O conjunto de contradições se manifestou na queda do ritmo do crescimento industrial a partir
de 1962, configurando a primeira crise econômica brasileira motivada por entraves internos. Até então, todas as crises tinham tido origem externa. A economia brasileira sofre uma desaceleração que perdura até 1967. No que concerne o período militar, é falso afirmar sobre as razões enumeradas para a crise econômica:
I. Começo do ciclo de crescimento; só na indústria automobilística, a capacidade de produção chegou a 50%.
II. Setor de bens duráveis crescia menos do que a demanda.
III. As limitações de financiamentos em longo prazo traziam restrições para a demanda.
IV. Crise cambial que foi agravada pela forte dependência externa.
V. Tratou-se efetivamente de uma crise cíclica, agravada pelo aumento da instabilidade política e das políticas de estabilização recessivas, somando-se a isso o fato de que era uma economia que se industrializara mantendo enorme dependência com o setor externo.
VI. Café Filho, como ministro, elaborou um plano de ações para a política externa – o PAEG, Plano de Ação Econômica do Governo – e, mais uma vez, foi utilizada a política de contenção de gastos públicos e de liquidez.
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