1.1 - Andragogia
Devemos pensar que os adultos possuem uma carga elevada de aprendizagem e por isso o processo de ensinar e aprender para esta faixa etária deve ser diferente da tradicional Pedagogia, surgindo a Andragogia.
São encontradas na literatura muitas definições para a Andragogia, mas todas se referem a como os adultos aprendem.
Knowles (1984) definiu Andragogia como “a arte e a ciência de ajudar os adultos a aprender, em contraste com a pedagogia como a arte e a ciência de ensinar crianças” (p. 43).
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Segundo Knowles et al. (2006, 2009):
Só foi percebido depois da Segunda Guerra Mundial que os adultos podiam aprender e que esta aprendizagem era especial e, então, não poderia ser do mesmo modo como é ensinado às crianças, indicando que Andragogia e Pedagogia são duas ciências bastante distintas.
A força da Andragogia “reside em um conjunto de seis princípios fundamentais sobre a Aprendizagem de Adultos que se aplicam a todas as situações de aprendizagem” e que podem ser ou não adotados por completo, pois uma das características da Andragogia é sua flexibilidade. São estes os princípios:
1) necessidade do aprendiz de saber
2) aprendizagem autodirigida
3) experiências anteriores do aprendiz
4) prontidão para aprender
5) orientação para a aprendizagem e resolução de problemas
6) motivação para aprender.
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“Há outros fatores que afetam a aprendizagem de adultos em qualquer situação e que fazem com que os alunos se afastem ou se aproximem dos princípios fundamentais”.
São eles: as diferenças próprias de cada um, as diferenças de contextos, metas e propósitos de aprendizagem.
A Andragogia tem funcionado melhor quando adaptada à prática e às peculiaridades dos alunos, bem como às situações de aprendizagem.
Segundo Knowles et al. (2006, 2009):
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O planejamento das atividades deve ser realizado de forma colaborativa entre docentes e estudantes.
Contudo, mesmo em situações em que o planejamento das atividades se apresente pronto, discuti-lo com estudantes e negociar sabres e aprendizagens é uma possibilidade que não deve ser excluída pelos docentes.
Então baseados nos conceitos da Andragogia de Knowles podemos refletir que sabendo como os adultos aprendem é fundamental para entender como devemos ajudá-los no processo de aprendizagem, visto que ainda observamos universidades ensinando adultos com as técnicas didáticas usadas nos colégios primários e secundários.
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Princípios da Aprendizagem Significativa
Segundo Ausubel (2003, p. 2) a Aprendizagem Significativa pressupõe a participação ativa dos estudantes no processo de ensino e de aprendizagem, favorecendo a construção e reconstrução de saberes. Nessa perspectiva, o estudante não pode ser considerado como um passivo receptor de informações, mas um sujeito que tem experiências que precedem sua trajetória acadêmica, e é fundamental que seus conhecimentos prévios, ancorados em sua estrutura cognitiva particular, sejam considerados para novas aprendizagens.
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Segundo Ausubel:
Conhecimento Prévio:
Conhecimento prévio, precisa ser adequado e relevante para que as interações cognitivas aconteçam;
Estes conhecimentos prévios (conceitos subsunçores), aliados aos novos, fiquem diferenciados, mais elaborados em termos de significados;
Irão se tornar mais estáveis, modificando, no processo de aprendizagem, tanto a nova informação quanto aquela que o aluno possuía.
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Aprendizagem Significativa:
Que o estudante apresente predisposição para aprender significativamente.
Que os novos conhecimentos sejam intencionalmente relacionados, de forma não-arbitrária e não-literal, àqueles já existentes.
Que o material de aprendizagem seja potencialmente significativo, uma vez que não há material significativo por si só, pois os significados estão nas pessoas, e não nas palavras, objetos ou acontecimentos.
Cabe ao docente, enquanto organizador das situações de aprendizagem, selecionar e preparar, de forma lógica, o material para a aprendizagem, a fim de que o conteúdo a ser estudado possa fazer sentido para o aprendiz.
üCompreender o que está aprendendo, ter capacidade de explicar, aplicar, transferir e utilizar os conhecimentos aprendidos no e para o enfrentamento das situações profissionais, especialmente as não-rotineiras, é o que se espera dos sujeitos que aprenderam significativamente.
Favorecer o aprender por descoberta ou por recepção, são opções que demandam dos professores compreender seu papel enquanto mediadores.
Em sala de aula maior direcionamento para aprendizagem receptiva que não significa passividade; pelo contrário, os estudantes devem ser estimulados a participar das aulas apresentando seus conhecimentos e experiências, problematizando, pesquisando para enriquecer o processo de ensinar e aprender, do qual ele será o maior beneficiado.
REFLEXÃO
Portanto, selecionar material potencialmente significativo e apresentar predisposição para aprender, são algumas condições para a ocorrência de aprendizagem significativa que pode acontecer em suas diferentes formas: subordinada, superordenada e combinatória, levando o sujeito aos processos cognitivos de diferenciação progressiva e reconciliação integrativa, bem como aos tipos de aprendizagem significativa – representacional, conceitual e proposicional (Moreira, 2013, p. 5).