Diferentes atribuições ao olhar;
OLHAR X VER
"No ensaio já citado de Chaui, a filósofa nos ensina que ver, da raiz indo-européia Weid, é olhar para tomar conhecimento e para ter conhecimento. "(CAPUTO, 2001, p. 1)
Olhar ativo e olhar receptivo
Movimento contra as privatizações e a reforma agrária;
Rota: Rio de Janeiro - Brasília;
Saída: 26 de Julho;
Chegada: Três meses depois.
Movimento coletivo realizado por pessoas singulares.
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"[...]a história é sempre história de uma sociedade, mas, sem a menor dúvida, de uma sociedade de indivíduos" (ELIAS apud CAPUTO, 1999, p. 3)
Necessidade de conhecer seus desejos e anseios;
Relação individuo e sociedade;
“se realiza pouco a pouco, por retoques sucessivos, por toda uma série de correções, de emendas, sugeridas por o que se chama o ofício, quer dizer, esse conjunto de princípios práticos que orientam as opções ao mesmo tempo minúsculas e decisivas” ( OMAR apud CAPUTO, 1999, p. 27).
"[...] De surpresa em surpresa, fui desenhando os cortes das imagens,
descobrindo coisas nos cantos, nas figuras secundárias, nas caras que nunca me chamaram a atenção
quando haviam se oferecido a mim em estado de negativo e logo abandonadas" (1999, p. 18).
“Com efeito, as opções técnicas mais “empíricas” são inseparáveis das opções mais “teóricas” de construção do objeto” (BOURDIEU apud CAPUTO, 2000, p. 24)
Regular a abertura de sua máquina;
Opção do filtro;
Velocidade utilizada no “clic";
Momento da captura;
o objeto a ser fotografado;;
Fotografo -> Teóricos
Pesquisador e Fotografo -> Buscam ver o melhor da realidade;
Causam modificações na realidade por meio de sua pesquisa;
Pesquisa de mestrado -> Foto de crianças rindo ao redor de uma criança morta;
Achavam engraçado ou riem apenas para a foto?
O detalhe traz contexto, época e história.
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Fotografos e suas surpresas
Há seis meses fui fazer umas fotos sobre os 60 anos da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional).
No caminho eu já tinha a foto na cabeça. Ia registrar os trabalhadores enfileirados diante das má-
quinas, dos guindastes pesados em meio a grandes estruturas de ferro. Ao chegar na fábrica, vi
poucos trabalhadores e estes não manipulavam nenhum guindaste, nenhuma máquina pesada. Os
poucos que vi estavam diante de computadores.
(Marcos Tristão, fotógrafo do jornal O Dia, 22 anos de profissão).
Era o reveillón de 1988, e eu sai do jornal na maior tranquilidade para fazer a mais comum das matérias.
O que seria a cobertura de uma festa se transformou na cobertura da tragédia do naufrágio do
Bateau Mouché (Jorge William, fotógrafo do jornal O Globo, 20 anos de profissão).
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O Bateau Mouche foi uma embarcação de turismo que naufragou na costa brasileira no dia 31 de dezembro de 1988, mais precisamente na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, quando estava a caminho de Copacabana. Das 142 pessoas a bordo, 55 morreram. Acredita-se que a embarcação estivesse superlotada, além de apresentar uma série de falhas.
Caption: : A imagem, clicada 1993, tinha como objetivo mostrar a situação de miséria do país, mas se transformou numa chuva de críticas ao fotografo – Foto: Kevin Carter
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Referências
CAPUTO, Stela Guedes. Fotografia e Pesquisa um diálogo sobre o olhar e a construção do objeto. Rio de Janeiro.> Teias, 2001;