Unidade 1 - Uso didático de vídeos on-line

Descrição

Aprenda a utilizar vídeos digitais disponíveis na Internet no contexto escolar, como um recurso didático.
Supervisão de Tecnologias SEDUC
Notas por Supervisão de Tecnologias SEDUC, atualizado more than 1 year ago
Supervisão de Tecnologias SEDUC
Criado por Supervisão de Tecnologias SEDUC quase 8 anos atrás
202
0

Resumo de Recurso

Página 1

1.1 Introdução

Muitos professores têm, no vídeo, uma importante ferramenta para expor, explicar e atrair a atenção dos seus alunos para determinado conteúdo curricular. Todos nós concordamos sobre o potencial que essa mídia possui como fonte de informações e como recurso que facilite a aprendizagem do estudante. Porém, é preciso deixar claro que, como qualquer recurso didático, o vídeo não deve ser encarado como um substituto de outros instrumentos, mas, como mais uma ferramenta que o professor pode lançar mão para contribuir para o processo de ensino e aprendizagem dos seus alunos.

Página 2

1.2 Histórico do vídeo

Se formos resumir a história do vídeo, desde seus primórdios até os dias atuais, constataremos que houve uma transformação bem expressiva. Gradativamente, desde a invenção do cinema, ao longo dos anos, esse tipo de mídia foi tomando novos formatos e diferentes meios de serem apreciados, ficando cada vez mais acessível e democratizado. Atualmente, podemos assistir a vídeos até mesmo por meio de um dispositivo que foi, a priori, projetado para comunicação instantânea entre pessoas, o telefone celular. Mas antes desse desenvolvimento todo, o vídeo passou por um longo processo de aprimoramentos, tanto na sua qualidade audiovisual, quanto no que tange à sua forma de acesso.

Página 3

Gerações dos vídeos

Para conhecer com mais detalhe a história do vídeo, como o conhecemos, sugerimos a leitura do texto desta página da web. Entretanto, podemos resumir essa evolução em quatro gerações: Primeira geração: Século XIX – primeiros dispositivos de captação e reprodução de imagem em movimento (fonógrafo, de Tomas Edison; aparelho fotográfico de Niépce; cinematógrafo dos Irmãos Lumiére; emissor de ondas de rádio de Marconi). Segunda geração: Segunda Gerra Mundial - desenvolvimento dos meios de comunicação de massa em virtude da aceleração tecnológica (Cinema, TV, rádio, etc.). Terceira geração: os meios de registro se tornam mais acessíveis à maioria das pessoas (videocassete, vídeo digital, DVD, BluRay, etc). Quarta geração: Interatividade e colaboratividade na produção contemporânea (vídeos pela Internet).

Página 4

Vídeo digital

Nos dias atuais, vemos a ascensão do conteúdo de vídeo digital, que substitui rapidamente o analógico, não somente em relação ao que é veiculado na TV aberta, mas também ao conteúdo audiovisual que pode ser acessado via TV por assinatura, reprodutores de mídias como o DVD, o BluRay e, por fim, os diversos repositórios disponíveis na Internet. E é sobre essa última forma de acesso que nos deteremos na presente unidade deste módulo do CATE.

Página 5

Vídeo na Internet

Uma das grandes vantagens da Internet, e de sua evolução para a Web 2.0, é a interação e a colaboração. Qualquer pessoa pode produzir, compartilhar e comentar o conteúdo que é disponibilizado através da grande rede. E isso inclui os vídeos, que, em formato digital, alcançam milhões de pessoas espalhadas por todo o planeta. Nesse novo contexto, o usuário deixa de ser um mero consumidor de informações e passa a ser, se assim desejar, um produtor, além de emitir suas opiniões críticas sobre o que é veiculado.

Página 6

Repositórios de vídeo na Web

Partindo dessa realidade, apresentaremos aqui algumas noções de utilização didática do vídeo dentro desse atual contexto, que é a ampla disponibilização on-line dessa mídia. Para começar, apresentaremos alguns dos principais sítios on-line, onde é possível acessar vídeos com finalidade educativa. O Youtube é, certamente, o mais popular e conhecido portal de acesso a vídeos, que podem ser assistidos por muitos usuários, desde que estes possuam algum dispositivo de visualização conectado à Internet. Mas existem vários outros websites que funcionam como repositórios e compartilhadores de material audiovisual digital, democratizando o acesso a um número cada vez maior de pessoas, além de diversificar o tipo de conteúdo (característica pouco comum tanto na TV aberta, quanto na TV por assinatura).

Página 7

Lista de repositórios de vídeo on-line

Na lista a seguir, apresentamos os principais locais da Internet para localizar vídeos: YouTube: é certamente o repositório de conteúdo audiovisual mais acessado. Criado em 2005, possui a maior quantidade de vídeos atualmente. Dailymotion: criado em 2005 na França, disponibiliza vídeos dos mais variados conteúdos aos seus usuários. É um dos mais acessados do mundo. É possível fazer upload de vídeos de forma gratuita e até ganhar dinheiro com produção autoral, se o usuário quiser fazer parte de um programa especial criado pelo site. Vevo: é um site de vídeos dedicado ao entretenimento musical. Todo seu conteúdo é hospedado em seu site oficial e também no Youtube, que é licenciado. Apresenta vários eventos como shows, entrevistas e premiações musicais. Google Videos: a partir da página principal do Google é possível localizar vídeos hospedados no Youtube (que atualmente pertence à empresa Google) e em outros servidores de toda a web. Yahoo! Video: um serviço da empresa Yahoo! para encontrar vídeos em toda a web. Oferece uma interface que permite pré-visualizar no próprio ambiente o vídeo procurado. Veoh: fundada em 2004, é uma televisão transmitida pela Internet empresa sediada em San Diego, Califórnia. Ele permite que os usuários encontrem e vejam conteúdo de estúdio, produções independentes e material gerado por usuários. Vimeo: Dedicado aos vídeos em qualidade HD (alta qualidade). O lugar é perfeito para conhecer trabalhos audiovisuais interessantes ou para divulgar projetos profissionais como curta-metragens. TV Uol: Site brasileiro de compartilhamento de vídeos, geralmente com conteúdos da Uol ou da TV aberta. Terra TV: Outra opção brasileira de compartilhamento de vídeos próprios da empresa Terra. Globo Play: antiga Globo TV, contém vídeos da programação da TV Globo. A maior parte do conteúdo é destinada aos assinantes. Porta Curtas: Central do Curta-Metragem Brasileiro na Web, com mais de 1.212 filmes para assistir na íntegra e gratuitamente. O projeto Porta Curtas Petrobras é integralmente voltado para a Internet e tem por objetivo difundir a produção nacional. TV Escola: Portal do MEC que disponibiliza gratuitamente conteúdo educativo. Alguns vídeos podem ser baixados, dependendo da permissão do produtor. Videoaulas@RNP: Serviço oferecido pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa. Corresponde a um sistema integrado para elaboração, armazenamento e disponibilização de videoaulas produzidas pelas instituições clientes. Serve como subsídio para o ensino presencial ou a distância. Contém conteúdo gravado, que pode ser acessado de maneira assíncrona, no modelo de transmissões de vídeo "sob demanda".

Página 8

Streaming

A maioria desses sites utiliza uma tecnologia de transmissão de áudio e vídeo, através da Internet, conhecida por streaming, a qual permite a transferência de dados audiovisuais ao mesmo tempo em que o usuário assiste. Nesse caso, os dados são armazenados temporariamente em cache do dispositivo enquanto o conteúdo é transmitido. Portanto, não há a necessidade de efetuar download do arquivo multimídia.

Página 9

Atividade 1.1

Com base nas questões abaixo formule suas respostas no fórum e interaja comentando as respostas dos seus colegas: Você já usou o Youtube ou outro repositório online? Conte sua experiência: qual vídeo encontrou? Comente sobre um vídeo que você tenha gostado sobre a disciplina que você leciona na sua escola. Você já produziu algum vídeo? Fez seu cadastro e postou algum material próprio em algum repositório on-line? Obs.: Usar a Ferramenta Fórum no ambiente e-Proinfo para realizar esta tarefa.

Página 10

1.3 Download

É possível baixar? É importante ressaltar que alguns websites permitem download (transferência) do arquivo de vídeo para que este possa ser acessado de forma off-line (dispensando a Internet), enquanto que outros permitem apenas a visualização quando conectados. Infelizmente, nem sempre é possível ter conexão, e em boa velocidade, sempre que se precisa. Por esta razão, com muita frequência é necessário que se possuam os vídeos armazenados de forma física, em dispositivos como USB drives (pen-drives), HD externos, CD, DVD, entre outros. Outro detalhe a se levar em consideração, é que, por conta da preocupação em não violar os direitos autorais dos seus produtores, muitos sites não permitem o download dos vídeos. Entretanto, existem algumas opções que possibilitam quebrar essa barreira. Entre essas opções o usuário pode baixar e instalar aplicativos como o ATube Catcher, ou acessar sites como o Savefrom.net, Keepvid, ou ainda, instalar plug-ins para navegadores que ofereçam o serviço de downloads de vídeos dos sites acessados, como o Video Download Helper (disponível para o navegador Mozilla FireFox e Chrome). Tutoriais para usar baixadores de vídeo Para aprender a utilizar cada uma das opções acima apresentadas, sugerimos os vídeo-tutoriais abaixo: · ATube Catcher – assista aqui. · Savefrom.net – assista aqui. · Video Download Helper – assista aqui.

Página 11

Reprodução dos vídeos

Uma vez baixado o arquivo, será possível reproduzir o vídeo em dispositivos como computadores, tocadores de DVD ou Bluray, tablets e smartphones, e para um público maior é possível utilizar projetores ou TV digital.Mas para isso é importante que o usuário cheque a compatibilidade do equipamento com o formato de mídia.Existem dispositivos que não reproduzem determinados formatos de vídeo. Para isso apresentamos a seguir uma breve descrição dos formatos mais comuns de arquivos audiovisuais digitais.

Página 12

Formatos de vídeo:

AVI – Um dos formatos mais antigos de vídeo. Originalmente sem compactação, consome mais espaço de armazenamento. Um minuto costuma consumir centenas de megabytes. Atualmente existem compactações como XVID e VIDX que tornam os arquivos menores. MOV – Formato de arquivo de vídeo da empresa Apple. WMV – Formato de vídeo digital compactado da empresa Microsoft. MP4 – Formato mais popular atualmente. Possui compactação com pouca perda de qualidade de definição de imagem e som. MPG – Um dos primeiros formatos de arquivo digital usado nos vídeos distribuídos na Internet. RMBV – Formato compactado utilizado nos players da Real Vídeo. VOB – Formato digital usado nos vídeos distribuídos nas cópias de DVD. MKV – Formato de vídeo de alta definição com boa compactação. FLV – Formato bem compactado geralmente usado nos vídeos distribuídos para streaming na Internet. 3GP – Formato de baixa resolução, mais utilizado nos primeiros celulares.

Página 13

Conversores

Além dos formatos há ainda diversas outras especificidades como resolução da imagem, frame rate e codec de vídeo. Tudo isso implica na hora de escolher o equipamento no qual o material audiovisual será reproduzido. Mas, o que fazer quando o arquivo de vídeo que eu possuo não toca no dispositivo que eu tenho à disposição? Vamos colocar uma situação que é bem comum: O professor de História de uma escola possui um vídeo que baixou da Internet. Esse arquivo está em formato FLV. A sala de multimídia desse estabelecimento possui uma TV digital que possui entrada USB e reproduz alguns formatos de vídeo. Mas apenas MP4 e AVI. E agora? O que fazer, já que o arquivo de vídeo não é compatível com a TV? Para isso há uma variedade de conversores, aplicativos que permitem a conversão de arquivos multimídia para outros formatos. Um deles é o Format Factory (faça o download aqui), que converte, com poucos passos, arquivos para a maioria dos formatos digitais usados atualmente. Além disso, é possível configurar várias especificações, o que poderá afetar na qualidade e no tamanho do arquivo. Dessa forma, respondendo à questão acima, basta converter o vídeo no formato FLV para o formato MP4 ou AVI, colocar o pendrive na porta USB da TV digital da escola e reproduzi-lo.Para aprender a converter um arquivo de vídeo de um formato para outro usando o Format Factory, na Internet você poderá encontrar bons tutorais, como este aqui ou este. Assista e experimente fazer você mesmo!

Página 14

Cuidados!

Mas atenção: é recomendável sempre fazer um teste antes da realização da aula em que se pretende exibir um vídeo. Faça uma checagem dos equipamentos e veja se tudo está funcionando perfeitamente para evitar constrangimentos.

Página 15

1.4 Sugestões de uso didático do vídeo

Há variadas formas de o professor aproveitar a mídia vídeo como recurso didático, tanto on-line quanto off-line. Para acessar vídeos on-line, é necessário que o usuário esteja conectado à Internet para assistir aos vídeos. Já, para o caso de não ser possível conexão, é preciso que se faça antecipadamente o download do vídeo para que possa ser exibido off-line. Daremos algumas opções para isso adiante. Pesquisar um vídeo com determinado conteúdo na Internet é uma tarefa muito fácil devido a atual quantidade de material audiovisual disponível na grande rede. Basta que o usuário acesse o website ou até mesmo um mecanismo de busca, ativando a opção de vídeo. No Google, assim como em outros buscadores como Yahoo! e Bing, por exemplo, existe uma aba específica para busca de vídeos, assim como há para a de imagens. Os repositórios dedicados aos vídeos também possuem suas próprias ferramentas de buscas facilmente localizadas pelo ícone da lupa, onde há ao lado, um campo onde se digita o assunto que se procura. Como opções avançadas, é possível filtrar a busca por duração, definição de imagens entre outros critérios. Uma vez que o professor localiza o vídeo considerado interessante para ser usado como recurso didático, poderá compartilhar com seus alunos. Para isso, é claro, deve antes fazer um trabalho minucioso de curadoria, ou seja, de avaliação e seleção a fim de verificar se o material multimídia é ou não adequado para aquela faixa etária ou conteúdo curricular. Assim poderá usar os diversos mecanismos possíveis para compartilhá-lo para seus alunos, anotando o endereço eletrônico na lousa da sala de aula ou enviando o link através das redes sociais, blogs, aplicativos de mensagens instantâneas para celulares, Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA), entre outros. Outra possibilidade é que o usuário envie sua própria produção para que possa ser socializada com o mundo inteiro conectado. O professor, por exemplo, poderá produzir vídeo-aulas, registradas por meio de câmeras digitais ou smartphones, depois editadas com a ajuda de aplicativos específicos (alguns disponíveis on-line, como o editor do Youtube), para que sejam disponibilizadas para seus alunos. Seria uma forma de ajudar, por exemplo, o estudante que perdeu ou não entendeu muito bem um determinado assunto tratado na sala de aula presencial, reforçando o seu aprendizado. A ONG Kan Akademy faz um trabalho interessante nesse sentido. Mais informações a respeito dessa organização, clique aqui. O próprio Youtube também possui vários canais dedicados à educação, com muitos vídeos educativos que servem como suporte a aprendizagem de diversos conteúdos dos mais diferentes componentes curriculares. Sugestões de uso do Youtube Para conhecer algumas sugestões sobre como o professor pode usar esse recurso diretamente a partir da Internet, acesse o link a seguir: 8 razões para utilizar o Youtube em sala de aula. O texto se refere ao Youtube, mas pode se aplicar a qualquer outro repositório de vídeos on-line.Sobre esse assunto, José Manuel Moran nos oferece uma análise interessante, e que vale a pena ler para nos ajudar a utilizarmos com sabedoria a mídia vídeo no contexto da educação. Leia neste link o artigo na íntegra: O vídeo na sala de aula,Exercício de fixação:Use os flashcards abaixo para repassar as principais ideias de Moran, contidas em seu artigo e reforçar o aprendizado. Leia o termo contido no card, então faça uma reflexão sobre o significado da terminologia utilizada pelo autor, e em seguida clique para virar a carta e verificar se o texto condiz com o que você entendeu. Marque se acertou ou errou. Esse recurso é uma boa pedida para revisar e assimilar o aprendizado.

Página 16

Atividade 1.3

Crie um plano de aula com utilização de um ou mais vídeos curtos capturados da Internet como recurso didático (o plano deve conter objetivos, recursos, procedimentos e avaliação). Obs.: Use a ferramenta Atividade do Menu Conteúdo, no ambiente e-Proinfo, para enviar o arquivo feito em editor de texto.

Semelhante

MAPA MENTAL - O USO DOS PORQUÊS
Allan Edver
Propostas de uso do vídeo como recurso didático
Supervisão de Tecnologias SEDUC
Conhecendo o Cyberbullying: a violência virtual
erikadepaulalins
Diferenças pedagógicas entre as mídias
Hemylia Medeiros
Mídias Educacionais
JUNIOR TOMAZ
Documentário de 25 anos do MEJ
Andrei Moreira
Gravação do vídeo
brunomonin
Vídeos em aulas de matemática
Jeovanna Alves
Bauhaus: A Face Do Século XX
Gu Bigelli
Criar conteúdo
MELINA AZEVEDO
Creator
Calebe Sangi