Emergência em Pediatria - Acidentes na Infância

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Medicina (Pediatria) Notas sobre Emergência em Pediatria - Acidentes na Infância, criado por Luís Fernando Lipka Insfran em 30-05-2019.
Luís Fernando Lipka Insfran
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Luís Fernando Lipka Insfran
Criado por Luís Fernando Lipka Insfran aproximadamente 5 anos atrás
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Resumo de Recurso

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Acidentes na Infância Introdução Definição: evento causador de injúria física/dano corporal: ocorra em um período curto tempo; não desejado conscientemente; perda de equilíbrio indivíduo e sistema; transferência de energia do sistema ao indivíduo

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Epidemiologia Causa crescente de mortalidade e invalidez na Infância e Adolescência Grupo predominante de causas de morte a partir de 1 ano de idade e chegando a  percentuais superiores a 70% em adolescentes Brasil: 120.000 mortes e 360.000 incapazes devido aos Acidentes Estima-se que 5 milhões de pessoas morrem a cada ano por trauma (16% da Sobrecarga Global de Doenças) Crescimento de 20% nos Próximos Anos Principais: 1) injúrias no trânsito; 2) guerras; 3) violência urbana; 4) suicídios; 5) quedas. Causas de Morte: < 1 ano: Obstrução de vias aéreas 1-4 anos: Acidentes com veículos automotores 5-14 s: Acidentes com veículos automotores

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Prevenção Dois tipos: Ativa e Passiva Ativa: exige uma determinada ação sempre que a criança precisar de proteção. São intrinsecamente falhas, pois dependem de atitudes socioculturais e dos níveis de persistência, comprometimento e responsabilidade. EX.: afivelar o cinto de segurança, colocar grades ao redor de piscinas.  Passiva: protegem indivíduos automaticamente, prescindindo de qualquer ação, conhecimento ou colaboração de sua parte. São muito mais efetivas, pois independem dos fatores individuais. Tem efetividade máxima quando feita na comunidade, por ação do governo, legislação, entidades normatizadoras, etc. Ex.: medicamentos com tampa de segurança, selo do IMETRO com a idade correta para o determinado brinquedo. Sempre mais eficaz do que a ativa.

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Desenvolvimento e Riscos Lactentes: principais acidentes: quedas, queimaduras, afogamentos e intoxicações;  Pré-escolar: principais acidentes: queimaduras, intoxicações, atropelamentos, quedas de lugares altos, ferimentos com brinquedos e lacerações;  Escolar: principais acidentes: queimaduras, afogamentos, atropelamentos, ferimentos com facas e armas de fogo, traumatismos dentários em funções de brincadeiras agressivas;  Adolescente: principais acidentes: motos ou carros, intoxicações por drogas, afogamentos, atropelamentos, quedas e traumatismos graves, fraturas e lacerações por esportes. 

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Acidentes Domésticos Prevalência dos Acidentes Domésticos 0-1 anos: Asfixia/sufocações; quedas; queimaduras; corpos estranhos; intoxicações; ferimentos variados. 2-4 anos: Quedas; asfixia/sufocações; queimaduras; afogamentos; intoxicações; choque elétrico; atropelamento; traumatismos variados. 5+ anos: Quedas; atropelamentos; queimaduras; intoxicações; afogamentos; choques elétricos; traumatismos variados.

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Medidas de Prevenção - Trânsito e Asfixia Trânsito: Treinamento do Pedestre Proteção dos ocupantes dos Veículos Não levar a criança no colo, no banco dianteiro Assentos especiais conforme a idade Não colocar objetos pesados sobre o banco; Uso do capacete  Asfixia: Mais frequente: no 1º ano de vida e em meninos Atentar-se mesmo aos sintomas mínimos Nunca deixar ao alcance de crianças objetos pequenos Manter a criança tranquila durante a alimentação Não oferecer grãos antes dos 4 anos de idade Cuidados com os brinquedos Manobra de Heimlich

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Afogamento   Definições:  Afogamento: Morte por asfixia após submersão em líquidos até 24 hs. Semi-afogamento: Sobrevivência, ainda que temporária, após submersão (após 24 hs)  Epidemiologia 4º causa de óbito nos EUA até 19 anos por causas externas (1° acidente automobilístico, 2° homicídio e 3° suicídio) Mais comum em meninos entre 13 e 20 anos e em crianças de 1 a 2 anos 10 milhões de crianças entre 1 e 14 anos de idade são internadas/ano Uma a cada 35 hospitalizações leva ao óbito Na faixa de 1 a 4 anos é a 2ª causa externa de morte no Brasil, EUA e África do Sul, e a 1ª na Austrália.  Afogamento – acidente por submersão  Submersão acidental  Sinais de bom prognóstico - presença de pulso e esforço respiratório espontâneo no hospital Pico de mortalidade nos menores de 4 anos e 15-19 anos. Mais comum em Água doce Fatores de risco: sexo masculino, raça negra, presença de distúrbio convulsivo, período de verão, fins-de-semana, feriados e uso de álcool. Por faixa etária: Crianças menores de 1 ano: banheiras, vasos sanitários, baldes, tanques. Crianças pequenas podem morrer em recipientes com 5 cm de água. Crianças de 01 a 04 anos: piscinas, banheiras, reservatórios e oceano. Crianças de 05 a 14 anos: piscinas, lago, rio, represa e oceano. Adolescentes: ávidos por ambiente plano, perigoso, podem ser vítimas de acidentes por submersão em mar aberto, grandes lagos, rios e esportes aquáticos. Uso de bebidas alcoólicas está envolvido em 25 a 50% das ocorrências. Prevenção  Não deixar a criança sozinha na banheira; cercar a piscina. Nadar sempre em áreas com supervisão. Uso de equipamentos de salva-vidas. Ensinar a criança a nadar a partir dos 3 anos. 

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Queimaduras  Lesão corporal desencadeada por um agente físico. Térmicas são mais frequentes. Mundo -> 2,2 milhões por ano; 70 mil cuidados hospitalares -> EUA 5.500 morrem-2.500 crianças 1000- Incapacidade permanente. Brasil -> 1 milhão de casos -> 200 mil emergência -> 40 mil hospitalizações  Atenção e prevenção: Inalação da fumaça Idade pré-escolar e fósforo Escaldamento devido líquidos quentes Queimaduras desfigurantes -> em geral -> Queimaduras Elétricas Testar a temperatura dos alimentos e da água do banho Não fumar nem tomar bebidas quentes com a criança no colo Evitar exposição excessiva ao sol Proteção em aquecedores, lareiras e aparelhos elétricos Tampa protetora de tomadas Nunca deixar a criança sozinha em casa e evitar seu acesso à cozinha. 

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Intoxicações Causa importante de morbidade em crianças < 6 anos Produtos mais comuns: produtos de limpeza, analgésicos, cosméticos e plantas Medicamentos mais associados: analgésicos, antidepressivos, sedativos, hipnóticos, estimulantes, drogas ilícitas, drogas cardiovasculares e álcool Em crianças: incidência igual nos dois sexos Adolescentes: > em meninas  Deve-se ter em mente que a intoxicação faz parte do diagnóstico diferencial de crianças com nível de consciência alterado, vômitos choque e convulsões Prevenção Jamais utilizar medicamentos por conta própria ou por orientação de leigos Conferir nome, dose e prazo de validade Evitar ter venenos em casa Material de limpeza, medicamentos e cosméticos mantidos em seus recipientes originais e em local seguro Não ter plantas tóxicas 

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Brinquedos  Prevenção de acidentes Não devem ser pequenos e nem soltar ou deslocar partes Não devem possuir correntes, cordas, fitas ou barbantes Não devem possuir extremidades afiadas ou pontiagudas Devem ser confeccionados com material não tóxico Devem ficar guardados em locais seguros, evitando-se brinquedos em caixas com tampas Devem ser fáceis de limpar.

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Acidentes com armas de fogo Aumento das estatísticas de mortalidade  Prevenção: Não manter armas em casa Guardá-la em local seguro, travada e sem munição Reforçar a prevenção de homicídios, suicídios e ferimentos, estimulando o não uso de atuação agressiva Não incentivar o uso de brinquedos semelhantes a armas

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Quedas Causa mais comum de acidente não-fatal. Elevado número de atendimento em PS Maioria ocorre em casa e 1/4 em escolas, parques e clubes. Lesões mais frequentes: TCE leve, lacerações, fraturas. Prevenção Nunca deixar a criança sozinha em cima de móvel Verificar a segurança dos equipamentos da criança Baixar o estrado e o colchão do berço da criança Não estimular o uso de andadores Instalar proteção em escadas, redes ou grades nas janelas, travas de limitação de abertura nas janelas, manter os portões trancados e o acesso restrito a cozinha. Adaptar os pisos Uso de calçados de borracha Desencorajar brincadeiras e jogos em varandas, decks etc.

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