Resumo: Aula 13 – Sucessão ecológica

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Elementos de Ecologia e Conservação Notas sobre Resumo: Aula 13 – Sucessão ecológica, criado por Ivan Pessanha em 14-04-2017.
Ivan Pessanha
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LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – CEDERJ - UENF SEGUNDO PERÍODO DISCIPLINA: Elementos de Ecologia e Conservação Resumo: Aula 13 – Sucessão ecológica Introdução · Segundo Odum, sucessão ecológica envolve mudanças na estrutura das espécies e nos processos da comunidade ao longo do tempo. · Segundo Margalef, quando não incidem perturbações externas ao ecossistema, as mudanças tomam características de um aumento de organização ou, pelo menos, de complexidade desse ecossistema. As diferentes formas de sucessão · Sucessões autogênicas: Quando as mudanças sucessionais são determinadas, em grande parte, por interações internas, originadas no interior do ecossistema. · Sucessão alogênica: Quando forças (geradas externamente) como tempestades e incêndios afetam ou controlam regularmente as mudanças. · Sere: sequência inteira de comunidades que se substituem umas às outras numa determinada área. · Na sere, as comunidades relativamente transitórias, que serão substituídas, denominam-se estágios serais, estágios de desenvolvimento ou estágios pioneiros. · O sistema final, estabilizado em termos de passos sucessionais é denominado clímax, que persiste até ser afetado outra vez por perturbações internas ou externas. · Sucessão autotrófica: é aquela em que os indivíduos que colonizam o ambiente são plantas verdes fotossintéticas, ao contrário de uma sucessão heterotrófica, em que P < R. · Numa sucessão heterotrófica, os organismos pioneiros são bactérias e fungos. · Sucessão primária: quando ocorre em um substrato previamente desocupado. · Sucessão secundária: quando ocorre em área que foram previamente ocupados, como um campo agrícola. · Nos primeiros estágios de uma sucessão autotrófica, com um ambiente predominantemente inorgânico (solo nu), a taxa primária ou de fotossíntese total bruta (P) é maior que a taxa de respiração da comunidade. Assim, (P/R) é geralmente maior que 1. · Já em um tanque de esgoto, temos um ambiente predominantemente inorgânico, e neste caso, a razão (P/R) é menor do que 1 e a sucessão é chamada de heterotrófica, porque bactérias e outros organismos heterotróficos são os primeiros a colonizarem tais ambientes. · As entradas alogênicas em uma sucessão, são capazes de inverter, modificar e até sustar as tendências do processo em andamento. Um bom exemplo é a eutrofização de um lago a partir do exterior. · Quando os processos alogênicos superam em muito os processos autogênicos, o sistema, além de não se estabilizar, pode simplesmente se transformar em um brejo ou mesmo numa comunidade terrestre, devido ao forte acúmulo de matéria orgânica e sedimentos · As forças autogênicas funcionam como uma entrada interna ou retroalimentação que, geralmente, leva o sistema em direção a algum estado de equilíbrio. Sucessão e ciclagem de nutrientes · Índice de ciclagem: relação entre a entrada e a saída de nutrientes no sistema. · A influência do desenvolvimento sucessional nesse índice seria o seu contínuo aumento durante a maturação do sistema, ou seja, durante os estágios sucessionais que levam o sistema ao clímax. A substituição de espécies · As séries sucessionais (seres) normalmente se caracterizam por uma contínua substituição de espécies. · Alguns pesquisadores conduziram estudos de sucessão em animais e plantas (dunas do Lago Michigan), de modo que os resultados demonstraram mudanças nas espécies de animais e plantas, de acordo com a idade crescente das dunas. Espécies presentes no início foram substituídas por outras espécies diferentes nas comunidades mais antigas. · A sucessão pode ser interrompida quando o vento enterra com areia as plantas e a duna começa a se mover, cobrindo totalmente as plantas no seu caminho. Esse é um bom exemplo de interruptor ou inversor característico de perturbações alogênicas, sobre as quais já falamos anteriormente. Generalizações finais sobre a sucessão 1. Geralmente, tanto a biomassa quanto a produção (P) aumentam separadamente e com velocidades diferentes, com possíveis irregularidades. 2. A massa de heterótrofos aumenta em relação com a biomassa total, e as cadeias tróficas aumentam de tamanho, atingindo 5 ou mais “elos”, em parte relacionadas com o desenvolvimento vertical do ecossistema. 3. Aumento progressivo da complexidade estrutural do sistema. 4. Quando a taxa de renovação se torna mais lenta com o aumento da sucessão, os organismos também aumentam seu controle sobre os ciclos dos elementos químicos. Finalmente, o tema da auto-organização. Na sucessão, assistimos à passagem de um estado energético inicial para uma situação de maior complexidade, na qual há menos energia disponível.

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