Muitos professores têm, no vídeo,
uma importante ferramenta para expor, explicar e atrair a atenção dos seus
alunos para determinado conteúdo curricular. Todos nós concordamos sobre o
potencial que essa mídia possui como fonte de informações e como recurso que facilite
a aprendizagem do estudante. Porém, é preciso deixar claro que, como qualquer
recurso didático, o vídeo não deve ser encarado como um substituto de outros
instrumentos, mas, como mais uma ferramenta que o professor pode lançar mão
para contribuir para o processo de ensino e aprendizagem dos seus alunos.
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Como utilizar didaticamente o vídeo?
Sobre esse tema, José Manuel
Moran nos oferece uma análise interessante, e que vale a pena ler para nos ajudar a utilizarmos com
sabedoria a mídia vídeo no contexto da educação. Esse texto será utilizado
também para nossa primeira tarefa de reflexão. Entre no fórum e discuta com
seus colegas sobre o assunto, conforme orientado na Atividade 1.1 através
deste artigo.
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Histórico do vídeo
Se formos resumir a história do
vídeo, desde seus primórdios até os dias atuais, constataremos que houve uma
transformação bem expressiva. Gradativamente, desde a invenção do cinema, ao
longo dos anos, esse tipo de mídia foi tomando novos formatos e diferentes
meios de serem apreciados, ficando cada vez mais acessível e democratizado. Atualmente,
podemos assistir a vídeos até mesmo por meio de um dispositivo que foi, a priori, projetado para comunicação
instantânea entre pessoas, o telefone celular. Mas antes desse desenvolvimento
todo, o vídeo passou por um longo processo de aprimoramentos, tanto na sua
qualidade audiovisual, quanto no que tange à sua forma de acesso.
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Vídeo em 4 gerações
Para conhecer com mais detalhe a
história do vídeo, sugerimos a leitura do texto desta
página da web. Entretanto, podemos resumir essa evolução em quatro
gerações:Primeira geração: Século XIX – primeiros
dispositivos de captação e reprodução de imagem em movimento (fonógrafo, de
Tomas Edison; aparelho fotográfico de Niépce; cinematógrafo dos Irmãos Lumiére;
emissor de ondas de rádio de Marconi).Segunda geração: Segunda Gerra Mundial -
desenvolvimento dos meios de comunicação de massa em virtude da aceleração
tecnológica (Cinema, TV, rádio, etc.).Terceira geração: os meios de registro se tornam
mais acessíveis à maioria das pessoas (videocassete, vídeo digital, DVD,
BluRay, etc).Quarta geração: Interatividade e
colaboratividade na produção contemporânea (vídeos pela Internet).
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Vídeo digital
Nos dias atuais, vemos a ascensão
do conteúdo de vídeo digital, que substitui rapidamente o analógico, não
somente em relação ao que é veiculado na TV aberta, mas também ao conteúdo
audiovisual que pode ser acessado via TV por assinatura, reprodutores de mídias
como o DVD, o BluRay e, por fim, os diversos repositórios disponíveis na
Internet. E é sobre essa última forma de acesso que nos deteremos na presente
unidade deste módulo do CATE.
Rubrica: : Transição do vídeo analógico para o digital
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Uma das grandes vantagens da
Internet, e de sua evolução para a Web
2.0, é a interação e a colaboração. Qualquer pessoa pode produzir,
compartilhar e comentar o conteúdo que é disponibilizado através da grande
rede. E isso inclui os vídeos, que, em formato digital, alcançam milhões de
pessoas espalhadas por todo o planeta. Nesse novo contexto, o usuário deixa de
ser um mero consumidor de informações e passa a ser, se assim desejar, um
produtor, além de emitir suas opiniões críticas sobre o que é veiculado.
Partindo dessa realidade,
apresentaremos aqui algumas noções de utilização didática do vídeo dentro desse
atual contexto, que é a ampla disponibilização on-line dessa mídia. Para começar, apresentaremos alguns dos principais
sítios on-line, onde é possível
acessar vídeos com finalidade educativa.
O Youtube é, certamente, o mais
popular e conhecido portal de acesso a vídeos, que podem ser assistidos por
muitos usuários, desde que estes possuam algum dispositivo de visualização
conectado à Internet. Mas existem vários
outros websites que funcionam como
repositórios e compartilhadores de material audiovisual digital, democratizando
o acesso a um número cada vez maior de pessoas, além de diversificar o tipo de
conteúdo (característica pouco comum tanto na TV aberta, quanto na TV por
assinatura).
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É importante ressaltar que alguns
websites permitem download (transferência) do arquivo de
vídeo para que este possa ser acessado de forma off-line (dispensando a Internet), enquanto que outros permitem
apenas a visualização quando conectados.
www.dailymotion.com Criado em 2005 na França, disponibiliza vídeos dos mais variados conteúdos aos
seus usuários. É um dos mais acessados do mundo. É possível fazer upload de vídeos de forma gratuita e até
ganhar dinheiro com produção autoral, se o usuário quiser fazer parte de um
programa especial criado pelo site.
www.vevo.com É um site de vídeos dedicado ao entretenimento musical. Todo seu
conteúdo é hospedado em seu site oficial e também no Youtube, que
é licenciado. Apresenta vários eventos como shows, entrevistas e
premiações musicais.
A partir da página
principal do Google é possível localizar vídeos hospedados no
Youtube (que atualmente pertence à empresa Google) e em outros
servidores de toda a web.
Um serviço da empresa
Yahoo! para encontrar vídeos em toda a web. Oferece uma
interface que permite pré-visualizar no próprio ambiente o vídeo
procurado.
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www.veoh.comFundada em 2004, é uma
televisão transmitida pela Internet. Empresa sediada em San Diego,
Califórnia, permite que os usuários encontrem e vejam conteúdo
de estúdio, produções independentes e material gerado por
usuários.
vimeo.com.br/Dedicado aos vídeos em
qualidade HD (alta qualidade). O lugar é perfeito para conhecer
trabalhos audiovisuais interessantes ou para divulgar projetos
profissionais como curta-metragens.
portacurtas.org.br/Central do Curta-Metragem
Brasileiro na Web, com mais de 1.212 filmes para assistir na
íntegra e gratuitamente. O projeto Porta Curtas Petrobras é
integralmente voltado para a Internet e tem por objetivo difundir a
produção nacional.
tvescola.mec.gov.br/Portal do MEC que
disponibiliza gratuitamente conteúdo educativo. Alguns vídeos podem
ser baixados, dependendo da permissão do produtor.
Serviço oferecido pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa.Corresponde a
um sistema integrado para elaboração, armazenamento e
disponibilização de videoaulas produzidas pelas instituições
clientes. Serve como subsídio para o ensino presencial ou a
distância. Contém conteúdo gravado, que pode ser
acessado de maneira assíncrona, no modelo de transmissões de vídeo
"sob demanda".
Rubrica: : http://www.videoaula.rnp.br/
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Atividade 1.2
♦ Você já usou o Youtube ou outro repositório online?
♦ Conte sua experiência: qual vídeo encontrou? ♦ Comente sobre um vídeo
que você tenha gostado sobre a disciplina que você leciona na sua
escola. ♦ Você já produziu algum vídeo? Fez seu cadastro e postou
algum material próprio em algum repositório on-line?Obs.: Usar a Ferramenta Fórum no ambiente e-Proinfo para realizar esta tarefa.
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Streaming
A maioria
desses sites utiliza uma tecnologia de transmissão de áudio e
vídeo, através da Internet, conhecida por streaming, a qual
permite a transferência de dados audiovisuais ao mesmo tempo em que
o usuário assiste. Nesse caso, os dados são armazenados
temporariamente em cache do dispositivo enquanto o conteúdo é
transmitido. Portanto, não há a necessidade de efetuar download
do arquivo multimídia.
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Opções de uso didático do vídeo
Há
variadas formas de o professor aproveitar a mídia vídeo como
recurso didático, tanto on-line quanto off-line. Para
acessar vídeos on-line, é necessário que o usuário esteja
conectado à Internet para assistir aos vídeos. Já, para o caso de
não ser possível conexão, é preciso que se faça antecipadamente
o download do vídeo para que possa ser exibido off-line.
Daremos algumas opções para isso adiante.
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Pesquisar
um vídeo com determinado conteúdo na Internet é uma tarefa muito
fácil devido a atual quantidade de material audiovisual disponível
na grande rede. Basta que o usuário acesse o website ou até
mesmo um mecanismo de busca, ativando a opção de vídeo. No Google,
assim como em outros buscadores como Yahoo! e Bing, por exemplo,
existe uma aba específica para busca de vídeos, assim como há para
a de imagens. Os repositórios dedicados aos vídeos também possuem
suas próprias ferramentas de buscas facilmente localizadas pelo
ícone da lupa, onde há ao lado, um campo onde se digita o assunto
que se procura. Como opções avançadas, é possível filtrar a
busca por duração, definição de imagens entre outros critérios.
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Uma vez
que o professor localiza o vídeo considerado interessante para ser
usado como recurso didático, poderá compartilhar com seus alunos.
Para isso, é claro, deve antes fazer um trabalho minucioso de
curadoria, ou seja, de avaliação e seleção a fim de verificar se
o material multimídia é ou não adequado para aquela faixa etária
ou conteúdo curricular. Assim poderá usar os diversos mecanismos
possíveis para compartilhá-lo para seus alunos, anotando o endereço
eletrônico na lousa da sala de aula ou enviando o link
através das redes sociais, blogs, aplicativos de mensagens
instantâneas para celulares, Ambientes Virtuais de Aprendizagem
(AVA), entre outros.
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Outra
possibilidade é que o usuário envie sua própria produção para
que possa ser socializada com o mundo inteiro conectado. O professor,
por exemplo, poderá produzir vídeo-aulas, registradas por meio de
câmeras digitais ou smartphones, depois editadas com a ajuda de
aplicativos específicos (alguns disponíveis on-line, como o
editor do Youtube), para que sejam disponibilizadas para seus alunos.
Seria uma forma de ajudar, por exemplo, o estudante que perdeu ou não
entendeu muito bem um determinado assunto tratado na sala de aula
presencial, reforçando o seu aprendizado.
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A ONG Kan Akademy faz um trabalho interessante nesse sentido. Mais informações a respeito dessa organização, clique aqui. O próprio Youtube também possui vários canais dedicados à educação, com muitos vídeos educativos que servem como suporte a aprendizagem de diversos conteúdos dos mais diferentes componentes curriculares.
Para
conhecer algumas sugestões sobre como o professor pode usar esse
recurso diretamente a partir da Internet, acesse o link a
seguir: 8
razões para utilizar o Youtube em sala de aula. O texto se
refere ao Youtube, mas pode se aplicar a qualquer outro repositório
de vídeos on-line.
Sugestões de uso do Youtube
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Infelizmente,
nem sempre é possível ter conexão, e em boa velocidade, sempre que
se precisa. Por esta razão, com muita frequência é necessário que
se possuam os vídeos armazenados de forma física, em dispositivos
como USB drives (pen-drives), HD externos, CD, DVD, entre outros.
Outro detalhe a se levar em consideração, é que, por conta da
preocupação em não violar os direitos autorais dos seus
produtores, muitos sites não permitem o download dos vídeos.
Entretanto, existem algumas opções que possibilitam quebrar essa
barreira. Entre essas opções o usuário pode baixar e instalar
aplicativos como o ATube
Catcher, ou acessar sites como o Savefrom.net,
Keepvid, ou ainda, instalar plug-ins para navegadores que ofereçam o
serviço de downloads de vídeos dos sites acessados, como o
Video Download Helper
(disponível para o navegador Mozilla FireFox e Chrome).
Opções para download
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Para
aprender a utilizar cada uma das opções acima apresentadas,
sugerimos os vídeo-tutoriais abaixo:
ATube Catcher –
assista
aqui.
Savefrom.net –
assista aqui.
Video Download
Helper – assista aqui.
Tutoriais para usar baixadores de vídeo
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Uma vez
baixado o arquivo, será possível reproduzir o vídeo em
dispositivos como computadores, DVD players, projetores ou TV
digital. Mas para isso é importante que o usuário cheque a
compatibilidade do equipamento com o formato de mídia. Existem
dispositivos que não reproduzem determinados formatos de vídeo.
Para isso apresentamos a seguir uma breve descrição dos formatos
mais comuns de arquivos audiovisuais digitais:
AVI – Um dos
formatos mais antigos de vídeo. Originalmente sem compactação,
consome mais espaço de armazenamento. Um minuto costuma consumir
centenas de megabytes. Atualmente existem compactações como XVID e
VIDX que tornam os arquivos menores.
MOV – Formato de
arquivo de vídeo da empresa Apple.
WMV – Formato de
vídeo digital compactado da empresa Microsoft.
MP4 – Formato mais
popular atualmente. Possui compactação com pouca perda de
qualidade de definição de imagem e som.
MPG – Um dos
primeiros formatos de arquivo digital usado nos vídeos distribuídos
na Internet.
RMBV – Formato compactado utilizado nos players da Real Vídeo.
VOB – Formato digital usado nos vídeos distribuídos nas cópias de DVD.
MKV – Formato de vídeo de alta definição com boa compactação.
FLV – Formato bem compactado geralmente usado nos vídeos distribuídos para streaming na Internet.
3GP – Formato de baixa resolução, mais utilizado nos primeiros celulares.
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Além dos
formatos há ainda diversas outras especificidades como resolução
da imagem, frame rate e codec de vídeo. Tudo isso
implica na hora de escolher o equipamento no qual o material
audiovisual será reproduzido. Mas, o que fazer quando o arquivo de
vídeo que eu possuo não toca no dispositivo que eu tenho à
disposição? Vamos colocar uma situação que é bem comum:
O professor de História de uma escola possui um vídeo que baixou
da Internet. Esse arquivo está em formato FLV. A sala de multimídia
desse estabelecimento possui uma TV digital que possui entrada USB e
reproduz alguns formatos de vídeo. Mas apenas MP4 e AVI. E agora? O
que fazer, já que o arquivo de vídeo não é compatível com a TV?
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Para isso
há uma variedade de conversores, aplicativos que permitem a
conversão de arquivos multimídia para outros formatos. Um deles é
o Format Factory (faça
o download aqui), que converte, com poucos passos, arquivos para
a maioria dos formatos digitais usados atualmente. Além disso, é
possível configurar várias especificações, o que poderá afetar
na qualidade e no tamanho do arquivo. Dessa forma, respondendo à
questão apresentada no slide anterior, basta converter o vídeo no formato FLV para o
formato MP4 ou AVI, colocar o pendrive na porta USB da TV digital da
escola e reproduzi-lo.
Conversores
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Mas
atenção: é recomendável sempre fazer um teste antes da realização
da aula em que se pretende exibir um vídeo. Faça uma checagem dos
equipamentos e veja se tudo está funcionando perfeitamente para
evitar constrangimentos.Para
aprender a converter um arquivo de vídeo de um formato para outro o
Format Factory para converter, na Internet você poderá encontrar
bons tutorais, como este aqui ou
este. Assista e experimente
fazer você mesmo!
Cuidados!
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Atividade 1.3
Crie um plano de aula com utilização de um ou
mais vídeos curtos capturados da Internet como recurso didático (o
plano deve conter objetivos, recursos, procedimentos e avaliação).Obs.: Use a ferramenta Atividade do Menu Conteúdo, no ambiente e-Proinfo, para enviar o arquivo feito em editor de texto.