Zusammenfassung der Ressource
Educação Física
- Algumas ideias de pensadores que influenciaram a
para a Educação Física escolar, períodos diferentes de
tempo e pensamentos da sociedade.
- Soares (1994) Para a Educação Física, o ideal liberal
reservou a função de contribuir para uma nova servidão
do homem, dando-lhe novas formas para tratar com o
corpo, que deveria estar apto fisicamente para enfrentar
as jornadas do trabalho fabril.
- Hobsbawm (1977) Uma assertiva muito bem definida pelo
pensamento liberal foi a determinação de que os
exercícios físicos fossem parte do processo educacional,
sendo a educação considerada e acatada como poderoso
“instrumento de ascensão social”. A
- Segundo Grifi (1989) Bacon defendia que “(...) a atividade física podia
corrigir qualquer tendência ao mal e ao enfraquecimento e propunha
consequentemente, todos aqueles exercícios físicos que favoreciam na
conservação da saúde e, portanto, no prolongamento da vida humana”.
Bacon afirmava que os médicos ainda não tinham claro o efeito dos
exercícios, mas que praticamente não existia “quase” nenhuma doença
que não pudesse ser corrigida a partir de exercícios físicos apropriados;
reafirmava o redentorismo das práticas corporais renascentistas.
- Nicolas Andry de Boisregard um estudioso das práticas corporais, Ele
publicou uma tese na qual defendeu que “o exercício moderador é o
melhor meio de conservar a saúde”; também apresentou um tratado
sobre ortopedia que discute “como proceder para prevenir e corrigir, na
criança, as deformidades corporais”; defendeu a necessidade de correção
dos movimentos durante as atividades corporais e a importância do
desenvolvimento torácico.
- Boisregard fez também um estudo histórico
sobre a evolução do atletismo, abordando o
pentatlo, a luta, o pugilato, o pancrácio, as
corridas a pé, a cavalo e de carros puxados
por cavalo, relacionando-os às práticas
corporais gregas e romanas.
- A Ginástica Ortopédica criada por ele foi algo inusitado para o
campo de conhecimento das práticas corporais, em que aborda as
questões não só para as pessoas com deficiência física, mas
também para as consideradas sadias, com objetivo de que elas se
mantivessem assim.
- Com a contribuição dos estudiosos na fase inicial do sistema
capitalista, acumulou-se uma produção sobre o conhecimento das
práticas corporais, cuja constituição científica se deu sob o aporte
das Ciências Biológicas, que submeteu a ontologia do movimento
corporal às novas mediações específicas da particularidade
histórica que o Positivismo engendrava no contexto mais amplo.
Constituiu-se assim, uma área de conhecimento que se moldava à
sociedade que emergia no continente europeu, com a classe
burguesa à frente.
- Em cada reduto da Ginástica do final do século XVIII e, especialmente a
partir do século XIX foram se desenvolvendo as características
diferenciadas do que viria a ser a Educação Física do século XX, seja no
aspecto científico, utilitário ou pedagógico. Neste período da
constituição mais concreta do conhecimento posto pela racionalidade
científica exigida pela Ciência Moderna, os Métodos Ginásticos, nas suas
mais diversas abordagens desenvolveram-se em diversos países
europeus, cujos intelectuais mais influentes nas dimensões já citadas do
pensamento sobre as práticas corporais (científicas, utilitárias e
pedagógicas).
- Surgem na Europa na segunda metade do século XVIII e primeira do
século XIX as Escolas de Ginástica que sistematizaram cientificamente
os exercícios físicos, os quais ganharam forma pelos “Métodos
Ginásticos Europeus”, inicialmente desenvolvidos na Alemanha, na
Dinamarca, na Suécia, na França e na Inglaterra.
- A base teórica era anátomo/fisiológica, com fonte nas Ciências Biológicas
e orientação pela concepção positivista de ciência, o que abordava para,
além da saúde, a disciplina, comportamento indispensável à nova ordem
social vigente, ancorada na filosofia liberal. Esse ordenamento ideológico
deveria se fazer presente na fábrica, na escola, na família, dentre outros
espaços sociais.
- No início do século XIX a Educação Física surge como uma
re-emersão da Ginástica, para melhores patamares em relação ao
século anterior, quando passou por momentos difíceis em que
esteve excluída da escola e rejeitada pela comunidade cultural
européia.
- Os anos de 1800 marcaram um processo cultural tradicionalista, mas
ainda assim, é neste período da história da humanidade que a Educação
Física consegue despertar o Continente Europeu para as formas de seu
ensinamento e a sua utilidade para o modo de produção capitalista,
quando elabora maiores e melhores afirmações, comprovação que se faz
por muitos desses postulados estarem ainda intactos no seu aporte
teórico ou terem sido o ponto de partida para outras e melhores
compreensões, na atualidade.
- A nova concepção de homem e de mulher dada pelo modo de
produção capitalista e pela sociedade burguesa colocou a Educação
Física na base da educação geral e da pesquisa cultural e científica: os
alemães com a ginástica militar, os suecos com a pesquisa científica,
os ingleses com a prática dos jogos esportivos e os franceses com o
movimento pedagógico natural (GRIFI, 1989).
- A Escola Sueca apostou em investir numa ginástica com foco na
racionalidade científica, especialmente no estudo de exercícios
físicos que buscassem concomitantemente os aspectos
preventivos e curativos sobre a saúde (GRIFFI, 1989).
- Neste sentido temos um retorno à confusão conceitual sobre uma
saúde que se resolve pelas práticas corporais, ou seja, pensar em
exercícios “curativos” para a saúde tem sido um equívoco histórico
no campo da Educação Física. Registre-se que a Escola Sueca
também se ocupou da Ginástica orientada pelos aspectos
pedagógicos, bem como abordou com ênfase a Ginástica Estética.
- A Escola Francesa merece destaque no século XIX, notadamente
mais ao seu final, pela sua contribuição inegável à Ginástica
Moderna, tanto pelos estudos metodológicos no primeiro
momento, como pelos fisiológicos, em seguida.
- Foi uma corrente que deu a base para o pensamento da escola fundada
pelo alemão Johann Berhard Basedow, o qual apreendeu das idéias de
Rousseau, especialmente o conceito pedagógico sobre a “natureza”; a obra
de Rousseau (Emílio) lhe deu consistência na forma de pensar, ratificando
em sua escola o mesmo nível de tratamento para a Educação Física e a
Educação Intelectual, em que das 5 horas de aula diárias, 2 eram para
trabalhos manuais e 3 para recreação.Também foi influenciado por Locke.
- Ramos (1982) diz que o alemão Basedow concentrou suas idéias num
estabelecimento que denominou de “Philantropinum”, modelo de escola
oriunda da Dinamarca. Sua escola tinha a preocupação centrada no
ensino democrático, já que seus alunos vinham de diversas camadas
sociais, sendo a primeira escola a incluir a Ginástica no currículo,
dando-lhe a mesma importância das demais disciplinas. Suas publicações
apensaram as práticas corporais à educação intelectual e moral.
- Basedow foi professor primário, tendo ensinado também Filosofia e Literatura em
escolas da Dinamarca. A partir de uma prática diversificada foi constituindo seu
pensamento, pelo qual defendia “Uma escola, onde o treinamento físico e mental
marchasse paralelamente e trouxesse à educação dos jovens de seu tempo, um
cunho que possibilitasse o desenvolvimento integral da personalidade humana”
(MARINHO: 1980a, p.116).
- Ocorre mesmo que parte dos historiadores da Educação Física tem uma
leitura que, em maior proporção, aponta para o trabalho dos diversos autores
dos métodos ginásticos europeus, dando-lhes destaque pela abordagem que
fizeram à relação da Educação e da Saúde com a Ginástica, sendo os
exercícios físicos instrumento para este fim.
- Ponce (1990) diz que o discurso de Basedow afirmava que a Educação
consistia em formar “cidadãos do mundo”, premissa tão considerada
pelos seus analistas, mas que não leva em conta o contexto em que isso
se dava.