Boaventura de Sousa Santos defende o que diz estar em surgimento : O estabelecimento de uma nova ordem científica (uma revolução científica) anti-positivista, tendência que vem, paulatinamente, rompendo as dicotomias e estabelecendo um conhecimento balizado pelas ciências sociais num processo que exige a reconceptualização das condições epistemológicas e metodológicas do conhecimento científico social para forjar uma nova Humanidades. Para tal as ciências sociais devem servir de parâmetro para esse modelo emergente, algo que se justificaria ao se observar o conteúdo teórico que tem progredido no conhecimento da matéria. Assim verificar-se-á que "a emergente inteligibilidade da natureza é presidida por conceitos, teorias, metáforas e analogias das ciências sociais". (Santos, 2002, pg 66). Pois, se por uma lado, os modelos explicativos das ciências sociais mais se enraizaram na biologia, por outro, conceitos como os de teleomorfismo, autopoiesis, auto-organização, potencialidade organizada, originalidade, individualidade, historicidade, próprios dela, atribuem à natureza um comportamento humano (Idem, pg 67) Mas, nortear o processo, apenas, não será suficiente, pois sua base assenta-se sobre uma concepção mecanicista da natureza que, por isso, precisa ser revista.
Um novo e mais esclarecido senso comum