Criado por Alexandre Almeida
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A Santidade de Deus John McKnight 10 de Julho de 2001 - Teologia Para compreendermos com exatidão o Deus triuno, é fundamental aceitarmos um aspecto básico da sua natureza. Deus é Santo, separado de toda corrupção e distinto em sua pureza. Dentre suas infinitas qualidades, a sua santidade é suprema. Dentre todas as coisas, Ele deve ser reconhecido como Aquele que é separado do mundo por nós conhecido, separado para a perfeição por nós desconhecida. Ele é e tem de ser visto pelo homem como Aquele que deve se manter separado. Deus é separado e distinto em seu poder. “Ó SENHOR, Deus dos Exércitos, quem é poderoso como tu és, SENHOR, com a tua fidelidade ao redor de ti?! Dominas a fúria do mar; quando as suas ondas se levantam, tu as amainas” (Salmo 89.8-9). Deus é separado e distinto em sua moralidade. “Justiça e direito são o fundamento do teu trono; graça e verdade te precedem” (Salmo 89.14). Os atributos de Deus são manifestações do seu caráter santo. Por exemplo, a santidade de Deus é demonstrada através do seu amor por aqueles que pela fé Ele torna justos. “O SENHOR abre os olhos aos cegos, o SENHOR levanta os abatidos, o SENHOR ama os justos” (Salmo 146.8). “Pois tu não és Deus que se agrade com a iniqüidade, e contigo não subsiste o mal. Os arrogantes não permanecerão à tua vista; aborreces a todos os que praticam a iniqüidade” (Salmo 5.4-5). Visto que toda qualidade de Deus manifesta sua santidade, considerar qualquer atributo à parte desta santidade significa distorcer seu caráter. Em nenhum outro lugar essa distorção é tão evidente quanto nas concepções populares a respeito do amor de Deus. Raro é o homem que compreende conscientemente que o amor de Deus é apenas uma manifestação da sua santidade. O evangelicalismo moderno tem imaginado um deus que personifica o amor supremo separado da santidade, um deus que possui a santidade como um efeito secundário. No pensamento popular, a santidade de Deus está erroneamente subordinada ao seu amor. Tal pensamento cria a imagem de um vovozinho impotente, incapaz de manter seu próprio padrão. Esta atitude reduz o amor santo de Deus a um nível sentimentalista, desprovido de justiça e juízo, que constituem a base do seu trono. Esta concepção produz um entendi- mento frívolo e trivial dAquele a quem serafins, com faces cobertas, clamam: “Santo, santo, santo é o SENHOR dos Exércitos” (Isaías 6.3). Conseqüentemente, Aquele que faz os demônios tremerem nada mais é do que “o cara lá de cima”, o copiloto da vida. Ao participar de com- petições, times de desportistas oram pedindo vitória Àquele em cuja presença “ninguém” deve se vangloriar (1 Coríntios 1.29). Essa petição visa receber de Deus a vanglória da carne. Em contraste, as Escrituras dizem: “Levanta-te, SENHOR; não prevaleça o mortal. Sejam as nações julgadas na tua presença. Infunde-lhes, SENHOR, o medo; saibam as nações que não passam de mortais” (Salmo 9.19-20). A santidade identifica Deus como independente de tudo. Esta separação divina foi manifestada quando o
monte Sinai fumegou, porque “o SENHOR descera sobre ele em fogo” (Êxodo 19.18). Por ordem divina, o monte tinha sido demarcado por limites invioláveis; traspassar estes limites significava morte certa. Sobre todas as coisas, Deus será reconhecido pela sua separação, sua santidade. O tabernáculo era a habitação de Deus, onde o homem encontrava-se com a Divindade. Somente no Santo dos Santos, podia ser feita a expiação pelos pecados. Mas ali ninguém podia entrar, exceto o sumo sacerdote, apenas uma vez por ano. E mesmo naquele dia de expiação, ele não podia entrar confiando em seus próprios recursos, e sim no recurso ordenado por Deus — o sangue de um sacrifício prescrito por Ele. Na expiação, aquele sacrifício que mais revela seu amor, Deus lembra aos homens que, acima de todos os outros atributos, Ele é um Deus santo, destituído de qualquer corrupção. Deus nos outorga repetidas afirmações sobre sua santidade, para que o coração humano, “enganoso” e “desesperadamente corrupto” (Jeremias 17.9), não esqueça essa característica áurea. “Eu sou o SENHOR, que vos faço subir da terra do Egito, para que eu seja vosso Deus; portanto, vós sereis santos, porque eu sou santo” (Levítico 11.45); “Ser-me-eis santos, porque eu, o SENHOR, sou santo e separei-vos dos povos, para serdes meus” (Levítico 20.26). Quando Deus escolheu Abraão para ser recipiente da sua graça especial, Ele o separou de sua família e de seu país, porque seu propósito era tornar a descendência de Abraão um povo distinto. Mesmo a libertação do povo de Israel da escravidão do Egito mostrou o propósito de Deus em separá-los para Si mesmo, tornando-os uma nação santa. A santidade de Israel era confirmada por serem eles separados do estilo de vida e de adoração dos pagãos. A morte, a separação crucial, era prescrita àqueles que mantinham crenças e práticas pagãs entre o povo de Deus. A observância da separação por parte do povo de Deus continua no Novo Testamento: “Segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento” (1 Pedro 1.15). Esta ordenança não é um ritual ou um preceito ético estabelecido por algum líder religioso, e sim uma manifestação do Deus santo: “Sede santos, porque eu sou santo” (1 Pedro 1.16). Ele não deixa seu povo sem recursos ou auxílio para se manterem separados - “pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as coisas que conduzem à vida e à piedade… pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vos torneis co-participantes da natureza divina, livrando-vos da corrupção das paixões que há no mundo” (2 Pedro 1.3-4). Não há dúvidas quanto à ordenança de que os cristãos devem se manter separados do pecado e da apostasia. A presença do Espírito Santo é um testemunho contínuo para que se cumpra este mandato de separação. Como resultado, os cristãos sensíveis à sua presença sofrem com o pecado. Pelo poder do sangue de Cristo e pela obra do Espírito Santo, eles desejam ardentemente confessar, abandonar e se manterem separados do pecado. A santidade de Deus é a raiz incontestável da separação pessoal e eclesiástica. Pregadores, igrejas, denominações… e outros grupos pseudo-religiosos, que negam e distorcem as Escrituras, são profanos e estão em rebeldia contra Deus. Obedecê-Lo significa separar-se dos que praticam tais pecados, pois estão violando a própria natureza de Deus. Os verdadeiros crentes estabelecem marcas bem visíveis de separação entre eles e os falsos e desobedientes empreendimentos religiosos, “porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniqüidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas? Que harmonia, entre Cristo e o Maligno? Ou que união, do crente com o incrédulo? Que ligação entre o santuário de Deus e os ídolos?” (2 Coríntios 6.14-16). Devemos nos manter separados por meio de um padrão essencialmente bíblico, unido-nos àqueles que praticam e sustentam esse mesmo padrão. Precisamos fazer isso para agradar a Deus, cuja santidade inclui separação da desobediência e da incredulidade. Portanto, para agradar e glorificar a Deus, temos de nos separar de religiosos que negam a Bíblia e de cristãos rebeldes. Agindo assim, honramos a Palavra de Deus, a qual nos instrui: “Retirai-vos do meio deles, separai-vos, diz o SENHOR; não toqueis em coisas
impuras; e eu vos receberei; serei vosso Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o SENHOR Todo- Poderoso” (2 Coríntios 6.17-18). Que promessa maravilhosa! A aliança com o mundo jamais poderá rivalizar com a bênção experimentada pelos crentes que, em obediência, mantêm-se separados para o Pai. O leitor tem permissão para divulgar e distribuir esse texto, desde que não altere seu formato, conteúdo e / ou tradução e que informe os créditos tanto de autoria, como de tradução e copyright. Em caso de dúvidas, faça contato com a Editora Fiel.
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