O existencialismo surgiu como uma resposta às tragédias vivenciadas pela Europa durante a 2ª Guerra. Contrária ao positivismo e à sua crença de que todas as coisas poderiam ser apreendidas pelas experiências, a corrente existencialista considerava que não existiam determinações naturais ou de qualquer outra espécie que fizessem o homem seguir este ou aquele caminho, tampouco havendo uma essência predeterminada que direcionasse a vida humana a um destino imutável. Segundo o existencialismo, o homem necessitava de, devido à sua estrutura mental, atribuir sentido lógico ao mundo e a si mesmo, sendo que tal sentido não era previamente determinado por nada.
O centro das reflexões do existencialismo foi a existência humana. Para o existencialismo, o homem não deveria se fiar em uma esperança futura, em uma vida após a morte, como o objetivo e sentido de sua vida, devendo buscar, no cotidiano, o sentido e a realização de sua existência. Para o existencialismo, o homem deveria buscar, com suas próprias forças, transpor os obstáculos que se colocam à sua realização e construir sua vida a partir de sua própria consciência, empenhando-se para superar suas limitações, sem ilusões e superstições, construindo a si mesmo e buscando a felicidade na vida concreta.
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Kiekegaard (1813-1855)
Kiekegaard é considerado, em geral, o fundador do existencialismo. Para Kierkergaard, o próprio indivíduo é a entidade moral suprema e, portanto, os aspectos pessoais, subjetivos, da vida humana é que são os mais importantes. É por meio das opções feitas pelos homens que se constrói a vida humana e os homens se tornam eles mesmos. Kierkegaard acreditava que tudo isso tinha implicações religiosas, sendo que, pela tradição central do protestantismo cristão, o que importava mais que tudo era a relação da alma individual com Deus.
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A fenomenologia de Husserl
Edmundo Husserl foi fundador da fenomenologia, corrente filosófica que defendia que o homem conhece do objeto somente aquilo que representa em sua mente.
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Martin Heidegger (1889-1976)
Antes de buscar compreender o sentido do mundo e das coisas, o homem deve se preocupar em conhecer o sentido dele mesmo, do homem que busca o conhecimento. O homem, embora não tenha escolhido estar no mundo, nem tenha optado pelo espaço e tempo em que se encontra, encontra-se sempre em determinada situação dentro desse mundo, tendo sido lançado nele em um projeto existencial. Esse projeto refere-se à tentativa humana de encontrar, indo além da busca pelo sentido do ser, o sentido de sua própria existência, que, para Heidegger, não estava previamente determinada.
A essência da existência, por sua vez, é a possibilidade do homem de definir-se, de construir-se, de fazer-se da maneira que lhe aprouver, dependendo única e exclusivamente de si mesmo para fazer da sua existência o que achar melhor, podendo perder-se ou conquistar-se, ter uma vida autêntica ou uma vida inautêntica, de acordo apenas com suas escolhas.
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Martin Heidegger (1889-1976)
Os existencialistas, tanto Heidegger quanto Sartre, consideram o homem um ser livre para fazer de si o que quiser, pois, ao contrário dos outros seres, ele é consciente, é capaz de refletir sobre sua existência, e tal consciência converte-se em total liberdade. Mesmo tendo nascido sem um sentido predefinido, sendo um ser-aí colocado no mundo em determinada situação com tempo, local, família e convivência não escolhidos por ele, o homem é um ser de possibilidades, podendo se definir de acordo com as suas escolhas.
Transcendência existencial: não basta existir, é necessário transcender a existência, ultrapassá-la, projetando-se e indo além do que está posto para se construir enquanto ser.
É diante do mundo e por meio dele que o homem precisa se construir. Utilizando o mundo como ferramenta para as suas ações e comportamentos.
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Sartre (1905-1980)
Uma das ideias mais importantes de Sartre era a de que não havia qualquer espécie de determinismo em relação à realidade humana, sendo que o homem era totalmente livre e nada poderia tirá-lo dessa condição de liberdade. Ao contrário dos animais, que nascem com uma determinação natural representada por seus instintos, o homem seria livre de qualquer determinação prévia e faria a si mesmo, a partir da liberdade que possuiria. Assim, não existe natureza humana, já que não há Deus para concebê-la. O homem é apenas aquilo que ele faz de si mesmo. Tal é o primeiro princípio do existencialismo. Existencialismo ateu. Nesse sentido, Sartre afirmava que o homem estava condenado a ser livre.
Primeiro o homem existe e só depois ele define o que será, determinando, na mais absoluta liberdade, a sua essência. Não existe determinismo, o homem é livre, o homem é liberdade.
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Sartre (1905-1980)
No existencialismo de Sartre, o conceito de liberdade refere-se a uma liberdade responsável, que não pode ser confundida com simples libertinagem, uma vez que a liberdade humana está situada na realidade e, por isso, é condicionada ao contexto histórico e limitada pelas regras da sociedade às quais todos devem se submeter. Por essa razão, a liberdade humana não é infinita.
O homem, ao compreender que é totalmente livre, deve compreender que todos os outros homens também o são, sendo assim, ao desejar a sua liberdade, o homem se compromete também com a liberdade dos outros homens, e, assim, ser livre assume um caráter universal.
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