Como vimos nas unidades anteriores, a formação cultural do Brasil é multifacetada, plural, e com variedade étnica. Ainda assim, foi marcada (e é marcada) por preconceitos de diversas ordens, seja linguístico, racial, étnico, de classes ou cultural. Esse fenômeno já foi tema de debates extensos e intensos nos campos da história, sociologia e antropologia brasileiras, tendo como expoentes nomes como Gilberto Freyre, Sérgio Buarque de Holanda, mais recentes, Roberto DaMatta, Darcy Ribeiro e Carlos Rodrigues Brandão.
■Já foi debatida por muitos historiadores e cientistas sociais, tendo como expoentes nomes como Gilberto Freyre, Sérgio Buarque de Holanda, mais recentes, Roberto DaMatta, Darcy Ribeiro e Carlos Rodrigues Brandão;
■três livros: Casa grande e senzala, de Gilberto Freyre, publicado quando estávamos no ginásio; Raízes do Brasil, de Sérgio Buarque de Holanda, publicado quando estávamos no curso complementar; Formação do Brasil contemporâneo, de Caio Prado Júnior;
■os intérpretes do nosso passado ainda se preocupavam, sobretudo com os aspectos de natureza biológica, manifestando, mesmo sob aparência do contrário, a fascinação pela “raça”, herdada dos evolucionistas, Sérgio Buarque de Holanda puxou a sua análise para o lado da psicologia e da história social;
■A formação cultural da sociedade brasileira, a qual foi forjada pela diversidade e pelo hibridismo (BRANDÃO, 2000).
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■o hibridismo do encontro de três grupos étnicos: os indígenas, os brancos e os negros;
■o mais sensato é nos apropriarmos das “culturas” e não tratarmos da cultura brasileira, visto que a formação étnica e cultural da sociedade brasileira é permeada por um ponto crucial: a pluralidade;
■Todavia, os elementos culturais de matriz europeia mostraram sua força como cultura dominante, mas não desvaneceram as culturas de matrizes africanas e indígenas;
■Como exemplo, podemos ilustrar essa questão com a não passividade, por parte dos negros, no tocante às suas expressões religiosas tão logo chegaram ao Brasil;
os ambientes sagrados não estiveram livres da força impositiva da cultura europeia, dita “superior” e “civilizada”. Quando chegaram ao Brasil, durante o período colonial, “o Candomblé era uma das principais referências culturais para o negro, guardando as representações simbólicas de sua sociedade e de sua antiga vida”, (Thomas Heimann, 2004).
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■A religiosidade, como parte que integra a expressão cultural;
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■Parâmetros Curriculares Nacionais – Pluralidade Cultural, pensar o que, neste documento de ensino, está comentado como entendimento para discorrer sobre a temática;
■uma sociedade democrática e plural, conhecer as formas de reconhecer e respeitar os diferentes grupos, os quais compõem o Brasil;
■a Nação que se compõe com distintas características regionais, a cidade e o campo, seus valores e seus ritmos.
■Diferenças de linguagens, de modos de ser e fazer são elementos menos significativos em relação a muitos brasileiros (as), muitas vezes, relegados aos recônditos e, por sua vez ignorados;
■desigualdades socioeconômicas e à crítica às relações sociais discriminatórias e excludentes que permeiam a sociedade brasileira, oferecendo ao aluno a possibilidade de conhecer o Brasil como um país complexo, multifacetado e algumas vezes paradoxal;
■Papel da Antropologia = compreender suas relações, marcadas por desigualdades socioeconômicas e apontar transformações necessárias