1_1_Recordar, Repetir, Elaborar (Freud, 1914)

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Psicanálise Slide Set on 1_1_Recordar, Repetir, Elaborar (Freud, 1914) , created by Giselle Fleury on 13/09/2016.
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    Recordar, Repetir, Elaborar (Freud, 1914)
    Introdução: É o primeiro aparecimento do termo “compulsão à repetição” e de “elaboração”.Freud inicia pontuando as alterações técnicas que a psicanálise sofreu em seu método.Primeiro momento: método catártico que consista em recordar e ab-reagir com o auxílio da hipnose.“focalizar diretamente o momento em que o sintoma se formava.... há um esforço por reproduzir (pela hipnose) “os processos mentais envolvidos nesta situação... a fim de “reproduzir uma descarga”. (Freud, 1914, p.163).Aqui o termo que nos interessa é a “descarga” em alemão (abfuhr). Segundo Hanns (1996, p.130), o substantivo “abfuhr”,“designa um movimento de retirada, escoamento. Que transmite a ideia de um deslocamento para fora. Etimologicamente o verbo “fuhren”singnificava no antigo alemão “colocar em movimento.   Tratava-se de fornecer meios ao paciente para recordar um determinado fato infantil que seria traumático - provocado pela ab-reação do afeto ligado ao trauma. Onde o 'recordar' preenchia lacunas de memória. Segundo Garcia-Roza (1993) Essa prática era uma Reatualização moderna da teoria platônica da reminiscência - na qual havia a crença de que somos portadores de uma verdade esquecida, que não é dócil à rememoração. Freud achava que o esquecimento ocultava a verdade da doença, por isso ele usa a hipnose, como forma de acesso ao acontecimento traumático. E mesmo após a criação do método da Associação livre o objetivo da análise ainda era o de se chegar ao acontecimento traumático. Segundo momento: com o abandono da hipnose. Através da associação livre, a tarefa consistia em descobrir o que o paciente deixava de recordar. A resistência ao recordar deveria ser “contornada” pela interpretação – comunicando ao paciente seus resultados. Neste contexto a ideia da ab-reação foi abandonada, mas a hipótese de que era preciso voltar à origem da situação que formou o sintoma permaneceu em vigor.A ab-reação, foi substituida pelo “dispêndio de trabalho” que o paciente tinha em superar sua censura em realação à associação livre -Einfall- o termo em alemão, segundo Hanns (1996, p.272), remete o contexto de fluxo de ideias, no entanto esta palavra traz algo que fora, de longe, se aproxima conotativamente da ideia de inspiração. Até se chegar ao modelo que Freud propõe neste texto, “no qual o analista abandona a ideia de se colocar em foco um momento do problema específico” (Freud, 1914, p. 163); o analista deve: “se contentar em estudar tudo o que se ache presente, de momento, na superfície da mente do paciente”, ou seja, “tudo que está presente na consciência”. Há neste momento uma proposta de mudança do uso que o analista faz da interpretação. Freud indica que “ a arte da interpretação” deve ser utilizada principalmente para “identificar as resistências”. Disto resulta um “novo tipo de divisão de trabalho”. O objetivo da técnica: consiste em “preencher lacunas de memórias” produzindo a reminiscência e superar resistências devido à repressão.  

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    Recordar ... esquecer
    Repressão (verdrangung) ou Recalque, o verbo em Alemão segundo Hanns (1996, p.355), significa “empurrar para o lado, desalojar, deslocar, afastar (concreta ou figurativamente).A ideia trabalhada no texto de 1915 “A repressão”: “(…) e a de que a essência da repressão consiste simplesmente em afastar determinada coisa do consciente, mantendo-a a distância.”Neste contexto a hipnose foi de suma importância pois: “a hipnose deu coragem para criar situações mais complicadas no tratamento analítico e mantê-las claras diante de nós” (p.163). O recordar na hipnose assumia uma forma mais simples, o paciente volta àquela situação relata os processos mentais que pertenciam àquela situação vivenciada – o analista- acrescenta a isso a informação, de que o que surgiu na situação atual era resultado de uma “transformação dos processos” de inconsciente para consciente.  Segundo Freud:  “a hipnose deu coragem para criar situações mais complicadas no tratamento analítico e mantê-las claras diante de nós” (p.163).Freud fala que o esquecimento de cenas, impressoes e experiências - “quase sempre se reduz à interceptá-las . (como um trabalho da ação do recalque embora aqui ainda este conceito não seja melhor explicitado).O exemplo dado por Freud é de que: quando o paciente fala de coisas esquecidas – não sabe – que sempre soube, apenas nunca pensou nisso – e sempre – se apresenta “desapontado”, “por não lhe vir à cabeça, coisas que se chamam de esqucecidas, e porque nunca pensa nas coisas que aconteceram.No entanto, Freud aborda que principalmente nos casos de histeria de conversão – há um desejo realizado – (no esquecimento seus efeitos permanecem).O esquecer é mais restrito quando avaliamos o “valor” das lembranças encobridoras que se acham presente.Freud fala da impressão em certos casos de que a 'amnésia infantil' é contrabalanceada pelas lembranças encobridoras, onde a totalidade do que é essencial na infância foi retido – fixado nas lembranças encobridoras. (formação secundária fruto do recalque).Lembranças encobridoras = amnésia infantil

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    Freud vai se deter em um segundo grupo de processos psíquicos: que são as fantasias, processos de referência, impulsos emocionais, vinculação de pensamento. (são atos internos) não podemo ser conectado com impressões e experiências do analista; Esse grupo possui uma particular relação com o esquecer e o recordar . Que devemos considerar  separadamente. Neste grupo de processos (atos internos): existem recordações de diversos tipos:  1) as que nunca foram consciente; 2) recordações do inconsciente; 3) àquelas que não faz diferença se um dia foram consciente e foram esquecidas ou se nunca foram. Aqui Freud é fiel à clínica. ( a realidade é psíquica).  “A convicção que o paciente alcança no decurso de sua análise é inteiramente independente, deste tipo de lembrança (cs).” (p. 165). Freud alerta que, “Há um tipo especial de experiência da máxima importância, para qual lembrança alguma, via de regra, pode ser recuperada”. Apresenta a estrutura do trauma e da formação do sintoma em dois tempos: “que não foram compreendidos – mas que “subsequentemente” foram compreendidos e interpretados. Essas lembranças podem ser comunicadas através do sonho, e a  estrutura das neuroses fornece a prova de que é disso que se trata - (ver sobre esse aspecto do sonho como revelando conteúdos esqucecidos no texto: conferencias intridutórias XXIII (1916-17) – sobre a análise do homem dos lobos).
    Qual a relação entre o esquecer e o recordar?

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    Resistência e acting
    Há ainda um Terceiro grupo: casos que se comportam de forma diferente sobre a técnica desde o início. (não aderem à associação livre). “onde o recordar nunca está presente em vez disso o paciente expressa-o pela atuação ou atua-o (acts it out).” “Ele o reproduz não como lembrança, mas como ação; repete-o, sem, naturalmente, saber o que está repetindo” (p. 165). Aí Freud introduz a questão da transferência: onde o “paciente não diz que recorda que costumava ser desafiados e crítico em relação à autoridade dos pais; e no lugar disso – comporta-se dessa maneira com o médico.” (p.165). O paciente não se recorda de “como chegou a um impotente e desesperado impasse em suas pesquisas sexuais infantis. (sob esse tema ver 1905 três ensaios sobre a sexualidade.) Que produz uma 'massa de sonhos e associações confunsas”.

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    O inicio do tratamento
    Inicio do tratamento: Se dá por uma repetição (de não ter nada a dizer – silêncio – impossível de nomear). Ou ainda repetição de uma atividade homossexual (porque é autoerótica), que se evidencia como uma resistência contra o recordar”. No curso do tratamento o paciente não pode fugir à essa “compulsão à repetição.”  ( o que se repete é a impossibilidade de recordar).  acima de tudo o que interessa é a relação entre: a compulsão à repetição à transferência e a resistência. Freud define Repetição: “é a transferência do passado esquecido, não apenas para o médico, mas também para todos os aspectos da situação atual” (p. 166). O paciente se submete à compulsão à repetição, que subtituirá o recordar, não somente com o analista, mas também nas diferentes atividades relacionadas de sua vida atual. Resistência: “Quanto mais a resistência, maior a atuação (acting out), a repetição substituirá o recordar. (a hipnose neutralizava a resistência pois operava sem a consciência). Transferência: Quando o início do tratamento se dá sob égide de uma “transferência positiva branda” ela lhe torna possível “desenterrar as lembranças” (tal como na hipnose). Mas aí não há a manifestação dos sintomas patológicos. (certamente porque o amor transferencial substitui isso).

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    Repetição, Transferência e Resistência
    Transferência: Quando o início do tratamento se dá sob égide de uma “transferência positiva branda” ela lhe torna possível “desenterrar as lembranças” (tal como na hipnose). Mas aí não há a manifestação dos sintomas patológicos. (certamente porque o amor transferencial substitui isso). No entanto, Freud nos alerta que a medida que a análise progride, “a transferência se torna hostil” ou excessivamente intensa, e portanto precisando de repressão. O que vem é o acting no lugar do recordar. “as resistências determinam a sequencia do material que deve ser repetido” , (p. 167). “aprendemos que o paciente repete ao invés de recordar e repete sob as condições da resistência” (p. 167). O que o paciente repete ou atua? Freud responde: “repete tudo que já avançou a partir das fontes do reprimido para sua personalidade manifesta” (p. 167). Repete ainda: “suas inibições” , “suas atitudes inuteis” e “seus traços patológicos de caráter” repete também todos os seus sintomas” - no curso do tratamento.

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    A importância da Compulsão à Repetição
    A noção de compulsão à repetição nos fornece uma visão mais ampla... “Só esclarecemos a nos mesmos que o estado de enfermidade do paciente não pode cessar com o início de sua análise, e que devemos tratar sua doença, não como um acontecimento do passado, mas como uma força atual”. “A enfermidade é colocada dentro do campo do tratamento o paciente experimenta como algo real e contemporâneo. O trabalho terapêutico consiste em grande parte em remontá-lo ao passado” Freud critica o recordar produzido sob hipnose: “Só podia nos dar a impressão de um experimento realizado em laboratório”. O repetir no tratamento analítico implica “em evocar um fragmento da vida real que não deixa de sofrer efeitos uma vez que não é inócuo e irrepreensível. Disso decorre uma deterioração durante o tratamento, uma piora sintomática. Em um primeiro momento há “uma mudança de atitude consciente do paciente para com a sua doença. Pois antes do inicio do tratamento, este contentava-se em queixar-se e desprezar sua doença através de uma “política de avestruz”. Assim pode acontecer que o paciente: 1) não saiba as condições de manifestação de sua fobia. 2) escute o fraseado preciso de suas ideias obsessivas 3) não saiba o intuito real de seu impulso obsessivo.

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    Manejo da Resistência: tarefa do analista
    “O paciente tem que criar coragem para dirigir atenção para os fenômenos de sua moléstia”. (p.168). È preciso preparar o caminho para uma “reconciliação com o material reprimido”. (p. 168) Essa “nova atitude” em relação à doença intensifica o conflito e põe em evidência sintomas que antes não tinham aparecido. É preciso informar ao paciente que este agravamento necessário e temporário faz parte do tratamento. (como isso é preciso para a clínica com a toxicomania). No entanto, Freud alerta que: “A resistência, contudo, pode explorar a situação para seus próprios fins e abusar da licença de estar doente”. (p. 168). “desculpa bem vinda para regalar-se com seus sintomas”. Quando a resistência está em ação: “novos e mais profundos impulsos instintuais podem vir a ser repetido” ou ainda, “as ações do paciente fora da transferência”, podem causar “danos temporários” – ou ainda, “foram sido escolhidos para invalidar às perspectivas do estabelecimento da doença”. (p.168).

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    Manejo da Transferência
    O manejo da transferência: visa fazer com que o tratamento possa ocasionar uma 'descarga psíquica” através do trabalho de recordar e não no acting. Isso não é mérito do médico. A transferência pode suscitar um material não utilizável para o tratamento. “O instrumento principal para reprimir à compulsão à repetição e transformá-lo num motivo para recordar é o manejo da transferência”. (p. 169). Freud fala da transferência como playground, “no qual se espera que nos apresente tudo no tocante a instintos patogênicos”. O paciente deve estar de acordo com as condições da análise: “sucesso a fornecer a todos os sintomas da moléstia um novo significado transferencial”. Neurose de transferência: “A transferência cria, assim, uma região intermediária entre a doença e a vida real, através da qual a transição de uma para outra é efetuada.” (p.170). Freud fala de uma “doença artificial” - acessível à intervenção do analista: “trata-se de um fragmento da experiência real, mais um fragmento que foi tornado possível por condições especialmente favoráveis, e que é de natureza provisória. (ideia de transitoriedade, metonímia, modificação).

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    Elaboração da Resistência
    Superar as resistência é o primeiro passo. No entanto identificar e nomear a resistência é só o inicio do trabalho. O paciente precisa de tempo para elaborar e superar as resistências. “só quando a resistência está em seu auge é que pode o analista trabalhando emm comum com o paciente, descobrir os impulsos instintuais reprimidos que estão alimentando à resistência; é este tipo de experiência que convence o paciente do poder de tais impulsos.” (p. 170/71). Postura ética do analista: “O médico nada tem a fazer senão esperar e deixar as coisas seguirem seu curso, que não pode ser evitado, nem continuamente apressado”. (p.171). O médico precisa se apegar à esta convicção para superar a sensação de ter fracassado. A elaboração das resistências:  é uma tarefa árdua para o sujeito da análise, exige paciência do analista. “Todavia, trata-se do trabalho que efetua as maiores mudanças no paciente e que distingue o tratamento analítico de qualquer tipo de tratamento por sugestão.” (p. 171).

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    Lacan e a Repetição
    Lacan revisa o conceito de Repetição nos capítulos V, IV e III do Seminário Livro 11: os quatro conceitos fundamentais da psicanálise. "O mais vivo e ardente de nossa experiência é a transferência" (p. 36)A transferência é uma repetição, mas o conceito de repetição nada tem a ver com o de transferência. A descoberta do conceito de repetição se deu na investigação sobre a transferência, no entanto a função da repetição necessita o acaso, o arbitrário (p.42)E também se difere do conceito de rememoração, pois esta comporta sempre um limite. A função do retorno é diferente da repetição, embora a repetição tenha relação com a rememoração. Tudo isso encontra um limite no real: "O real é aqui o que retorna sempre ao mesmo lugar - a esse lugar onde o sujeito, na medida em que ele cogita, onde a res cogitans, não o encontra". (p.52). A repetição não é reprodução. A reprodução tem relação com a catarse. "A repetição aparece primeiro numa forma que não é clara, que não é espontânea, como uma reprodução, ou uma presentificação em ato." (p.52). O Ato: relação da repetição com o Real: "um ato, um verdadeiro ato, tem sempre uma parte de estrutura, por dizer respeito a um real que não é evidente." (p.52). A repetição é um caminho de onde o sujeito não pode sair. Porque a repetição aparece no nível das neuroses traumáticas? "Qual é então essa função de Repetição traumática, se nada, muito pelo contrário, pode parecer justificá-la, do ponto de vista do princípio do prazer?" Lacan responde que" a resistência do sujeito, neste momento, se torna repetição em ato." (p.53). 

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    Tiquê e Automaton
    Lacan pega emprestado da Física Aristotélica dois termos: Tiquê e Automaton (p.56)Automaton  é a rede dos significantes. Tiquê - encontro com o real - "o real está para além do automaton" (retorno, a insistência dos signos). Não confundir com repetição, com o retorno dos signos, nem com a reprodução, nem com uma rememoração agida. "A repetição é algo que em sua verdadeira natureza, está sempre velado na análise, por causa da identificação da Repetição com a transferência na conceitualização dos analistas" (p.56). Devemos diferenciar transferência de Repetição: A ambiguidade da realidade em causa na transferência, só podemos chegar a desembrulha-la a partir da função do real (tiquê) na repetição. "O que se repete, com efeito, é sempre algo que se produz como por acaso". Trabalhamos com esse fragmento esse tropeço, que é a transferência trazer algo da repetição, mas não devemos levar ao pé da letra. "A função da tiquê, do real como encontro - o encontro enquanto que podendo faltar, enquanto que essencialmente é encontro faltoso" (p.57) e que se apresenta primeiro como traumatismo, uma vez que na experiência analítica o real é apresentado, na forma do que nele há de inassimilável - na forma de trauma. A insistência do trauma no sonho - produz e faz ressurgir em repetição o trauma. O trauma é esse outro espaço, essa outra cena. A repetição não é o retorno da necessidade. A repetição demanda o novo. (p.62)"Tudo que, na repetição, varia, modula, é apenas alienação de sem sentido". O fort-da - simboliza a repetição traumática. ( o sujeito correlato a seu objeto a) 

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    Bibliografia
    Freud, S.(1914)  "Recordar, Repetir e Elaborar - Novas recomendações sobre a Técnica II" - Edição Standard das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Vol. XII. Ed. 2006.  Lacan, J. (1964) Livro11: os quatro conceitos fundamentais da psicanálise.  Garcia-Roza, L.A. (1986) Acaso e Repetição em psicanálise - uma introdução à teoria das pulsões. Jorge Zahar Ed. 1993. 
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