1. A teoria social deve se
desprender de sua extrema
especialização e retomar a
tradição das grandes teorias
explicativas com o objetivo de
reordenar o sistema de
interpretação do mundo
contemporâneo.
2. Esta reinterpretação
deve superar sobretudo a
idéia de que o modo de
produção capitalista,
surgido na Europa no
século XVIII é a referência
fundamental de uma
nova sociedade mundial.
2.2 Este fenômeno deve ser visto
como um episódio localizado,
parte de um processo histórico
mais global que envolve a
integração do conjunto das
experiências civilizatórias numa
nova civilização planetária,
pluralista e não exclusivista,
baseada na não subordinação do
mundo a nenhuma sociedade
determinada.
3. A formação e evolução do sistema mundial
capitalista deve orientar a análise das
experiências nacionais, regionais e locais
buscando resgatar as dinâmicas históricas
específicas como parte de um esforço conjunto
da humanidade por superar a forma
exploradora, expropriatória, concentradora e
excludente em que este sistema evoluiu.
4. A análise deste processo histórico deve resgatar sua forma
cíclica procurando situar os aspectos acumulativos no
interior de seus limites estabelecidos pela evolução das
forças produtivas, relações sociais de produção, justificativa
ideológica destas relações e limites do conhecimento
humano.
5. Neste sentido, a evolução da ciência social deve ser entendida como parte de um processo mais
global da relação do homem com a natureza: a sua própria, a imediata, a ambiental e o cosmos, só
aparentemente ausente da dinâmica da humanização. Isto é, ela deve ser entendida como um
momento de um processo mais amplo de desenvolvimento da subjetividade humana, composta de
indivíduos e povos que estão construindo o futuro sempre aberto destas relações.