Contato inicial com a criança
Inicio o primeiro contato com a criança apresentando-me: informo que sou psicóloga e pergunto-lhe se ela sabe o que faz um psicólogo, bem como se conhece os motivos pelos quais foi trazida a esse atendimento.
Meu propósito é conhecer quais fantasias e temores ela expressa diante do problema e do atendimento propriamente dito.Por outro lado, se a criança responde negativamente à pergunta inicial, explico a ela, genericamente, que um psicólogo conversa com as pessoas para auxiliá-las em suas dificuldades. Comento que as crianças vão ao psicólogo por motivos diversos, como desempenho escolar, relações com mãe, pai, irmãos ou colegas, descontrole de esfíncteres etc.
Depois dessas preliminares, combino data e horário, falo sobre o sigilo da relação e aviso que manterei contato com seus pais, mas não lhes falarei a respeito do que ela fez ou contou no consultório, e sim de minhas interpretações e percepções sobre seu comportamento e que tudo isso será também conversado com ela.
A primeira sessão com a criança é uma observação lúdica. Para realizá-la, trabalho com caixa lúdica, cujo conteúdo inclui material gráfico: lápis preto, de cor e de cera, papel sulfite, canetas coloridas, tinta,pincel; bonecos da família; animais, índios e soldados de plásticos.
Apresentado a caixa fechada para a criança, pois me interesso em observar se ela toma a iniciativa de abri-la, se espera por minha ajuda para fazê-lo, enfim, para ver qual sua reação em situação desconhecida. Digo a ela que pode abrir a caixa e que pode brincar da forma como quiser com o que está lá dentro.
Se a criança solicita que eu brinque com ela, eu a atendo, tomando o cuidado de perguntar o que quer que eu faça, que papel devo representar ou quais são as regras do jogo que pretende jogar.