Criado por Yasmin Lima
mais de 4 anos atrás
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*A noção de desvio se refere a comportamentos contrários aos padrões e normas estabelecidos na sociedade. O desvio social na perspectiva funcionalista Segundo a obra de Émile Durkheim, o desvio pode ser entendido como um produto dos problemas vinculados às formas de coesão social. Aqueles que violam as regras e que são punidos por isso podem servir de exemplo negativo, ao reforço da coesão e integração daqueles que conformam às regras sociais. Durkheim lançou o conceito de anomia: refere-se à perda ou o rompimento com os laços e as regras sociais. Ele menciona que nas sociedades modernas, em que prevalece a solidariedade orgânica, nota-se a expansão do individualismo e o enfraquecimento da consciência coletiva. Para o sociólogo Robert Merton do comportamento desviante pode ser entendido como uma forma de desajuste entre indivíduos e sociedade. Por exemplo nas ofertas reais de ascensão e conquista de prestígio social, no que pode ocorrer, quando alguém não alcança esses objetivos. Para o funcionalismo, o grande problema das formas de desvio de conduta são as possibilidades de crises ligadas à estrutura a sociedade, em termos de sua manutenção e reprodução.
O desvio na perspectiva sociológica do conflito Nos remete ao pensamento marxista, compreende os comportamentos desviantes como formas de resistência de grupos subalternos ou oprimidos em relação às regras sociais. De acordo com a perspectiva do conflito, em sociedades marcadas por contradições e desigualdade, as regras atendem a interesses específicos de dominação social exercida por um grupo. Sob o plano ideológico, as normas sociais são apresentadas como um conjunto que contempla indistintamente os interesses de toda a sociedade; Os autores vinculados à perspectiva do conflito destacam o desvio como uma escolha deliberada e, muitas vezes, de natureza política; Nessa perspectiva, o desvio é uma resposta às desigualdades do capitalismo.
- O desvio para o interacionismo simbólico É algo construído pelos atores sociais, o que revela tanto as estruturas sociais existentes (em termos de poder) quanto as formas de interação presentes nas sociedades. Os interacionistas questionam como os comportamentos vêm a ser inicialmente definidos como desviantes e por que certos grupos, e não outros, são rotulados de desviantes. Teoria da rotulação: de acordo com Howard S. Becker, essa teoria diz respeito ao processo de estigmatização que as estruturas de poder sociais podem impor aos indivíduos considerados desviantes. Demonstrando de um lado, as dimensões de poder existentes e, de outro, a construção social da "anormalidade", que é menos um fato do que uma interpretação.
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