DESCANTAMENTO DO MUNDO - o sujeito moderno passou a se
despir de costumes e crenças baseados em tradições herdadas
ou aprendidas que se apoiavam nos pilares fixos das religiões ou
da “magia”. Explicações e questionamentos baseados na
utilização da razão instrumental quebraram noções
preconcebidas e ancoradas no núcleo religioso tradicional,
Weber referiu-se a esse fenômeno como o processo de
“desencantamento do mundo”. O processo de racionalização ao
qual Weber refere-se está relacionado com as mudanças
estruturais, culturais e sociais que as sociedades modernas
passaram no decorrer do tempo.
A ÉTICA PROTESTANTE E O ESPIRÍTO DO CAPITALISMO - Weber ao
se debruçar sobre o objeto de estudo (a ética
protestante) buscou compreender como essa ética propiciou
condições para que o capitalismo (o seu espírito) viesse a se
desenvolver em países protestantes. Esse é um dos trabalhos
mais conhecidos e importantes de Weber, no qual ele relaciona
o papel do protestantismo na formação do comportamento
típico do capitalismo ocidental moderno. Weber Descobre que
os valores do protestantismo, atuavam de maneira decisiva
sobre os indivíduos. Um dos aspectos importantes desse
trabalho, no seu sentido teórico, está em expor as relações
entre religião e sociedade e desvendar particularidades do
capitalismo. Além disso, nessa obra, podemos ver de que
maneira Weber aplica seus conceitos e posturas metodológicas.
ESTADO - Para Weber, "o Estado é uma relação de homens
dominando homens, relação mantida por meio da violência
legítima. O Estado é um instrumento de dominação do homem
pelo homem, para ele só o Estado pode fazer uso da força da
violência, e essa violência é legítima (monopólio do uso legítimo
da força física), pois se apoia num conjunto de normas
(constituição). Os tipos de estado se definem pelos meios de
dominação que utilizam. É a única instituição que tem o
monopólio da violência, pois a violência cometida pelo Estado é
legítima. O Estado tem o poder de coerção sobre os indivíduos, e
de formular leis para controlar a conduta da sociedade. Para
que o estado exista, os dominados devem obedecer à
autoridade alegada pelos detentores. O poder do Estado é
expresso através de grande quantidade de instituições de
administrações públicas, o parlamento, os militares, e assim por
diante, não restando ao poder econômico das classes, mas a
convicção de que instituições e comandos do estado são
legítimos. Segundo Weber, para que um Estado exista é
necessário que um conjunto de pessoas obedeça à autoridade
alegada pelos detentores do poder no referido Estado e por
outro lado, para que os dominados obedeçam é necessário que
os detentores do poder possuam uma autoridade reconhecida
como legítima. Dessa forma, observamos que para Weber
existem dois elementos essenciais que constituem o Estado: a
autoridade e a legitimidade. Desses dois elementos Weber
apresenta três tipos puros de dominação legítima, cada um
deles gerando diferentes categorias de autoridade. Esses tipos
são classificados como puros porque só podem ser encontrados
isolados no nível da teoria, combinando-se quando observados
em exemplos concretos.