O processo de exploração do petróleo na região pode ser dividido em duas fases. Na primeira, que foi das décadas iniciais do século XX até o final da década de 1950, a explo- ração, o transporte e a comercialização do petróleo e do gás natural produzidos no Oriente Médio eram controlados por empresas multinacionais europeias e estaduniden- ses. Essas empresas, que ficaram conhecidas como "Sete Irmās", pagavam royalties para o governo dos países do Oriente Médio pelos direitos de exploração do petróleo em seus territórios. Já na segunda fase, que teve inicio em 1960, os maiores produtores de petróleo da região criaram a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), visando obter o controle das explorações em seus territórios e influir nos preços de comercialização desse produto no mercado internacional. Assim, países como Arábia Saudita, Iraque, Kuwait e Iră romperam com as multinacionais, passando a controlar as empresas que faziam a prospecção, o refino e o embarque do petróleo e do gás natural. Um novo acordo foi selado, então, com as multinacionais, que ficaram encarregadas do transporte e da comercialização do produto no mercado internacional. Atualmente, a Opep reúne doze países: seis localizados no Oriente Médio (Irā, Iraque, Kuwait, Catar, Arábia Saudita e Emirados Árabes), quatro na África (Argélia, Angala, Libia e Nigéria) e dois na América Latina (Venezuela e Equador]. Como vimos, a exploração de petróleo no Oriente Médio deixou de ser realizada por empresas multinacionais. Contudo, a importância estratégica como fornecedora de tal recurso ainda leva países como Estados Unidos, Inglaterra e França a interferir politica- mente e militarmente na região. As interferências são realizadas como forma de garantir o fornecimento desse produto aos mercados consumidores.
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