Doença causada pelo platelminto Schistosoma mansoni, da classe
trematoda. Ocorre em várias partes do mundo, com ação endêmica. Os
parasitas desta classe são cinco, mas o principal causador no Brasil é o
mansoni.
O ovo possui formato ovoide, alongado com espícula lateral. O miracídio é a larva livre
nadante, com cerca de 500 µm, possui cutícula com espinhos e fototropismo, e vive
cerca de 8 horas. Já no caramujo, se desenvolve o esporocito, onde neste se multiplica
e produz células germinativas. A cercária, liberada pelo caramujo possui cauda longa e
bifurcada, com glândulas de penetração que ajudam na fixação na pele. O
esquistossômulo, já no organismo, perde sua cauda. A fêmea adulta possui 14 mm,
tegumento liso e escuro. Já o macho, 10mm mais esbranquiçado e possui ventosas.
Eliminados e alcançando a água, os ovos eclodem originando
miracídios que vão parasitar o hospedeiro intermediário: um
caramujo do gênero Biomphalaria. No caramujo, o miracídio se
desenvolve, dando origem a cercárias. Na água, as cercárias
parasitam o homem, penetrando-lhe a pele. Depois da
penetração, as cercárias passam a se chamar esquistossômulos.
Esses ganham a circulação venosa, chegam ao pulmão, coração,
artérias mesentéricas e sistema porta. A maturação sexual ocorre
nesse local originado machos e fêmeas, que após copula, libera os
ovos e estes são encontrados nas fezes.
Apresenta sintomas como dermatite cercariana. eritema,
reações pulmonares, febre, mal estar, diarréia ou
constipação, hepatomegalia, hipertensão portal, lesões no
baço, e em estágios mais avançados, granuloma e ascite.
O diagnóstico é clinico e parasitológico através da pesquisa de
ovos. E seu tratamento com Oxamniquini e Praziquantel. Sem
esquecer das medidas de combate como educação sanitária,
saneamento básico e combate aos moluscos.