02. As formas tu e vós podem exercer a função sintática de vocativo.
– Tu, mulher amada!
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Pronomes pessoais
03. Os pronomes oblíquos átonos o, a, os, as exercem a função sintática de objeto direto.
– Ela encontrou-o exausto naquele dia.
– Nós não a ouviremos hoje.
• Quando se colocam os pronomes oblíquos o, a, os, as após verbos terminados em R, S ou Z, ocorre alteração.
– escrever + a → escrevê-la
– vimos + o → vimo-lo
– fez + as → fê-las
• Quando o verbo terminar em som nasal (-m, -ão, -õe), os pronomes o, a, os, as, em ênclise, sofrem alteração.
– encontraram + o → encontraram-no
– dão + o → dão-no
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Pronomes pessoais
04. Os pronomes oblíquos átonos podem exercer, em alguns poucos casos, a função sintática de sujeito de infinitivo. Isso ocorre quando, na oração principal, há verbos causativos (mandar, deixar, fazer) e sensitivos (ver, sentir, ouvir, escutar).
O pronome lhe só poderá ser empregado como objeto indireto quando se referir a pessoa. Ao se referir a coisa ou objeto, deve ser substituído pelas formas: a ele, a ela, a eles, a elas, como se pode ver em: “José obedece às leis de trânsito” (= José obedece a elas).
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Pronomes pessoais
06. Os pronomes oblíquos átonos podem assumir valor possessivo, exercendo a função sintática de adjunto adnominal. Isso ocorre quando se puder substituir o pronome oblíquo e o artigo definido posposto a ele pelos pronomes possessivos correspondentes, como se pode ver a seguir.
– Escutei-lhe os conselhos. = Escutei os conselhos dele.
– Roubaram-me o livro. = Roubaram meu livro.
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Pronomes pessoais
07. Os pronomes se, si e consigo assumem valor reflexivo. No Brasil, os dois últimos devem ser empregados unicamente com este valor.
– Ele feriu-se.
– Cada um termine por si mesmo o exercício.
– O professor levou as provas consigo.
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Pronomes pessoais
08. Conosco e convosco são utilizados normalmente em sua forma sintética. Caso haja palavra de reforço, devem ser substituídos pela forma analítica (com nós / com vós).
– Queriam falar conosco.
com nós três.
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09. eu / tu x mim / ti
Quando precedidas de preposição, não se usam as formas retas eu e tu, mas as formas oblíquas mim e ti.
– Ninguém irá sem mim.
– Nunca houve problemas entre mim e ti.
Empregam-se as formas retas eu e tu, mesmo se precedidas de preposição, quando essas formas funcionam como sujeitos de um verbo no infinitivo.
Deram o livro para eu ler.
eu = sujeito
Deram o livro para tu leres.
tu = sujeito
Exemplos:
– Recebi os livros e gratifiquei o rapaz que mos entregou.
– Se ele pedir a moto, eu lha emprestarei.
– “Meu pai, que mas impôs inexoravelmente, considerava-as maravilhas.” (Vivaldo Coaraci)
– “Punha a cereja, e a rir ma ofertava sem pejo.” (Raimundo Correia)
– “O coração humano tem seus abismos e às vezes no-los mostra com crueza.” (Cyro dos Anjos)
– “Comeríamos à mesa, se no-lo ordenassem as escrituras.” (Carlos Drummond de Andrade)
– “O que os santos têm de mais sagrado são os pés. Por isso os antigos fiéis lhos beijavam.” (Mario Quintana)
Esses pronomes devem ser usados com as formas verbais e os pronomes possessivos da 3ª pessoa. Veja os exemplos:
– Vossa Majestade pode partir tranquilo para a sua expedição.
– Gostaria de solicitar a Vossa Excelência que resolva o impasse entre os deputados de sua Câmara.
Quando não se referem ao interlocutor, mas ao assunto da conversa (3ª pessoa), apresentam-se com o possessivo sua: Sua Senhoria, Sua Excelência, Sua Majestade, etc. Exemplos:
– Sua Excelência volta hoje para Brasília.
– Certa manhã, Sua Majestade, o Rei Marcos I, acordou ao som de tiros.
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