O calendário é um sistema onde é possível contar os dias, meses e anos, além de auxiliar no cumprimento de compromissos, necessidades civis e religiosas e também padroniza a contagem de tempo em quase todo o mundo.
Podem-se destacar três tipos de calendários: o calendário lunar, o calendário solar e o calendário luni-solar. O protótipo atual de calendário lunar é o calendário islâmico; do calendário solar é o calendário gregoriano; do calendário luni-solar é o calendário israelita.
Os Primeiros Calendários Romanos
Calendário de Rômulo (753-717 a.C.)
o ano tinha 304 dias distribuídos por 10 meses;
os 4 primeiros tinham nomes próprios dedicados aos deuses da mitologia romana e provinham de tempos mais remotos em que, provavelmente, se aplicaram às 4 estações;
os 6 restantes eram designados por números ordinais, indicativos da ordem que ocupavam no calendário.
Os nomes dos meses foram provavelmente o único legado deste calendário.
Calendário de Numa Pompilo
Na época do imperador Numa Pompilo (717-673 a.C.), sucessor de Rômulo.
os romanos daquela época eram extremamente supersticiosos e consideravam números pares como fatídicos, então aboliram os meses de 30 dias, que passaram a ter 31 ou 29 dias.
aumentou-se para 12 o número de meses, sendo introduzidos Januarius (29 dias), em homenagem a Jano, deus com duas caras, e Februarius (28 dias), deus dos infernos e das purificações.
Calendário Juliano
O imperador de Roma Júlio César (100-44 a.C.) com o auxílio do astrônomo Sosígenes.
começou a vigorar no ano 709 de Roma (45 a.C.), mediante um sistema que devia desenrolar-se por ciclos de quatro anos, com três comuns de 365 dias e um bissexto de 366 dias;
devido a importância da reforma no calendário romano por Júlio César, foi decidido, perpetuando o seu nome no calendário, de maneira que o sétimo mês, Quintilis, passou a chamar-se Julius;
o Senado romano decretou que o oitavo mês, Sextilis, passasse a chamar-se Augustus, porque durante este mês começou o imperador César Augusto o seu primeiro consulado e pôs fim à guerra civil que desolava o povo romano.
Calendário Gregoriano
estabelecido em 24 de Fevereiro de 1582 pelo Papa Gregório XIII
este é o nosso calendário atual. Ele difere do calendário juliano apenas no fato de os anos que completam um século, os chamados anos seculares, não serem bissextos, exceto quando o número de séculos for divisível por 400;
a seguir à implantação da reforma gregoriana, os cristãos suprimiram o descanso ao sábado, transferindo-o para o domingo em comemoração perpétua da Ressurreição de Cristo. Assim se quebrou a unidade de descanso no sétimo dia, estabelecido por Moisés há mais de 5700 anos;
seguindo o exemplo dos cristãos, também os muçulmanos renunciaram ao preceito mosaico de descanso ao sábado e transferiram-no para sexta-feira, em cujo dia da semana, dez séculos antes, o Alcorão foi revelado a Maomé e se deu a fuga deste de Meca para Medina (15 de Julho do ano 622 da era cristã).
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A.C e D.C
No calendário atual, rotulamos todos os anos com a.C. (antes de Cristo), AD (anno domini , ou "no ano de nosso senhor") e d.C. (depois de Cristo). Não há ano "zero" - neste sistema, o ano em que Cristo nasceu é 1 AD, o ano que precede é 1 a.C. e o ano que sucede é 1 d.C.
Esta prática foi sugerida pela primeira vez no século VI d.C. e foi adotada pelo papa da época.
Semana
Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharão, e farão toda a tua obra, senão o sétimo dia, o sábado do Senhor teu Deus. (Êxodo 20: 8)
são necessários sete dias, aproximadamente, para a Lua ir de uma fase a outra.
os babilônios deram como nomes desses dias os mesmos dos planetas que conheciam (os cinco planetas visíveis a olho nu que conhecemos hoje, acrescidos do Sol e da Lua). Esta prática foi adotada pelos romanos e outros povos europeus influenciados por estes.
a língua portuguesa não dividiu os dias segundo o nome dos planetas, porque no começo do Cristianismo a Páscoa durava uma semana, sendo o trabalho reduzido ao mínimo possível e o tempo destinado exclusivamente a orações.
esses dias eram os feriaes, ou seja, feriados. Para enumerar os feriaes, começou-se pelo sábado, como os hebreus faziam. O dia seguinte ao sábado seria o feria-prima (domingo), depois seria o segunda-feria (segunda-feira), e assim por diante. O sábado origina-se de Shabbath, dia do descanso para os hebreus.
o imperador Flávio Constantino (280-337 d.C.), após se converter ao Cristianismo, substituiu a denominação de Dies Solis ou Feria-prima para Dominica (dia do Senhor), que por sua vez foi adotada por povos latinos.