[ENADE 2014] - O trecho da música ͞ no Bailes da Vida͟, de Milton Nascimento, ͞todo arista tem de ir onde o povo está͟, é amigo, e a música, de tão tocada, acabou por se tornar um estereótipo de tocadores de violões e de rodas de amigos em Visconde de Mauá, nos anos 1970. Em tempos digitais, porém, ela ficou mais atual do que nunca. Fácil entender o porquê: antigamente, quando a informação se concentrava em centros de exposição, veículos de comunicação, editoras, museus e gravadoras, era preciso passar por uma série de curadores, para garantir a publicação de um artigo ou livro, a gravação de um disco ou a produção de uma exposição. O mesmo funil, que poderia ser injusto e deixar grandes talentos de fora, simplesmente porque não tinham acesso às ferramentas, às pessoas ou às fontes de informações, também servia como filtro de qualidade. Tocar violão ou encenar uma peça de teatro em um grande auditório costumava ter um peso muito maior do que fazê-lo em um bar, um centro cultural ou uma calçada. Nas raras ocasiões em que esse valor se invertia, era justamente porque, para uso do espaço ͞alternativo͟, havia mecanismos de seleções tão ou mais rígidos que os do espaço oficial.
RADFAHRER, L. Todo arrasta tem de ir aonde o povo esta.Disponível em: фhtp://novo.itaucultural.org.brх. Acesso em: 29 jul. 2014 (adaptado).
A parir do texto acima, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.
I. O processo de evolução tecnológica da atualidade democratiza a produção e a divulgação de obras artísticas, reduzindo a importância que os centros de exposições tinham nos anos 1970.
PORQUE
II. As novas tecnologias possibilitam que aristas sejam independentes, montem seus próprios ambientes de produção e disponibilizem seus trabalhos, de forma simples, para um grande número de pessoas.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.
Selecione uma das seguintes: