Criado por Octávio Henrique
quase 7 anos atrás
|
||
Homem de formação clássica e de ligação profunda ao Brasil colonial e aos índios, escreveu obras literárias em quatro línguas (português, espanhol, latim e tupi), algumas vezes misturadas. Entre essas obras, destacam-se poesias e atos teatrais de cunho religioso voltados ao povo em geral e aos índios catequizados em particular.
Preferiu impor ao povo e aos índios o estilo cintilante da sua oratória prolixa, densa, cheia de alusões alegóricas, nutrida das argúcias do raciocínio e, muitas vezes, de objetivos temporais sob a superfície convencional da doutrina.
Em sua obra poética, que pode ser dividida em lírica, religiosa e satírica, há não só a presença de traços do Barroco (antítese, jogo de palavras, a tensão religiosa do pecado, etc), mas também um retrato desmistificador, irônico e cru do Brasil seiscentista. Há, em sua poesia lírica, a idealização petrarquiana e camoniana do amor.
Poeta de transição entre Barroco e Arcadismo, parece remontar aos moldes de Camões. Cultivou a tradição petrarquista em seus sonetos, alguns deles em italiano, nos quais também aparecem um modelo virgiliano misturado à natureza das região das minhas de ouro. Há, também, um diálogo implícito entre colônia e metrópole, barbárie e civilização.
Teve grande voga no Brasil e em Portugal em virtude de seus poemas líricos amorosos dedicados à pastora Marília, tendo sido inclusive musicados.
Poeta lírico e indianista cujo mais destacado poema é o poemeto "I-Juca Pirama".
Poeta de vida breve, mas com obra relativamente volumosa e caracterizada pelo espírito crítico, pelo discernimento literário, pela tensão dramática, pela ironia e pelo sarcasmo.
Autor de "A Moreninha" (1844), um dos mais bem sucedidos romances da Literatura Brasileira.
Viveu na obscuridade, não seguiu modas literárias, não foi reconhecido em vida, mas seu único livro, "Memórias de um sargento de milícias", começou a ter prestígio após sua morte.
Primeiro escritor brasileiro a se impor ao público como figura eminente. Inspirou-se na Comédia Humana de Balzac para tentar representar literariamente os diversos aspectos do país.
Influenciado por Victor Hugo, foi caracterizado por alguns críticos como um "orador em verso". Teve importante influência no movimento abolicionista brasileiro. Utiliza-se das antíteses e da hipérbole.