Question 1
Question
Na cibercultura, a educação na modalidade “à distância”, tradicionalmente baseada nos meios de massa (imprensa, rádio e TV), é cada vez mais online e a legislação oficial do MEC impulsiona amplamente a oferta da modalidade “não presencial”.
Question 2
Question
A existência imaterial da mensagem online confere aos interagentes a liberdade de manipular infinitamente os dados digitalizados, de acordo com as suas decisões, criando e recriando novas possibilidades de representação e de navegação. Portanto, o computador online renova a relação do sujeito com a imagem, com o texto, com o som, com o registro, com o conhecimento.
Question 3
Question
Os princípios da interatividade são três :
a) participação
b) recepção
c) transmissão
Question 4
Question
O ciberespaço é o “hipertexto mundial interativo, onde cada um pode adicionar, retirar e modificar partes dessa estrutura telemática, como um texto vivo, um organismo auto-organizante”; e a cibercultura é o conjunto de práticas e comportamentos que surgem no e a partir do ciberespaço.
Question 5
Question
Na cibercultura os atores da comunicação tendem à interatividade e não mais à separação da emissão e recepção própria da mídia de massa. Para posicionar-se nesse contexto e aí educar, os professores precisarão dar-se conta do hipertexto, isto é, do não-sequencial, da montagem de conexões em rede, que permite uma multiplicidade de recorrências entendidas como conectividade, diálogo e participação. Dessa forma, professores são meros disparadores de lições-padrão.
Question 6
Question
O modelo de transmissão de informação da cultura de massa é o mesmo da cultura digital e sociedade da informação, ou seja, “um-todos”.
Question 7
Question
No Brasil, as habilidades de leitura e escrita estiveram ligadas, num primeiro momento, ao conceito de alfabetização. Posteriormente, passou-se a usar o termo letramento, que leva em conta o uso social da leitura e da escrita. Essa perspectiva provém dos estudos de Paulo Freire, que propõem uma compreensão mais crítica da leitura, que vai além da decodificação da escrita, ampliando seu conceito para a compreensão do mundo.
Seguindo esse pensamento de Freire (1986), Britto (2003, p. 16) afirmou que a criança, o adolescente e o adulto têm de aprender com o mundo e, nesse aprendizado, aprender a escrita, entendendo que o sujeito, a linguagem e o conhecimento estavam interligados.
Question 8
Question
O conceito de letramento é estático e semelhante ao de alfabetização, ou seja, basta que se conheça as letras e as palavras para saber ler e escrever.
Question 9
Question
As escolas e instituições de ensino ainda têm dificuldades de absorver o conceito de letramentos.
Question 10
Question
O letramento digital não é somente uma questão funcional de manusear o computador e fazer pesquisas; é necessário saber localizar e selecionar hyperlinks os materiais por meio de navegadores, e mecanismos de procura, entre outros.
Question 11
Question
Os ambientes virtuais e os costumes que surgem com eles têm o poder de mudar o funcionamento da linguagem e traz novas formas de leitura e escrita.
Question 12
Question
O letramento digital tem o poder de afetar as culturas fazendo-as se transformarem, mas não pode ser influenciado por elas.
Question 13
Question
“A EAD explora certas técnicas de ensino a distância, incluindo as hipermídias, as redes de comunicação interativas e todas as tecnologias intelectuais da cibercultura. Mas o essencial se encontra em um novo estilo de pedagogia que favorece ao mesmo tempo as aprendizagens personalizadas, a aprendizagem coletiva em rede”.
Question 14
Question
Nesse processo de aprendizagem em rede, a democratização do ensino por meio do modelo da Educação a Distância é um aspecto significativo, possibilitando ampliar as oportunidades de acesso aos processos formais de educação.
Question 15
Question
A Educação a Distância vem promovendo discussões sobre as estratégias de ensino-aprendizagem. Vários autores começam a comparar os processos de ensino aprendizagem a modalidade a distância com os modelos do ensino presencial. Mas as tecnologias digitais de informação e comunicação devem ser direcionadas apenas para o ensino a distância.
Question 16
Question
Na EAD, em virtude da utilização dos ambientes virtuais de aprendizagem (AVA) e das características dinâmicas do ciberespaço, a convergência digital pode revelar-se como um fenômeno importante na motivação dos alunos para a construção de aprendizagens significativa. A partir dessa convergência digital, surgem recursos e tecnologias integradas em suportes únicos. Assim, celulares fotografam, filmam, televisões tornam-se mais dinâmicas e interativas, como a TV digital, além de computadores que mesclam e integram mídias, linguagens, textos, hipertextos em um único suporte de comunicação e informação: a tela do computador.
Question 17
Question
A Educação a Distância (EAD) começou no século XV, quando Gutenberg inventou a imprensa. A partir da EAD, os alunos conquistam mais autonomia, por meio do estudo dirigido e das facilidades do ensino por correspondência, considerada a primeira geração da Educação a Distância.
Question 18
Question
De acordo com Moore e Kearley (2007), podemos observar cinco gerações de Educação a Distância no processo de evolução histórica. Sendo a terceira geração focada no envio de materiais via correio.
Question 19
Question
As quatro missões básicas que definem o modo de operar da UAB (Universidade Aberta do Brasil) são:
a) financiamento
b) avaliação institucional
c) articulação institucional
d) indução de modelos de Educação a Distância.
Question 20
Question
As regras para a Ead no Brasil só foram estabelecidas em 1996, com a publicação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (também conhecida como LDB - Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996)25, que foi primeiro revista em 1998 pelo decreto nº 2.494 e, posteriormente, regulamentada pelo Decreto n.º 5.622 publicado em dezembro de 2005. A regulamentação chama a atenção para a necessidade de reconhecimento dos cursos e sua credibilidade. Em 2017 o Decreto Nº 9.057 versa sobre mudanças e facilitações no processo de credenciamento e regulamentação de novos cursos à distância, destacando a exigência do Plano Nacional de Educação por mais ofertas educacionais. E em 2019, a portaria Nº 2.117 dispõe sobre o aumento da oferta de carga horária na modalidade de Ensino a Distância - EaD em cursos de graduação presenciais ofertados por Instituições de Educação Superior - IES pertencentes ao Sistema Federal de Ensino.
Question 21
Question
A equipe que compõe o processo de construção da Educação à distância é vasta: Coordenação de Curso; Coordenação de Pólos; Coordenação Pedagógica; Coordenação de Tutoria; Professor autor; Professor executor; Tutor Virtual; Tutor Presencial; Cursista (alunos); Monitor; e equipe de produção.
Dentre todos esses, quem tem a função de elaborar materiais didáticos é o Monitor.
Question 22
Question
O professor da EaD, tem múltiplas funções. Ele pode criar materiais didáticos, revisar linguagem e conteúdo, orientar percursos de aprendizagem, dialogar diretamente com os cursistas. Ele é sempre mediador e aprendiz, pesquisador e comunicador. Tem sempre que estar atento a novas estratégias de comunicação.
Question 23
Question
É função do cursista planejar e organizar seu ambiente de estudos, ampliar a interatividade nos ambientes virtuais de aprendizagem, adaptar sua linguagem a esses novos ambientes, pesquisar em diferentes fontes e ler bastante, socializar e documentar os resultados de suas pesquisas e fazer autoavaliações periódicas através de memoriais reflexivos que traçam seu percurso de aprendizagem.
Question 24
Question
Pensar, portanto, a comunicação sob a perspectiva das mediações significa entender que entre a produção e a recepção de informações por via dos meios técnicos há um espaço em que a cultura cotidiana concretiza-se. Tal perspectiva pode ser mais bem compreendida com Johnson (2001), o qual explica que os dispositivos de comunicação, a exemplo dos softwares computacionais da contemporaneidade, servem como pontes, favorecendo a interação entre os usuários desses mesmos dispositivos e formando o que se denomina de interfaces. Estas atuam como espécies de tradutores, medeiam as duas partes, e criam uma estranha nova zona entre o meio e a mensagem.
Question 25
Question
Sob as regras que determinam o ciberespaço, a comunicação mediada por computador tende, assim, a utilizar uma linguagem e uma dinâmica próprias que exigem dos usuários uma unificação, ao mesmo tempo em que essa mesma modalidade de comunicação permite uma nova capacidade multilateral de divulgação de informações, a qual ocorre de “todos para todos”, sem distinções claras entre emissores e receptores.
Enquanto na chamada mídia tradicional o que se percebia era justamente a unidirecionalidade das mensagens dos produtores para o público, com poucas possibilidades de interatividade, no ciberespaço, por exemplo, Lévy (1999) identifica um diálogo mútuo entre vários participantes.
Question 26
Question
Nas palavras de Lemos (1993, p. 13), “o ciberespaço é um ‘espaço’ não físico ou territorial que se compõe de um conjunto de redes de computadores através das quais todas as informações (sob as mais diversas formas) circulam”. Essa descrição não tem nada a ver com a metáfora da teia que liga todas as informações disponíveis no planeta.
Question 27
Question
O termo “e-gênero” surge devido às novas modalidades textuais que emergem no contexto digital.
Question 28
Question
Hoje, com a profusão de gêneros textuais digitais que surgem com a popularização do uso da Internet, as possibilidades de manifestação da narrativa em hipertexto atraem uma infinidade de pretensos “escritores”. Ao mesmo tempo, essas possibilidades, seja por meio de blogs ou outras interfaces, são tantas que a experiência da leitura também se encontra cada vez mais dispersa em variações e fragmentações a tal ponto que toda leitura produz uma história diferente porque diferentes são as conexões feitas pelos leitores a partir dos hiperlinks.
Question 29
Question
Na internet, ao mesmo tempo em que o escritor vive a condição de leitor, “pois a tela devolve-lhe o escrito que se desenrola à sua frente”, eletronicamente, o leitor é também o escritor de sua própria trilha de leitura, uma vez que, convertido em internauta, “o processo de navegação o introduz, por força dos vínculos e do acesso a incontáveis sites, a percorrer caminhos inusitados que nem sempre retornam ao ponto de partida”. E em nenhum lugar isso é mais visível do que na própria World Wide Web.
Question 30
Question
Os novos e complexos modelos textuais, ou e-gêneros, que surgem no ciberespaço, não convidam o leitor a participar. São fechados em si mesmos e nada têm a ver com antigos modelos textuais.