DIP-Malária

Descrição

Resumo do manual do MS sobre Malária
Douglas Bertolossi
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Douglas Bertolossi
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Resumo de Recurso

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    INTRODUÇÃO A maioria dos casos de malária, no Brasil, é transmitido nos estados da Amazônia Legal e o Plasmodium vivax é a espécie causadora de quase 90% dos casos. Apesar de atualmente ocorrer uma redução da transmissão pelo P. falciparum, sabe-se que ele é responsável pela forma grave e letal da doença. Os principais objetivos do PNCM do Ministério da Saúde são reduzir a letalidade e a gravidade dos casos, reduzir a incidência da doença, eliminar a transmissão em áreas urbanas e manter a ausência da doença em locais onde a transmissão já foi interrompida. O programa possui estratégias para atingir seus objetivos, sendo as mais importantes o diagnóstico precoce e o tratamento oportuno e adequado dos casos, além de medidas específicas de controle do mosquito transmissor.
    Malária

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    Ciclo Biológico do Plasmodium
    Agente etiológico é do gênero Plasmodium. As espécies associadas à malária humana são: Plasmodium falciparum, P. vivax P. malariae e P. ovale. No Brasil, nunca foi registrada transmissão autóctone de P. ovale, que é restrita a determinadas regiões da África. A transmissão ocorre por meio da picada de fêmeas infectadas de mosquitos do gênero Anopheles, sendo mais importante a espécie Anopheles darlingi coleções de água limpa, quente, sombreada e de baixo fluxo, muito frequentes na Amazônia brasileira.
    O ciclo inicia-se quando os parasitos (esporozoítos)são inoculados na pele pela picada do vetor, invadindo os hepatócitos. Nessas células multiplicam-se e dão origem a milhares de novos parasitos (merozoítos), que rompem os hepatócitos e, caindo na circulação sanguínea. Assim, invadirão as hemácias, dando início à segunda fase do ciclo, chamada de esquizogonia sanguínea. É nessa fase sanguínea que aparecem os sintomas da malária. O desenvolvimento do parasito nas células do fígado requer aproximadamente uma semana para o P. falciparum e P. vivax e cerca de duas semanas para o P. malariae.

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    Nas infecções por P. vivax e P. ovale, alguns parasitos se desenvolvem rapidamente, enquanto outros ficam em estado de latência no hepatócito. São, por isso, denominados hipnozoítos (do grego hipnos, sono). Esses hipnozoítos são responsáveis pelas recaídas da doença, que ocorrem após períodos variáveis de incubação (geralmente dentro de seis meses).Na fase sanguínea do ciclo, os merozoítos formados rompem a hemácia e invadem outras, dando início a ciclos repetitivos de multiplicação eritrocitária.
    Os ciclos eritrocitários repetem-se a cada 48 horas nas infecções por P. vivax e P. falciparum e a cada 72 horas nas infecções por P. malariae.Depois de algumas gerações de merozoítos nas hemácias, alguns se diferenciam em formas sexuadas: os macrogametas (feminino) e microgametas (masculino).Esses gametas no interior das hemácias (gametócitos) não se dividem e, quando ingeridos pelos insetos vetores, irão fecundar-se para dar origem ao ciclo sexuado do parasito.

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    Manifestações Clínicas da Malária
    Malária não complicadaO período de incubação da malária varia de 7 a 14 dias, podendo, contudo, chegar a vários meses em condições especiais, no caso de P. vivax e P. malariae.A crise aguda da malária caracteriza-se por episódios de calafrios, febre e sudorese, podendo cursar com temperatura igual ou superior a 40ºC. Em geral, esses paroxismos são acompanhados por cefaléia, mialgia, náuseas e vômitos. O quadro clínico da malária pode ser leve, moderado ou grave, na dependência da espécie do parasito, da quantidade de parasitos circulantes, do tempo de doença e do nível de imunidade adquirida pelo paciente. As gestantes, as crianças e os primoinfectados estão sujeitos a maior gravidade
    O diagnóstico precoce e o tratamento correto e oportuno são os meios mais adequados para reduzir a gravidade e a letalidade por malária. Pela inespecificidade dos sinais e sintomas provocados pelo Plasmodium, o diagnóstico clínico da malária não é preciso. A tomada de decisão de tratar um paciente deve ser baseada na confirmação laboratorial da doença, pela microscopia da gota espessa de sangue ou por testes rápidos imunocromatográficos.

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    Malaria Grave e complicada Para diagnosticar malaria grave, alguns sinais e exames devem ser observados. Caso confirme, conduzir o paciente para o tratamento malárico. Sintomas e sinais Prostração  Alteração da consciência  Dispnéia ou hiperventilação  Convulsões  Hipotensão arterial ou choque  Edema pulmonar ao Rx de tórax  Hemorragias  Icterícia  Hemoglobinúria  Hiperpirexia (>41ºC)  Oligúria
    Alterações laboratoriais Anemia graveHipoglicemiaAcidose metabólicaInsuficiência renalHiperlactatemiaHiperparasitemia

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    Diagnostico Laboratorial
    Diagnóstico Microscópico Baseia-se no encontro de parasitos no sangue. O método mais utilizado é o da microscopia da gota espessa de sangue, colhida por punção digital e corada pelo método de Walker. O exame da gota espessa permite diferenciação das espécies de Plasmodium e do estágio de evolução do parasito circulante. Testes rápidos imunocromatográficos Baseiam-se na detecção de antígenos dos parasitos por anticorpos monoclonais, que são revelados por método imunocromatográfico. Comercialmente estão disponíveis em “kits” que permitem diagnósticos rápidos, em cerca de 15 a 20 minutos.
    A sensibilidade para P. falciparum é maior que 90%,comparando-se com a gota espessa; Entre suas desvantagens estão: (i) não distinguem P. vivax, P. malariae e P. ovale; (ii) não medem o nível de parasitemia; (iii) não detectam infecções mistas que incluem o P. falciparum.

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    Tratamento da Malária
    A decisão de como tratar a malária deve ser precedida de algumas informações importantes: *Espécie de plasmodium *idade do paciente;*indivíduos primoinfectados (apresentam formas mais graves de infecção;*condições associadas (gravidez, ou outros problemas associados);

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