O tema da sustentabilidade nasce como um contraconceito, na medida em que funciona como
antítese do conceito de insustentabilidade, elaborado a partir da constatação da falência dos
modelos econômicos vigentes na preservação dos recursos naturais essenciais para a manutenção
da vida humana. • A definição clássica de desenvolvimento sustentável foi proposta pela Comissão
Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, da Organização das Nações Unidas,
representando aquele desenvolvimento que “[...] atende às necessidades do presente sem
comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem a suas próprias necessidades.”
(ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS, 1991, p. 46).
A economia solidária consiste em um novo modelo econômico. Nele, o trabalho assume caráter
distintivo, em detrimento do antigo paradigma da obtenção irrestrita do lucro. • Na economia
solidária, as empresas são autogestionárias, ou seja, sua gestão é compartilhada entre os sócios. Os
ganhos de todos são decididos em assembleia, podendo haver repartição igual ou desigual, sempre
pautadas em critérios discutidos entre os sócios.
A compreensão dos temas da sustentabilidade e da economia solidária ampliará as possibilidades de
nossa atuação profissional. Por um lado, nos fará mais conscientes com relação às questões sociais e
ambientais e, por outro, abrirá um imenso leque de possibilidades para organizar a economia,
sobretudo a partir dos paradigmas da autogestão e da repartição dos ganhos.
UNIDADE I
Relação do homem com o trabalho
O trabalho é a forma como o homem transforma a natureza, a fim de adaptá-la às suas
necessidades. Por um lado, a natureza oferece ao homem “produtos naturais”. Por outro, com
aqueles, e por meio do trabalho, o homem produz os “produtos humanos”. • O trabalho é a
apropriação consciente e direcionada a uma finalidade, por meio de um projeto, da natureza. A
consciência, no homem, determina a extrapolação da reação meramente instintiva. Por meio da
consciência, o homem age sobre a natureza com intencionalidade.
Ao organizar o trabalho, o homem reinventa os modos de ser/estar com os demais homens,
fundando a cultura, a sociedade e as suas instituições. Cada período histórico confeccionou seus
próprios modos de produção do trabalho, alterando, a cada momento, e radicalmente, as relações
entre os homens. • Os séculos XIX e XX representaram momentos determinantes para a mudança
dos rumos das sociedades. O modo de produção em série e o modo de produção em massa,
taylorista e fordista, respectivamente, alteraram substancialmente a forma de vida das pessoas.
UNIDADE II
Cidadania e Responsabilidade Social
Para compreender a evolução histórica do conceito de cidadania, é preciso retornar aos tempos da
Grécia arcaica e analisá-la sob a ótica dos movimentos contemporâneos. Para entender a noção de
cidadania vigente nos séculos V e IV a.C., é preciso avaliar como Atenas e Esparta, as mais relevantes
cidades gregas, traçaram os paradigmas da participação cidadã.
A modernidade representou, para a história universal, um período de profundas transformações em
todos os âmbitos da vida humana: nas ciências, na economia, na política, etc. Os séculos XVII e XVIII
figuram entre os mais importantes da história do homem. Nesse período, o filósofo inglês John Locke
lançou as bases do pensamento do liberalismo, reconfigurando o con
A noção contemporânea de cidadania, de acordo com a Sociologia, está assentada na ideia de
direitos civis, políticos e sociais. A análise da cidadania demanda a compreensão de suas relações
com os modernos mecanismos comunicacionais, na medida em que estes estreitaram as distâncias
entre as entidades políticas e o cidadão comum e impactam diretamente no exercício da profissão.
UNIDADE IV
Tecnologia x Humanidade
A diversidade é um dos elementos constituintes das sociedades contemporâneas e pressupõe a
possibilidade da existência de inúmeros modos de ser e estar no mundo. Por essa razão, possui
fundamento na diferença. • Os movimentos minoritários de luta pela diversidade não ignoram as
recentes lutas dos movimentos pela igualdade. Ao contrário, buscam legitimar o direito à diferença
no interior do direito à igualdade.
A pós-modernidade pode ser conceituada a partir de duas abordagens distintas: a primeira está
relacionada ao período cronológico iniciado na segunda metade do século XX; a segunda diz respeito
às características que marcam a distinção entre os principais elementos do período moderno e da
pós-modernidade. • Uma das principais características da pós-modernidade é sua rejeição aos
discursos totalizantes e universalizantes, denominados “metanarrativas”. • A rejeição aos discursos
universalizantes pressupõe a aceitação da condição efêmera e transitória da atualidade, pautada na
lógica do fast e do imediatismo.
A composição do homem contemporâneo está estritamente relacionada aos avanços dos
dispositivos tecnológicos, constituinte quase “orgânico” da essência humana. Por decorrência, a
subjetividade contemporânea se constrói a partir dos pressupostos dos valores da sociedade
tecnocrática. • Os avanços tecnológicos reconfiguraram substancialmente os modos de produção do
trabalho. Alguns dos impactos do desenvolvimento tecnológico no mundo do trabalho são:
surgimento de novos modelos produtivos, aumento da flexibilização organizacional, crescimento das
taxas de desemprego, entre outros.
A compreensão dos impactos das tecnologias na composição das subjetividades e na composição de
novos modos de produção do trabalho contribui substancialmente para a compreensão dos dias
atuais, permitindo a ação consciente e ética com relação a situações-problemas oriundas do
cotidiano profissional e pessoal.