~ DEFINIÇÃO ~
De uma maneira simples, animação é criar a ilusão de movimento através de imagens. A origem da palavra animação vem do latim “anima” e significa “alma” ou “sopro de vida”. Portanto, podemos entender essa arte como o ato de “dar vida” a objetos estáticos e inanimados através de diferentes métodos. Esses métodos podem ser realmente variados, como a simples transposição de várias imagens sequenciais até os processos de animações digitais usados atualmente. A palavra “animação”, portanto, pode fazer referência ao produto final ou ao processo pelo qual ele é feito. Trata-se de uma arte, mas que também ganha corpo de ciência se considerarmos as diferentes técnicas que já foram empregadas para que as animações ganhassem a relevância que têm hoje. Uma animação pode ter o formato de um filme, um documentário, um pequeno vídeo e até mesmo de um comercial de televisão.
Hoje, além de poder ser categorizada como uma arte, a animação também ganhou status de ciência pois como as técnicas para a produção estão cada vez mais avançadas (e o público cada vez mais exigente), investe-se muito em pesquisa e desenvolvimento para a criação de novos métodos para se trabalhar com animações. E engana-se quem pensa que essa arte é um conceito atual. Historiadores concordam que o primeiro desenho animado foi criado em 1908 pelo francês Émile Cohl. A produção, batizada de Fantasmagorie, utiliza o processo de desenhos sequenciais para criar a ideia de continuidade na imagem – técnica usada até hoje na animação.
~ PRÉ-HISTÓRIA ~
Com sua origem nos primórdios da humanidade, a animação é tão antiga quanto os desenhos nas cavernas. O princípio de criar imagens com “movimento” é uma arte que o ser humano tem aprimorado desde o período Paleolítico Superior. Os neandertais já faziam desenhos animados (mas não como conhecemos) onde os retratos encontrados nas cavernas, que eram suas moradias, geralmente retratavam animais pré-históricos e conforme a luz do fogo iluminava o ambiente, dava impressão que as pinturas se moviam. Esse fenômeno acontece por conta da cintilação e do movimento das tochas, que jogavam luz sobre alguns elementos do desenho por vez.
Marc Azéma desenvolveu uma teoria de que o ser humano vem tentando transmitir a ideia de movimento em desenhos desde os tempos mais antigos, através dessas pinturas nas paredes de cavernas. Na Gruta de Chauvet, Ardèche, França, há cerca de 2.5 milhões de anos, na era paleolítica, foram encontradas artes e pinturas que representam narrativa, a intenção de movimento através da sequência e sobreposição dos desenhos.
Obs: Caverna de Lascaux, França - com desenhos de 17 mil anos - alguns animais aparecem em diferentes momentos da mesma ação. Muitos e muitos séculos depois, egípcios e romanos também fizeram seus desenhos sequenciais.
~ ANIMAÇÃO NO CINEMA ~
A história da animação de filme remonta aos primeiros momentos do cinema mudo e continua até o presente dia. O primeiro desenho animado foi do Francês Émile Reynaud, que criou o praxynoscópio, um sistema de animação de 12 imagens, e filmes de aproximadamente 500 a 600 imagens, projetado no seu próprio théatre optique (parecido com projetor de filme), no Musée Grévin em Paris, França, em 28 de Outubro de 1892.
O primeiro desenho animado moderno pode ter sido Fantasmagorie, do francês Émile Cohl, projetado pela primeira vez em 17 de Agosto de 1908 no Théâtre du Gymnase, em Paris. Émile Cohl espalhou sua técnica pelos Estados Unidos.
Segundo consta de alguns documentos, o primeiro filme de longa-metragem animado teria sido El Apóstol (1917) do argentino Quirino Cristiani. Infelizmente, não existem cópias desse filme, e pouco se sabe sobre ele. Sendo assim, considera-se o longa-metragem animado mais antigo ainda existente o filme Die Abenteuer des Prinzen Achmed (1926), feito pela diretora Lotte Reiniger.
~ EVOLUÇÃO ~
Apesar de existir há quase tanto tempo quanto a própria existência do homem, a animação como conhecemos hoje passou por grandes mudanças, melhorias e evoluções técnicas impulsionadas pelo desejo do homem de transmitir o movimento em imagens e com o passar do tempo e com novas tecnologias, as técnicas foram melhorando. Continua evoluindo drasticamente a cada dia que passa porém o conceito permanece o mesmo: uma sequência de imagens com ilusão de movimento.
A primeira animação “cinematográfica” foi originalmente criada a partir de ilustrações criadas diretamente no filme, onde cada desenho era feito um pouco diferente em 1 frame por vez, gerando a primeira ilusão de movimento em cinema. Após essa primeira descoberta, a animação começou a evoluir para o processo de desenhar cada frame em papel, que eram compilados em filmes e editados. Esse processo passou a ser conhecido como hand drawn animation (animação desenhada à mão). Desde então, a técnica de hand drawn animation tem sido aperfeiçoada por várias pessoas e estúdios ao longo do tempo. Algumas das melhorias foram: a modificação do desenho no papel para celulóides transparentes, possibilitando o desenvolvimento de animação em camadas. Assim, as partes animadas poderiam ser focadas individualmente e separadas do fundo das cenas.
~ LINHA DO TEMPO ~
Foi só nos anos 1820 que os estudos com ilusões de ótica começaram a explicar o fenômeno da persistência da visão, que permite a ilusão de movimento baseada em desenhos estáticos. Nesta mesma época os desenhos sequenciais começaram a ser atrações em parques até o início do século XX. Essa sensação de movimento era alcançada através de modificações em filmes, realizadas frame a frame.
A primeira vez que a animação encontrou com o cinema foi em 1892 e o responsável por essa união de sucesso é o artista francês Émile Reynaud, inventor do praxynoscópio (sistema de animação de 12 imagens).
O primeiro filme que temos conhecimento da presença da animação foi “O Desenho Encantado” de 1900, que seria uma espécie de animação com live-action, onde temos uma pessoa interagindo com um desenho.
Agora vamos sair do século XIX e ir para o XX conhecer os pioneiros do cinema de animação. Uma das primeiras animações foi Humorous phases of funny faces , em 1906, criada por James Stuart Blackton. Foi o primeiro filme em stop motion e frame a frame , ou seja, a sequência de imagens foi feita uma a uma através de fotos das ilustrações que depois foram unidas para gerar a animação.
Logo depois temos um outro curta-metragem em 1906 com o nome de “Frases cômicas de caras engraçadas”, sendo esse considerado por historiadores como o primeiro filme de animação realizado com suporte fotográfico.
Em 1908 temos o artista francês Emile Cohl que criou Fantasmagorie , o primeiro cartoon animado, usando técnicas tradicionais de desenhar à mão no papel e copiado no negativo, com formas simples, todas as cenas frame a frame. A animação ganhou força e curtas-metragens começaram a surgir em vários países, mas foi nos Estados Unidos que nasceu um dos principais estúdios daquela época, o estúdio Sullivan.
Em 1913 Ladislas Starevich criava sua animação mais conhecida: A vingança do cameraman , em que ele usava insetos como seus personagens com a técnica do stop motion . Muitos acreditavam que ele treinava insetos vivos para fazer seus filmes.
Em 1914 chegamos ao marco da animação criado por Winsor McCay: Gertie, the dinosaur , o primeiro cartoon carismático animado. Foi uma espécie de show com um dinossauro treinado que encantou o público. O grande diferencial foi o traço do desenho, feito frame a frame , foram usadas cerca de 10 mil figuras para gerar uma animação que durou aproximadamente 5 minutos. Ele aplicou técnicas que deram vida ao seu personagem como noção de peso, profundidade, deformação, além de uma narrativa mais cativante.
Com a demanda de produção em curto prazo surgiram os estúdios que desenvolviam as técnicas de produção e animação com baixo custo. Um dos primeiros foi o Barré-Nolan Studio, criado em 1914 em Nova Iorque por Raoul Barré e Bill Nolan. Barré criou uma técnica de padrão de perfuração e corte, que facilitava as animações com cenas estáticas, assim somente os personagens eram redesenhados e a folha do cenário permanecia estática, já os furos serviam para manter as imagens sempre alinhadas. Nolan criou o sistema de movimentação do cenário por trás do personagem usando folhas compridas.
Outro importante estúdio da mesma época foi o Bray productions, também de 1914, criado por John Randolph Bray. Bray utilizava um sistema de montagem com foco nas necessidades do mercado, foi o que o destacou em meio aos outros estúdios. Na linha de produção usavam o acetato, uma folha transparente, onde faziam as animações dos personagens. Por não ter um desenho de fundo essas animações podiam ser reutilizadas em outros momentos e cenários, reduzindo o tempo de trabalho. Além disso, utilizavam referências de movimentos de filmes com pessoas para fazer as animações dos personagens, que os deixava mais realista.
Em 1919 o estúdio começou a ganhar fama com seus curtas-metragens sendo exibidos antes dos filmes nos cinemas em todo o país e foi com a criação do personagem gato Félix que o estúdio se consagrou. Produzido pelo estúdio de animação de Pat Sullivan, com sede em Nova Iorque, o desenho foi dirigido pelo cartunista e animador Otto Messmer. Nessa mesma época, o estúdio Sullivan fez parceria com a distribuidora de filmes M. J. Wrinkler e tornou o sucesso do gato Félix mundial. Sullivan se tornou referência para outros estúdios menores de Hollywood, sendo um deles comandado pelo homem que mudaria a história da animação para sempre, Walt Disney. Naquela época o estúdio de Disney produzia uma série de curtas com animação e live-action que se chamava “Alice”, totalmente inspirado em “Alice no País das Maravilhas”. A interação de pessoas com desenhos animados se tornou um grande sucesso e logo ele também fechou contrato com a M. J. Wrinkler. Depois disso Walt Disney junto com sua equipe criou o personagem Oswald, um coelho divertido no mesmo estilo do gato Félix, personagem que garantiu contratos melhores para o seu estúdio. Felix, the cat foi o primeiro personagem estrela de cinema. Virou mascote da Chevrolet , dos Yankees, dos times de esporte da escola Logansport, em Indiana, esteve até mesmo como insígnia do esquadrão de bombas da marinha americana. Um grande sucesso, Félix virou um ícone da cultura pop e é conhecido até hoje.
Outra evolução, no início de 1920, foi a invenção dos keys e inbetweens. Os key frames são os desenhos mais importantes de uma animação, onde, apenas com eles, você deve ser capaz de entender o que acontece na cena. Eles também são conhecidos como extremes, ou extremos. Já os inbetweens são os frames intermediários, responsáveis por conectar os extremos. Também são conhecidos por frames de passagem. A criação dessas categorias fez com que as animações ganhasse mais agilidade, pois os animadores mais experientes podiam se concentrar em definir bem os key frames e os inbetweens eram passados para os assistentes, mais conhecidos como inbetweeners ou intervaladores. Até certo ponto, todas as animações eram vistas em preto e branco, pois não havia tecnologia para vê-las coloridas. Foi com a chegada da tecnologia conhecida por Technicolor, que as primeiras animações coloridas vieram à telona. Um outro grande avanço na história da animação foi a habilidade de sincronizar o áudio com vídeo, possibilitando a fala dos personagens e efeitos sonoros sincronizados com as ações. Pode parecer algo sem muita importância nos dias de hoje mas, para a época, isso fez uma diferença gigante. Graças a essa considerada tecnologia de ponta da época, nós pudemos entrar na grande indústria das animações de longa metragem, iniciando uma das indústrias mais lucrativas até hoje.
Em 1921 foi criada a Fleischer Studio, pelos irmãos Fleischer. Desse estúdio saíram famosas séries de desenhos como Popeye e Betty Boop, esta, um símbolo da sensualidade feminina usada, estrategicamente, para atrair público, foi censurada a partir de 1934 e então seu visual foi reformulado, por conta disso a fama da personagem caiu.
Em 1923 foi criado o tão famoso Studio Disney por Walt Disney, na Califórnia. O estúdio tinha uma postura diferente dos outros, não os via como concorrentes, mas compartilhava sempre seus avanços tecnológicos. Esse foi o grande diferencial do estúdio, que impulsionou e trouxe grande reconhecimento, seu foco era a produção de animações de boa qualidade, o que acarretou em um desenvolvimento mais rápido da industrialização das animações.
As aventuras do príncipe Achmed , criado por Charlotte Reiniger em 1926, considerado o longa metragem mais antigo
A Disney uniu vários conceitos e conhecimentos e formulou os 12 princípios básicos da animação na década de 1930, que são implementados até os dias atuais em animações e longa metragens.
Peludópolis , criado em 1931 por Quirino Cristiani, o primeiro longa com som.
Em 1937 os estúdios Disney lança o filme “Branca de Neve e os Sete Anões”, ganhando o título de primeiro longa-metragem de animação da história. Com esse feito, seu estúdio começou a ditar tendência no mercado, trazendo várias inovações, sendo uma delas a câmera multiplano. Essa câmera simulava o paralax em suas animações, esse efeito gerava a impressão de objetos se movendo de forma independente na tela, algo que era revolucionário para os demais estúdios.
Foi Walt Disney também que ajudou a fundar a CalArts – California Institute of the Arts em 1961, sendo essa uma das primeiras escolas com foco no mercado de animação. Talvez esse tenha sido uma da últimas contribuições de Disney para com o mercado de desenhos animados, pois ele faleceu em 1966, cinco anos depois da inauguração da escola.
No estúdio ele participou de vários projetos como animador, mas o que realmente chamou a atenção dele foi o filme “Tron” de 1982. Foi nesse filme que Lasseter conheceu a computação gráfica e ficou apaixonado pela tecnologia, não demorou muito para que ele tivesse o interesse de utilizar a mesma em seus projetos. O que ele não esperava era a repercussão negativa que isso gerou nos estúdios Disney, pois os animadores mais velhos achavam que a computação gráfica viria para substituir o trabalho deles, por essa razão, Lasseter acabou sendo demitido. Por conta do seu imenso talento como animador, Lasseter foi convidado pela Lucasfilm para começar um setor de pesquisa sobre computação gráfica no estúdio. Foi nesse setor que ele começou a desenvolver as suas primeiras animações totalmente feitas com computador. Mas como nada foi muito fácil na vida de Lasseter, ele se deparou com outro problema, esse setor começou a ficar muito caro para a Lucasfilm conseguir manter, por isso teria que ser fechado. Foi então que apareceu Steve Jobs, conhecido por ser um dos fundadores da Apple, logo se interessou em investir em Lasseter e na sua equipe, já que achava a ideia da computação gráfica inovadora.
Desse investimento (?) surgiu a Pixar, estúdio responsável por criar em 1995 o filme “Toy Story”, considerado como o primeira longa-metragem feito totalmente em computação gráfica da história. A Pixar se tornou referência na animação e logo despertou na Disney o interesse de compra-lá. Depois disso outros estúdios surgiram inspirados na Pixar, como a DreamWorks Animation e a Blue Sky Studios. A animação correu um longo caminho para chegar no que conhecemos hoje, mas não podemos nos esquecer nunca de tudo isso que foi feito, pois vai muito além do mercado, animação é uma forma de arte. “A arte desafia a tecnologia, a tecnologia inspira a arte!” – John Lasseter ///// Dando um grande salto nessa linha do tempo temos Toy Story , do estúdio Pixar em conjunto com a Disney , lançado em 1995. Este foi o primeiro filme da história feito por computação gráfica em 3 dimensões. Um grande avanço tecnológico (Pixar animation Studios).
Finalizamos nossa linha do tempo com a melhor animação de 2018, ganhadora do Oscar na categoria Melhor Animação, Viva, a vida é uma festa também do estúdio Pixar e Disney.
Apesar de muitas outras melhorias, há uma última antes de entrar na era da animação digital: a criação dos 12 princípios da animação. Essa é uma evolução enorme do ponto de vista de produção, visto que ela é a própria base que utilizamos até os dias de hoje em qualquer tipo de animação. Criada pelos nine old men (Nove Anciões) ao longo dos anos, os 12 princípios da animação abordam 12 conceitos que ajudam a produzir a ilusão de que os desenhos estão sujeitos às leis da física, trazendo mais realidade, deixando a animação portanto mais crível para o público. Na era analógica, a animação em si passava por um processo muito prolongado e dependente de muitas pessoas. Primeiro se fazia os rascunhos de uma cena, passava-se a limpo com, era feito a colorização, cada frame era fotografado em uma câmera multiplano, para, aí sim, ser visto a cena final em um filme animado. Já no início da era digital, com a entrada dos computadores, todo o processo pôde ser reduzido em tempo e trabalho. Como resultado, tivemos o fechamento de grandes setores dentro da animação. Agora, tudo que é preciso para ver a sua cena final está à um botão de distância e ainda é possível visualizar a cena até mesmo com som habilitado.
Enquanto a animação 2D se adapta à era digital, também temos o início da animação 3D, que podemos definir como uma animação feita de imagens tridimensionais criadas à partir de CGI (Imagens Geradas por Computador). Assim, temos todo o processo da animação modificado, mas mantendo seus fundamentos básicos. Mas não se engane, pois a história da animação não para por aqui. Todo ano novas tecnologias são desenvolvidas e grandes investimentos são feitos em prol de uma das maiores indústrias de entretenimento do mundo: a animação.
OBSERVAÇÕES:
A animação digital é a arte de criar imagens em movimento utilizando computadores – um campo entre a computação gráfica e da animação. Todos os dias, são criados cada vez mais trabalhos com o uso de recursos gráficos de computador em 3D, mas ainda se usam bastante os gráficos de computador a 2D. Muitos vídeos publicitários utilizam da animação como forma de passar a mensagem de uma empresa ou negócio, por exemplo, para um público alvo.
A Noar Filmes é uma empresa do ramo da produção audiovisual, que trabalha produzindo uma série de vídeos para diversos clientes. E um dos principais pedidos, são os de animações para empresas. O uso dessa “linguagem” é um diferencial na publicidade de seu negócio, marca ou empresa.
A CalArts tinha como objetivo principal formar novos profissionais para trabalhar nos estúdios do Walt Disney, já que seus animadores já estavam ficando mais velhos e se aposentando. Novos talentos surgiram na escola ao passar dos anos, um deles foi o jovem aluno John Lasseter, que logo se destacou em sua turma e foi chamado para trabalhar nos estúdios Disney.
O que ele não sabia era que os direitos dos seus projetos não tinham sua assinatura como criador e a sua distribuidora ficou com todos os direitos de suas criações, seus projetos futuros e até mesmo os seus desenhistas. É importante lembrar que muitos desses desenhistas que saíram de seu estúdio nessa época foram responsáveis depois pela criação dos curtas Merrie Melodies, que mais tarde dariam origem aos Looney Tunes da Warner Brothers. Walt Disney ficou arrasado com essa situação dos direitos autorais, mas ainda tinha uma carta na manga, um camundongo que ele tinha desenhado com base em figuras geométricas no qual o batizou como Mickey Mouse. Com esse personagem Disney conseguiu abrir as portas para transformar a animação na indústria que conhecemos hoje, onde desenvolveu uma fórmula infalível, adaptar contos infantis em desenhos animados.