CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS, CLÍNICAS E FREQUÊNCIA DE ÓBITOS EM CRIANÇAS COM CÂNCER E COVID-19
Descrição
Veterinária Mapa Mental sobre CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS, CLÍNICAS E FREQUÊNCIA DE ÓBITOS EM CRIANÇAS COM CÂNCER E COVID-19, criado por Carol Bueno em 05-04-2022.
CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS, CLÍNICAS
E FREQUÊNCIA DE ÓBITOS EM CRIANÇAS COM
CÂNCER E COVID-19
Objetivo
descrever características epidemiológicas, clínicas e exames
complementares, retardo no tratamento oncológico e a frequência de
óbitos em crianças com câncer e COVID-19, em hospital de referência do
nordeste brasileiro, durante pandemia de infecção do SARS-CoV-2.
CONCLUSÃO
COVID-19 determinou atraso no tratamento oncológico das crianças
com câncer e maior frequência de óbitos quando comparada à série
histórica do serviço.
Método
menores de 19 anos de idade em tratamento de câncer,
durante o período de 1 de abril e 31 de julho de 2020
diagnóstico confirmado por meio de detecção de RT-PCR
para SARS–CoV-2, em swab naso/orofaríngeo nos
pacientes sintomáticos ou antes de procedimentos
invasivos e hospitalização
48 crianças, sexo masculino (69%) e mediana de idade 5,5 anos
Este Coorte se propõe a acompanhar crianças e
adolescentes com câncer que vivem no nordeste
brasileiro, onde existem bolsões de miséria com
aglomerados urbanos
estudo foi realizado no serviço de Oncologia
Pediátrica do IMIP - SUS
Dentre os tipos mais frequentes de cânceres em crianças, são as leucemias,
com predomínio em crianças abaixo de cinco anos, seguidas dos linfomas
(nos países em desenvolvimento) e dos tumores do sistema nervoso central
(SNC)
Critérios de inclusão: • Idade menor de 19 anos • Em
vigência ou até 3 meses do término do tratamento
oncológico • COVID-19 confirmada pela detecção do
SARS CoV-2 por meio de RT-PCR
Variáveis: • Variáveis sociodemográficas • Variáveis clínicas e
laboratoriais da doença oncológica na admissão na coorte •
Variáveis clínicas e laboratoriais da COVID-19 • Variáveis
clínicas e laboratoriais da evolução clínica
Coleta de dados através de formulário específico no apêndice do
artigo, relacionado e compactado, como também através de
informações dos prontuários e entrevista com responsável.
Os desfechos estudados foram atraso no
tratamento oncológico e óbito
Resultados
Dos tipos de cânceres, 66,6% eram neoplasias
hematológicas com predomínio das leucemias (64,5%) e
um (2%) paciente com linfoma de Burkitt. Dos 28
tumores sólidos, o neuroblastoma foi o mais prevalente,
presente em quatro (8,4%) pacientes.
Comorbidades: dois pacientes tinham asma (4%), um síndrome de
Fanconi e seis (12,5%) obesidade (escore z >3,0 do IMC para idade)
Contato com COVID-19, foi
relatado em oito (16,6%)
dos casos
Dos 48 pacientes, oito (16,6%) estavam
assintomáticos
a maior parte da amostra (68%) apresentou até
três sintomas, principalmente febre (58,3%),
tosse (27,7%) e coriza (23,4%). Oito participantes
(16,6%) apresentaram novos episódios de febre
após mais de 24 horas afebril.
3/4 dos pacientes (72,9%) necessitou de hospitalização, 10 (20,1%) de
internamento em UTI e suplementação de oxigênio - cinco (10%) de
suporte respiratório invasivo associado ao suporte hemodinâmico com
drogas vasoativas.
(66,6%) dos pacientes teve retardo no ciclo do tratamento oncológico em vigência
da infecção pela SARS-CoV-2, sendo a mediana de 15 dias nas leucemias e de 22,5
dias nos tumores sólidos. O paciente com linfoma de Burkitt não teve atraso no
seu tratamento oncológico.
Cinco (10,5%) participantes do estudo evoluíram para óbito até 30 dias após
coleta de RT-PCR SARS-CoV-2, enquanto oito (16,6%) faleceram até 60 dias
após diagnóstico de COVID-19. Seis (12,5%) pacientes que evoluíram para
óbito estavam na fase de indução do tratamento oncológico e sete (14,6%)
eram do sexo masculino.