Ag. et.: protozoário → Giardia duodenais ou
Giardia lamblia ou Giardia intestinais
Relação desarmônica entre o parasito e o homem → causa mta diarreia,
principalmente em crianças, idosos, gestantes e pacientes imunodeprimido
Características gerais
Parasitose + comum nos seres humanos
Primeiro parasito descrito no humano de forma intestinal, sendo visualizado nas fezes
Protozoário flagelado
Habitat: intestino
Frequentes surtos epidêmicos de diarreia associada ao consumo de água
Formas evolutivas
Cisto
Forma de resistência
Dissemina no meio
Presença de dupla camada de membrana que
confere a resistência dele ao meio →
resistente em piscinas e tratamento de água
Trofozoíto
Morre rápido no meio externo
Forma um “tapete” em grande quantidade
no intestino delgado (habitat)
Metabolicamente ativo (causa a patogenia, faz reprodução)
Simetria bilateral
Presença de núcleos ("olhinho")
Disco adesivo ("óculos") → responsável por fixar no intestino
Presenças de corpos medianos que ainda não se sabe muito sobre
Ciclo
Transmissão fecal oral → cisto deve ser ingerido → cisto vai
desencistar, abrir no duodeno e liberar o trofozoíto → divisão binária
→ ↑ nº mto rápido → qnd necessário ocorre o encistamento de um
trofozoíto virando um cisto → sai nas fezes → nova contaminação
A patogenia ocorre qnd o trofozoíto se multiplicar
Transmissão
Ingestão de águas sem tratamento ou deficientemente tratados (só com cloro)
Alimentos contaminados (verduras cruas e frutas mal lavadas)
Alimentos que também podem ser contaminados
por cistos veiculados por moscas e baratas
Contato sexual (anal-oral)
Lactantes que podem adquirir a giardíase, sendo
atendidos por mãos que contenham cistos (babás)
Contato pessoa a pessoa, por meio das mãos contaminadas
Creches, asilos → aglomerações
Tratamento de água e esgoto
Quadro clínico
A sintomatologia e a patogenia dependem: cepa (proteína diferente das outras espécies, uma
característica só dela), nº de cistos ingeridos, deficiência imunitária do paciente, ph do suco gástrico
Grande maioria são assintomáticas → problema: liberação de
cistos nas fezes por até 6 meses, fazendo transmissão
Sintomas principais: diarreia autolimitada ou persistente; má absorção e perda de peso
Quadro agudo: doença autolimitada, porém, pode causar diarreia aquosa, explosiva, de
dor fétido, acompanhada de gases com distensão e dores abdominais → raramente
aparece muco e sangue → sintomas podem ser confundidos com diarreia viral
Quadro crônico: diarreia persistente e recorrente → crianças: esteatorreia, perda de peso e má
absorção, gerando efeitos graves no desenvolvimento físico cognitivos → diarreia, má absorção
de gorduras e nutrientes (vitamina A, D, E, K e B12), perda de peso acentuado, são complicações
Ação patogênica
Processo multifatorial
Mecânica: pela aderência dos parasitos, com rompimento e distorção da mucosa no local onde o
disco ventral entra em contato com a célula (não provoca invasão celular ou tissular)
Liberação de substâncias citopáticas (potencializam a inflamação) → ex: proteases
Ação inflamatória: devido a reação imune do hospedeiro; irritação superficial da mucosa
Alteração na arquitetura do epitélio intestinal: diarreia e má absorção; destruição da arquitetura microvilosidades
Diagnóstico
Análise de material fecal: EPF, exame parasitológico de fezes (3 amostras) → sensível e barato →
cuidado: realizar 3 análises em 3 dias diferentes e alternados (elimina a possibilidade de um exame
falso-negativo)
Outros: exame do fluido duodenal e biópsia duodenojejunal, teste imunológico, testes moleculares
Profilaxia
Higiene pessoal → lavar as mãos
Destino correto das fezes → esgoto
Tratamento da água
Ferver a água → pelo menos por 5 min após surgir bolha
Cuidado com os alimentos
Vacinar e tratar os animais contaminados
Tratar a fonte de infecção para evitar a disseminação
Tratamento
Metronidazol: melhor, porém tem mto efeito →
algumas cepas apresentam resistência