A cafeína, poderoso estimulante do sistema nervoso central, é uma das drogas
mais estudadas no mundo. Segundo as últimas das numerosas teorias sugeridas ao
longo dos anos para explicar seus efeitos sobre a fisiologia humana, a cafeína
bloqueia o efeito da adenosina no cérebro e em outras partes do corpo. A
adenosina é um neuromodulador, uma molécula que diminui a taxa de descargas
nervosas espontâneas e, assim, torna mais lenta a liberação de outros
neurotransmissores, podendo portanto induzir o sono. Não se pode dizer que a
cafeína nos desperte, embora tenhamos essa impressão. Seu efeito é na realidade
impedir a adenosina de exercer seu papel normal de nos fazer dormir. Quando a
cafeína ocupa receptores de adenosina em outras partes do corpo, sentimos uma
agitação típica: o ritmo cardíaco aumenta, alguns vasos sanguíneos se estreitam,
enquanto outros se dilatam, e certos músculos se contraem mais facilmente.
A morfina é um fármaco narcótico de alto poder analgésico usado para aliviar doresseveras. Pertencente ao grupo dos opioides, foi isolado pela primeira vez em 1804 por Friedrich Sertürner, que começou a distribuir a droga em 1817. A morfina passou a ser comercializada em 1827 pela Merck, que à época era uma pequena empresa química. O nome da substância tem origem no deus grego dos sonhos, Morfeu (em grego: Μορφεύς).[1]
Com a invenção da agulha hipodérmica em 1899, o uso da morfina generalizou-se para o tratamento da dor. Foi utilizada na Guerra Civil Americana, resultando em 400 mil soldados com síndrome de dependência devido ao seu uso impróprio.