Esporotricose: micose zoonótica, causada pelo fungo dimórfico Sporothrix schenckii
Descrição
Doença fúngica, causada pelo fungo dimórfico Sporothrix schenckii, que acomete o homem e uma grande variedade de animais, especialmente o gato doméstico.
Esporotricose: micose zoonótica,
causada pelo fungo dimórfico
Sporothrix schenckii
Prevalência | Relevância da doença
Sua distribuição é mundial, mas têm maior ocorrência em
regiões de clima tropical, subtropical ou temperado
No Brasil, foram relatadas ocorrências principalmente nos estados do Rio de
Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul
Etiologia: Características do agente etiológico
Fungo geofílico: que possui atração por terra
fungo sapróbio: que depende de matéria orgânica em
decomposição para se desenvolver
Fungo dimórfico: Possui forma de micelial no meio ambiente com
temperatura em torno de 25ºC, e em torno de 37ºC passa a forma
parasitária de leveduriforme, em temperaturas superiores a 39 a 40ºC
seu crescimento é inibido.
Faz produção de enzimas extracelulares, melanina e termotolerância, que
interferem na resposta imune e facilitam a invasão e a aderência do agente
às células do hospedeiro.
Fisiopatogenia: fatores de virulência e patogenia
A infecção ocorre por inoculação traumática do vírus
na pele, principalmente por espinha de plantas (por
isso a esporo é conhecida como doença do
jardineiro), farpas de madeira, arranhadura,
mordedura ou contato direto com exsudato das
lesões dos felinos contaminados.
Se a inoculação ocorrer por espinho de planta ou farpa de
madeira, inicialmente o fungo é inoculado em forma
micelial, após sofre conversão para leveduriforme. Se a
inoculação ocorrer por arranhadura ou mordedura, o
fungo já é inoculado em forma de levedura
Após o estabelecimento da infecção,
há desenvolvimento de lesão cutânea
papular ou nodular localizada no(s)
ponto(s) de inoculação, podendo
evoluir para cura espontânea
Dependendo do estado imunológico, da virulência da
cepa ou da quantidade de unidades infectantes
inoculadas, pode haver envolvimento de vasos
linfáticos e sanguíneos que drenam o local, fazendo
com que ocorra a progressão da infecção para a
forma cutânea disseminada, que se caracteriza por
múltiplas lesões (o que pode acontecer também por
autoinoculação), podendo ou não evoluir para a
forma sistêmica.