o que é o espiritismo?
O Espiritismo é, ao mesmo tempo, uma ciência de observação e uma doutrina fi losóf i ca. Como ciência prática ele consiste nas relações que se estabe-lecem entre nós e os espíritos; como fi losof i a, compreende todas as consequências morais que dimanam dessas mesmas relações.
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O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, origem e destino dos Espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal.
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Seria, realmente, um verdadeiro prodígio; eu precisei mais de um ano de trabalho para fi car convencido; o que prova que não cheguei a esse estado inconsideradamente.
Além disso, não realizo sessões públicas e parece-me que vos enga-nastes sobre o fi m das nossas reuniões, visto não fazermos experiências com o fi to de satisfazer à curiosidade de ninguém.
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Nuuuu que fecho!
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São as minhas ideias sobre a coisa em si, e não sobre a pessoa a quem me dirijo; posso respeitar a pessoa, sem participar de suas opiniões.
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quando, porém, uma coisa é má, não há elogio que a torne boa.
Se o Espiritismo é uma falsidade, ele cairá por si mesmo; se, porém, é uma verdade, não há diatribe que possa fazer dele uma mentira.
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Para combater um cálculo é necessário opor-se-lhe outro cálculo, o que exige saber calcular
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Colocando-se em um ponto de vista diferente, compreender-se-á que, não sendo os Espíritos mais que almas dos homens, todos nós, depois da morte, seremos Espíritos, e que, nestas condições, também estaríamos pou-co dispostos a servir de joguete, para satisfação das fantasias dos curiosos.
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Isso aqui é um bom ponto.
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Aquele que seriamente deseja instruir-se deve, nisto como em tudo, ter paciência e perseverança, e colocar-se nas condições indispensáveis;
doutra forma, é melhor não se preocupar com isso.
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O Espiritismo também tem aprendizes; e quem quer esclarecer-se não deve colher ensinos de uma só fonte, porque só pelo exame e pela comparação se pode fi rmar um juízo.
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Os Espíritos não são, como supõem muitas pessoas, uma classe à parte na Criação, porém as almas, despidas do seu invólucro corporal, daqueles que viveram na Terra ou em outros mundos.
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Faz-se geralmente uma ideia muito errônea do estado dos Espí-ritos; eles não são, como alguns acreditam, seres vagos e indef i nidos, nem chamas semelhantes a fogos-fátuos, nem fantasmas como os pintam nos contos das almas do outro mundo. São seres nossos semelhantes, tendo como nós um corpo, mas fl uídico e invisível no estado normal
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Quando a alma está unida ao corpo, durante a vida, ela tem duplo invólucro: um pesado, grosseiro e destrutível — o corpo; o outro fl uídico, leve e indestrutível, chamado perispírito.
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1o A alma ou Espírito, princípio inteligente em que residem o pen-samento, a vontade e o senso moral;
2o O corpo, invólucro material que põe o Espírito em relação com o mundo exterior;
3o O perispírito, invólucro fl uídico, leve, imponderável, servindo de laço e de intermediário entre o Espírito e o corpo.
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Quando o invólucro exterior está usado e não pode mais fun-cionar, tomba e o Espírito o abandona, como o fruto se despoja da sua semente, a árvore da casca, a serpente da pele, em uma palavra, como se deixa um vestido velho que já não pode servir; é o que se designa pelo nome de morte.
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12. A morte é apenas a destruição do envoltório corporal, que a alma abandona, como o faz a borboleta com a crisálida, conservando, porém, seu corpo fl uídico ou perispírito.
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A morte do corpo desembaraça o Espírito do laço que o prendia à Terra e o fazia sofrer; e uma vez libertado desse fardo, não lhe resta mais que o seu corpo etéreo, que lhe permite percorrer o espaço e transpor as distâncias com a rapidez do pensamento.
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A união da alma, do perispírito e do corpo material constitui o homem; a alma e o perispírito separados do corpo constituem o ser chama-do Espírito.
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Observação – A alma é assim um ser simples; o Espírito um ser duplo e o homem um ser triplo.
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se, em dado mo-mento, pudesse ser levantado o véu que no-los esconde, eles formariam uma população, cercando-nos por toda parte.
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Os Espíritos possuem todas as percepções que tinham na Terra, porém em grau mais alto, porque as suas faculdades não estão amortecidas pela matéria; eles têm sensações desconhecidas por nós, veem e ouvem coisas que os nossos sentidos limitados nos não permitem ver nem ouvir. Para eles não há obscuridade, excetuando-se aqueles que, por punição, se acham temporariamente nas trevas.
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Pois que os Espíritos podem ir a toda parte, é igualmente racional admitir-se que aqueles que nos amaram, durante a vida terrena, ainda nos amem depois da morte, que venham para junto de nós e se sirvam, para isso, dos meios que encontrem à sua disposição; é o que conf i rma a experiência.
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os Espíritos conservam as afeições sérias que tinham na Terra,
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O Espiritismo tem por fi m demonstrar e estudar a manifestação dos Espíritos, suas faculdades, sua situação feliz ou infeliz, seu futuro; em suma, o conhecimento do mundo espiritual.
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crer que os Espíritos, pelo simples fato de estarem desprendidos da maté-ria, devem saber tudo, estar de posse da sabedoria suprema. É um grave erro.
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Serão possíveis as comunicações entre as almas e os viventes?
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Os Espíritos podem manifestar-se de muitas maneiras diferen-tes: pela vista, pela audição, pelo tato, produzindo ruídos e movimentos de corpos, pela escrita, desenho, música etc.
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Às vezes, os Espíritos se manifestam espontaneamente por pan-cadas e ruídos; é muitas vezes um meio que empregam para atestar sua presença e chamar sobre si a atenção, tal como nós, quando batemos para avisar que está alguém à porta.
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Alguns não se limitam a ruídos moderados, mas produzem bulhas imitando louças que se quebram, caindo, portas que se abrem e fecham com estrondo, móveis lançados ao chão, e alguns chegam mesmo a causar uma perturbação real e verdadeiros estragos.
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Em certos casos, o Espírito pode fazê-lo sofrer uma espécie de modif i cação molecular que o torna visível e mesmo tangível; é como se pro-duzem as aparições
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Os Espíritos que se tornam visíveis apresentam-se, quase sempre, com as aparências que tinham em vida e que os podem tornar conhecidos.
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o Espírito, quando deixa o corpo, parece ter pressa de ir ver seus parentes e ami-gos, como para adverti-los de já não estar na Terra, e dizer-lhes que ainda vive.
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É igualmente por meio do perispírito que o Espírito faz os médiuns escreverem, falarem ou desenharem;
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Pelo pouco que dissemos, pode-se ver que as manifestações espíritas, de qualquer natureza, nada têm de maravilhoso e sobrenatural;
são fenômenos que se produzem em virtude da lei que rege as relações do mundo visível com o invisível, lei tão natural quanto as da eletricidade, da gravitação etc.
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As manifestações dos Espíritos são de duas naturezas: efeitos físi-cos e comunicações inteligentes.
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Os primeiros são os fenômenos materiais ostensivos, tais como os movimentos, ruídos, transportes de objetos etc.; os outros consistem na troca regular de pensamentos por meio de sinais, da palavra e, principal-mente, da escrita.
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Os Espíritos só podem responder sobre aquilo que sabem, segundo o seu estado de adiantamento,
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não basta dirigirmo-nos a um Espírito qualquer para obtermos uma resposta segura a qualquer questão; porque, acerca de muitas coisas, ele não nos pode dar mais que a sua opinião pessoal, a qual pode ser justa ou errônea. Se ele é prudente, não deixará de confessar sua ignorância sobre o que não conhece; se é frívolo ou mentiroso, responderá de qualquer for-ma, sem se importar com a verdade; se é orgulhoso, apresentará suas ideias como verdades absolutas.
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É por isso que João, o Evangelista, diz:
“Não creais em todos os Espíritos, mas examinai se eles são de Deus.”18
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Reconhece-se a qualidade dos Espíritos por sua linguagem;
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podem induzir-nos em erro, voluntária ou involuntariamente, sobre aquilo que nem eles mesmos compreendem.
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Os Espíritos inferiores não são todos, por isso, essencialmente maus;
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Devemos sempre estar calmos e concentrados, quando entrar-mos em comunicação com os Espíritos;
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os Espíritos são livres e só se comunicam quando querem
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