas diarreicas volumosas e frequentes com
mais de 8 episódios diários e percepção de sinais de desidratação.
Quadro clínico
Depende da: idade, estado nutricional,
competência imunológica, patogenicidade
do agente, manejo adequado.
As diarreias bacterianas seguem
com febre circula vômitos,
toxemia e distensão abdominal.
em alguns casos as fezes apresentam muco
e sangue e são acompanhadas de cólicas
intensas que melhoram com a evacuação.
Outros sintomas: febre, vômitos, dores
abdominais, perda ou diminuição do
apetite, redução do volume urinário.
Profilaxia
hábitos de higiene pessoal , aleitamento materno , educação e saneamento básico
Vacinação anti-rotavírus, sorotipo G1P[8]
2 doses, VO
1º dose, aos 2 meses
Intervalo de 30 dias entre as doses
2º dose, aos 4 meses
é contra indicada para as crianças imunodeprimidas severa ou
histórico de invaginação intestinal ou ainda alguma malformação
congênita não corrigida ao trato intestinal