Antes
de se proceder a qualquer atividade de monta relacionada aos resíduos sólidos
urbanos (RSU), vulgarmente conhecidos como lixo, devemos proceder a um
diagnóstico, a fim de conhecer o problema e poder apontar as soluções.
O
lixo é produzido nas residências, indústrias e hospitais, mas também é gerado
nas atividades de varrição e poda. Cada qual tem as suas peculiaridades, que
afetam o seu manuseio, reciclagem e destino final.
A
reciclagem do lixo apresenta uma série de vantagens técnicas, econômicas e
sociais para o Município. Entre as principais, listamos:
a) reduz o volume de lixo transportado para os lixões e aterros;
b) consequentemente, aumenta a vida útil dos aterros sanitários;
c) economiza (muita) energia na produção de materiais novos;
d) é uma fonte de renda para catadores, produtores artesanais e vendedores;
e) transforma materiais que levariam séculos para se decompor;
f) age como efeito demonstração na Educação Ambiental; e
g) propicia materiais mais baratos à população de baixa renda.
As
políticas relacionadas ao manuseio do lixo, principalmente na sua fonte de
produção, dizem respeito à Prática dos 3 Rs: Reduzir, Reciclar e Reutilizar.
Essa deve ser a tônica de qualquer campanha e de toda iniciativa para
equacionar e resolver o problema dos RSU numa Comunidade qualquer.
O
manuseio do lixo, principalmente pelos catadores nos lixões, pelos empregados
de uma usina de reciclagem ou mesmo na sua fonte de produção, exige o
conhecimento dos riscos de doenças, contaminação e dos equipamentos de proteção
individual (EPIs). Os vetores mais comuns são: moscas, mosquitos, baratas,
ratos e pulgas; que transmitem doenças dos mais tipos: dengue, tétano,
disenterias, verminoses, leptospirose e outras. Muito cuidado devemos ter com
os materiais perfuro-cortantes, como agulhas de injeção e cacos de vidro, pela
possibilidade de estarem infectados. Entre os EPIs para quem manuseia o lixo,
destacam-se as máscaras faciais de tecido, óculos de segurança, aventais de
plástico e luvas de couro. O lixo tóxico também deve ser evitado, com destaque
para as lâmpadas à vapor de mercúrio e as embalagens de agrotóxicos.
Aterros sanitários. Esse
é o destino mais adequado ao lixo, seja para livrar a população dos
inconvenientes da presença deste material (estética, odores e doenças), como
para poupar a Natureza do agravo ambiental dos lixões (contaminação do lençol
freático pelo chorume, gases do efeito estufa, presença de aves que provoquem
desastres aéreos e outros).
É
uma técnica que transforma a matéria orgânica do lixo em composto orgânico,
aumentando em mais de 50% a vida útil dos aterros sanitários e produzindo um
ótimo condicionador do solo. Quando feito juntamente com a reciclagem, chega a
pagar parte das despesas das Prefeituras com os RSU.
A
queima do lixo (principalmente o hospitalar) a elevadas temperaturas, é o
método mais eficaz de eliminar os perigos de contaminação e os resíduos do seu
tratamento. Observe na figura do mapa mental, no extremo inferior direito, os
sacos plásticos de cor branca, que caracterizam a presença de lixo hospitalar.