As questões de classe e raça nas escolas

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História Mapa Mental sobre As questões de classe e raça nas escolas, criado por Gustavo Lima da Silva em 24-10-2024.
Gustavo Lima da Silva
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Resumo de Recurso

As questões de classe e raça nas escolas
  1. As reflexões servem pra ampliar o debate acerca da competência dos professores para tratar dos diferentes processos de discriminação, exclusão e marginalização
    1. A escola inclusiva não é aquela que centraliza esforços para adaptar a criança à classe de alunos/as percebidos como normais.
      1. José Leon Crochík: Psicólogo, Mestre em Psicologia Social, Doutor em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano, além de professor.
        1. "não há consenso sobre o que é considerado como educação inclusiva, pois tal conceito pode ser visto como integração escolar, reproduzindo antigas concepções de inclusão."
          1. Em meados da década de noventa, a educação inclusiva passou a ser incentivada pela UNESCO nos países do primeiro mundo, não pretendendo integrar as crianças às classes regulares e sim o convívio das diferenças.
            1. Nessa perspectiva, acreditamos que a limitação ou impedimento deve ser visto como a interação entre as características das pessoas e o meio ambiente
              1. a inclusão contém questões diversas, onde há variáveis que estão relacionadas a fatores humanos
          2. O autor defende as barreiras ao aprendizado e à participação, que, mesmo tendo limitações, possibilitam uma perspectiva nova.
      2. Baseado em resultados de uma pesquisa desenvolvida entre 2006 e 2008 em uma escola pública estadual de Presidente Prudente, com a turma da quarta série.
        1. Em que o problema das crianças que vivem processos de diferenciações e desigualdades nas relações escolares foi pensado em seus vínculos com as condições socioeconômicas e a cor/raça
          1. Foi investigado através da percepção das próprias crianças e as suas relações com as professoras.
          2. Reunia crianças oriundas da classe trabalhadora, onde todas eram pobres, mas umas eram mais pobres do que outra.
            1. Todas as crianças da 4ª série pesquisada pertenciam à mesma classe social, e a maioria se identificava como parda. Todas eram provenientes de famílias de baixa renda.
              1. mesmo entre crianças mais pobres, havia diferenças e desigualdades econômicas diferentes que podem induzir relações também desiguais e, consequentemente, tratamentos diferentes.
                1. Para a professora, havia 8 crianças em situação de pobreza mais visível na 4ª série, e dentre estas, 4 eram pretas, 1 parda e 3 brancas.
                  1. Professora declarou que as crianças se agrupavam de acordo com características semelhantes.
                    1. As crianças que tinham uma condição social mais desfavorecida e eram culturalmente, menos valorizadas não eram aceitas nos grupos de trabalhos na sala de aula.
                      1. as crianças percebidas como pobres e pretas, por terem pele mais escura, ficavam à mercê de percepções e relações que lhes marcavam um lugar socialmente diferenciado, sendo vítimas do descaso da professora e de “brincadeiras” de mau gosto.
                      2. Curiosamente, quando questionada sobre se algum aluno era discriminado pela cor por outros, ela disse que, pela escola ser composta majoritariamente por negros/pardos, não acontecia.
            2. As políticas para a escola pública atual propugnam pelo compromisso em praticar a educação para todas as crianças e jovens.
              1. Mas o que é preciso conseguir é uma escola capaz de ensinar o que seria realmente TODOS os alunos e seus pontos únicos, o que não é sempre feito.
                1. Isso é reflexo da escola antiga e a nova. Vamos refletir sobre o papel sociocultural da escola no “passado” e “hoje”.
                  1. a escola moderna e republicana sempre teve como objetivo a educação de crianças e jovens.
                    1. é enfatizado o ensino de determinados aspectos morais e sociais em nome da preservação de valores considerados essenciais para a vida humana.
                      1. são destacados certos princípios próprios do processo de escolarização como o são as habilidades de observar, classificar, ordenar, quantificar
                        1. a escola pública no “passado” atendia a crianças e jovens com um determinado perfil. Normalmente queles que apresentavam as condições que enquadravam dentro de suas exigências.
                          1. A grande maioria da população ficava fora da escola
                    2. A escola “hoje”, por sua vez, democratizou o acesso e tem como desafio ensinar a “todas” as crianças e jovens, garantindo a permanência e a aprendizagem com qualidade.
                      1. Mas o que é preciso para conseguir alcançar a todos mesmo?
                        1. Professores que tenham competência para trabalhar na formação e no processo de ensino e aprendizagem da criança discriminada e marginalizada em função de seus diferentes aspectos sociais e culturais.
                          1. Para achar respostas a essas questões é preciso reatualizar constantemente a visão sobre os significados e propósitos da instituição escolar.
                            1. tendo como foco especial a reflexão dos problemas colocados para o nosso presente
                          2. a escola de “hoje” vive outro contexto de desafios e problemas
                            1. Como toda instituição a escola vai expressar os valores, os interesses e as possibilidades dos sujeitos de uma determinada época histórica. Assim dá pra entender a quem serve a escola atual.
                    3. Terezinha Azerêdo Rios
                      1. a função da escola seria trabalhar com competência, pois somente dessa forma cumpriríamos com sua função última, que é desenvolver os nossos alunos por meio da socialização dos saberes acumulados pela humanidade.
                        1. a escola brasileira precisa aprimorar seu trabalho efetivando a socialização dos conhecimentos e valores significativos, incluir os excluídos, romper com preconceitos e discriminações
                          1. Considerar questões como a qualidade do ensino e as competências dos/das professores/as, e levar em conta o processo de avaliação dessas crianças que a escola vem praticando
                            1. às vésperas da virada do milênio, o Brasil reprova 5 milhões de crianças no ensino fundamental. Viramos o milênio e certamente continuamos reprovando as crianças e jovens brasileiros.
                              1. muitos fatores, dentro da escola, contribuem para esse panorama altamente seletivo, tais como: formação precária de recursos humanos, inadequação de instalações físicas, materiais de apoio pedagógico frágeis, mas, especialmente, chamamos a atenção para a sistemática de avaliação vigente.
                                1. É urgente repensar a avaliação que é praticada na escola
                                  1. A partir do momento em que a escola pública adotou o regime de progressão continuada a avaliação passa a ser contínua. E isso não vem se efetivando na prática.
                                    1. A legislação propõe atividades de reforço e recuperação, formas de adaptação, aproveitamento e aceleração de estudos, mas mecanismos não têm sido eficazes para aquelas crianças que vivenciam processos de discriminação e marginalização/exclusão na escola
                                      1. Além dos saberes a ensinar, são necessários saberes para ensinar, nos quais se incluem os processos de avaliação que devem indicar os caminhos os quais poderão ser percorridos para a aprendizagem do/a aluno/a.

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