Endocardite Infecciosa

Conceito
1. Endocardite não Infecciosa
  1. Trombótica
  2. Libmann-Sacks (LES)
2. Endocardite Infecciosa
  1. Infecção no endocárdio (estruturas valvares, cordas tendíneas, defeitos septais ou endocárdio mural
Classificação
1. Tipo de valva
2. Evolução da doença
  1. Aguda
    1. Febre alta
    2. Evolução rápida e catastrófica sem intervenção
    3. S. aureus ++
  2. Subaguda
    1. Evolução lenta (febre baixa, perda de peso e anorexia)
    2. S. viridans, Enterococcus sp.
3. Aquisição da infecção
Epidemiologia
1. Idosos, usuários de drogas injetáveis, EI prévia
2. Localizações mais frequentes
  1. Válvulas cardíacas ++, cordas tendinosas, paredes das aurículas, ventrículos
3. Homens 2:1 Mulheres
4. Mortalidade: 100% sem intervenção e 20-50% com ATB assertivo
Fatores de risco
1. Doença reumática, doença cardíaca degenerativa, cardiomiopatia hipertrófica, prolapso da valva mitral
2. História prévia de EI, DM, imunossupressão
3. Presença de valvas cardíacas protéticas artificiais
Etiologia
1. Infecção por S. aureus
2. Pacientes em hemodiálise, DM, usuários de drogas
3. Alterações valvares degenerativas, próteses e cateteres de longa permanência
4. Fungos (Candida): vegetações grandes com degeneração valvar
5. Grupo HACEK
Fisiopatologia
1. Interação de imunocomplexos
2. Mecanismos hemostáticos
  1. Relação com fibrina, plaquetas
    1. Formação de trombo asséptico
3. Liberação de citocinas pró-inflamatórias e de toxinas do hospedeiro
4. Comprometimento sistêmico por êmbolos
  1. Coração (abscesso miocárdico, IC aguda, embolização cardíaca, abscesso perivalvar, fístulas intracardíacas, pericardite)
  2. Neurológico (abscesso, aneurisma micótico)
  3. Pulmonar (empiema, infarto, embolia)
  4. Rins (abscesso, empiema, glomerulonefrite, pielonefrite)
Quadro clínico
1. Constitucionais: febre, mal-estar, cefaleia, sudorese noturna, náuseas e vômitos, dispneia, emagrecimento, fadiga, artralgia
2. Nódulo de Osler, lesões de Janeway, manchas de Roth
3. Outros sintomas: hemorragias em estilhas, infartos cutâneos, dor torácica, dorsalgia
4. Anemia de Doença Crônica
Diagnóstico
1. Clínica
2. Exames laboratoriais
  1. Hiperleucocitose e PCR elevado
3. Hemoculturas: 3-6 e antes de iniciar ATB
4. Eco: vegetações, lesões da endocardite e lesões preexistentes
5. Critérios de Duke modificados
  1. Definitiva: 2 maiores, 1 maior + 2 menores OU 5 menores
  2. Possível:1 critério maior + 1 menor OU 3 menores
  3. Descartada: diagnóstico alternativo estabelecido, sinais e sintomas desaparecidos após 4 dias de ATB e cirurgia cardíaca ou necrópsia com resultado negativo em pcte tratado com 4 dias de ATB
Tratamento
1. Aguda
  1. Hemoculturas colhidas imediatamente
  2. Início da terapêutica com ATB empírico
2. Subaguda
  1. Hemoculturas em 24-72h
3. Cirurgia
  1. Diminui mortalidade em: IC refratária, acometimento perivalvar com abscessos ou doença não controlada mesmo com ATB em doses adequadas
4. Profilaxia
  1. Pacientes com próteses, antecedentes de EI infecciosa
  2. Tratamentos dentários em pacientes de alto risco cardiovascular
5. Prognóstico: depende de intervenção rápida e de um tratamento efetivo
6. Atraso ou inadequação do TTO: óbito / complicações perivalvulares externas e complicações sistêmicas
Internação de dependentes químicos
1. Política Antidrogas, 2019, atual presidente
2. Internação compulsória permitida em risco de vida, risco de terceiros ou perturbação social
3. Avaliação psiquiátrica (necessidade)

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	Criado por Ana Laura Valença aproximadamente 3 anos atrás