Criado por Ivan Pessanha
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LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – CEDERJ - UENF SEGUNDO PERÍODO DISCIPLINA: Diversidade dos Seres Vivos Resumo: Aula 14 – Tempo geológico e fósseis · A história geológica da Terra pode ser dividida em duas grandes fases, denominadas éons. · Éon Criptozóico (Pré-Cambriano) é caracterizado pela pobreza de registros fossilíferos em suas rochas. · O éon, que representa mais de 4/5 do tempo geológico da Terra, foi subdividido em dois, o Arqueano e o Proterozóico. · O segundo éon é o Fanerozóico, caracterizado por abundante registro paleontológico em suas rochas sedimentares. · A eras geológicas podem ser subdivididas cronoestratigraficamente ou cronologicamente. · Cronoestratigrafica: camadas entre rochas mais antigas e mais novas. · Cronológico: fósseis nos respectivos períodos. Se não houve deposição foi erodido. Pré-Cambriano · Era arqueana: bactérias que viviam em locais com temperatura elevada e pobre em oxigênio. Com o tempo as bactérias se diversificaram iniciando a colonização das margens oceânicas. Onde as cianobactérias iniciaram a produção de estromatólitos. · Aproximadamente há 2 bilhões de anos, na Era Proterozóica, além das bactérias, passam a viver fungos aquáticos filamentosos e algas, algumas já com cloroplastos. · Neste período a atmosfera e os oceanos começam a ser enriquecidos com oxigênio. Fanerozóico · Este Éon é subdividido em três eras geológicas: a. Paleozoica: Começa com camadas ricas em fósseis como braquiópodos e trilobitas, terminando com orogenia apalachiana. b. Mesozoica: Era dos repteis como os dinossauros. Nos mares existiam os amonitas e foraminíferos. O final desta era foi marcado pela orogenia laramiana. c. Cenozoica: Não detalhada. Era Paleozoica · Caracterizada pelo domínio dos mamíferos, das plantas (angiospermas) e dos insetos nos continentes. · Esta era é subdividida em seis períodos: 1. Cambriano: No começo grupos marinhos já eram representados por esponjas, artrópodes e talvez cordados, mas as terras continuavam virgem, à exceção de pequenas algas e liquens em rochedos nos bordos do mar. Atmosfera relativamente pobre em oxigênio e inexistia a camada de ozônio. 2. Ordoviciano: Há cerca de 500 milhões de anos. Aparecem os primeiros vertebrados, peixes sem mandíbulas e sem pares de nadadeiras. Provável presença de musgos com folhas recobertas por cutícula nas margens de lagos e lagoas. 3. Siluriano: Há cerca de 450 milhões de anos. Período glacial onde a glaciação provocou uma diminuição drástica no nível dos mares sendo fatal para diversos grupos animais e vegetais. Ao terminar a glaciação a vida novamente se desenvolveu ocupando nichos virgens com surgimento de novas plantas, as vasculares. 4. Devoniano: Há aproximadamente 400 milhões de anos. Presença de peixes mandibulados, escorpiões marinhos providos de brânquias faziam algumas incursões terrestres. Os vegetais vasculares se proliferam enormemente na terra, ganhando forma de arbustos e depois de árvores, como as samambaias arborescentes, licopídeos e ancestrais das plantas com sementes. 5. Carbonífero: Há cerca de 350 milhões de anos, já havia grandes florestas, onde os artrópodes dominavam, enquanto os vertebrados terrestres ainda eram lentos e pesados, dependentes do meio aquático. 6. Perminiano: Há cerca de 275 milhões de anos se inicia um novo período glacial causando mudanças radicais nas florestas, com as coníferas e gincos tomando o lugar as pteridófitas. Era Mesozoica · Entre (242 M.A à 64 M.A.). · O período Triássico foi uma época relativamente fria e pouco favorável aos vertebrados. Quando o clima começou a amenizar, surgiram os insetos de menor tamanho. · No Jurássico há cerca de 220 milhões de anos começa o que se chama a "Idade dos Dinossauros", coincidindo com o surgimento dos mamíferos. Era Cenozoica · Marcada pela grande diversidade dos seres vivos e pela grande irradiação dos mamíferos no registro fóssil. A importância dos fósseis A distribuição espacial e temporal desses organismos fósseis retrata momentos desde a migração dos continentes e as mudanças climáticas até as extinções em massa e as transformações sofridas pelos organismos ao longo de sua história evolutiva. O Processo de fossilização · O processo chamado fossilização é a conversão de organismos ou de seus traços (p.e., pegadas) em fóssil, sendo a imensa maioria encontrados em rochas sedimentares. · A fossilização é o resultado da ação de processos químicos, físicos e biológicos que vão atuar durante o processo deposicional. · Para que ocorra fossilização, na maioria dos casos é necessário que o organismo morto seja enterrado rapidamente na areia, no lodo ou em outro tipo de sedimento. · Os vestígios ocorrem quando apenas evidências indiretas do organismo ou de suas atividades são preservadas. Essas evidências podem ser as pegadas ou os excrementos. A preservação das partes duras · Podem ser preservadas através de vários processos de fossilização denominados incrustação, permineralização, recristalização, substituição e carbonificação. A preservação das partes moles · Alguns registros de partes moles, como vísceras, pele, músculos e vasos sanguíneos, já foram encontrados, e sua contribuição é valorosa para o esclarecimento da fisiologia dos organismos fósseis. · Somente em condições muito especiais, como um soterramento rápido, os organismos naturais desse ambiente poderão se fossilizar. · Existem alguns tipos de fossilização onde são preservadas tanto as partes duras quanto as moles. Entre eles podemos citar a preservação em âmbar, o congelamento e a mumificação.
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