Zusammenfassung der Ressource
Psicologia e Democracia
- Psicologia e Política
- Conselho Federal de
Psicologia (CFP) = autarquia
de Estado que orienta e
fiscaliza a profissão de
psicólogo
- Década de 1980
- Lutou pelos direitos humanos e pela
democracia, equidade e igualdade,
participando das mobilizações das
diretas já e da constituição cidadã
- Década de 1990
- Fomentou o lema da "Psicologia e
compromisso social
- Anos 2000
- Adotou como bandeira a
atuação da Psicologia nas
políticas públicas
- Essas práticas resultaram em uma
psicologia mais plural e múltipla, que
exerce em inúmeros campos de trabalho,
que tem lugar de destaque nas políticas
sociais e que assume um compromisso
pela mudança e transformação
psicossocial
- O CFP assume posicionamento e
práticas que visam a produção de
uma sociedade mais igualitária,
justa e democrática, com menor
sofrimento psicossocial
- Ações eminentemente POLÍTICAS
- POLÍTICA refere-se às práticas de gestão de vida
no espaço da "polis" da cidade. Refere-se às
relações incessantes de poder e de forças que
são exercidas a todo momento nos espaços
sociais e que tem como finalizada a gestão de
vida
- Relação entre Psicologia e Política
- Assume posicionamentos políticos
- Práticas sempre envolvendo posicionamento social-historico
- Relações de força que culminam na gestão
da vida, tanto individual como social
- Atuação do psicólogo no Sistema Único de
Assistência Social (SUAS) exerce relações de
forças que podem transformar a vida da
comunicada.
- Inegável que a atividade do psicólogo no
seu consultório privado, ou mesmo um
psicodiagnóstico, altera as relações de
forças de um indivíduo consigo próprio e
com seu entorno, no qual pode
reconfigurar e assumir não só um novo
posicionamento existencial, mas também
político, porque se atualizam ali novas
relações de forças desejantes
- Práticas da psicologia exercem
forças que atuam na gestão da vida
e da subjetividade
- Assumem um posicionamento
político que pode incitar
processos de autonomia e
desejantes
- Processos cerceadores e de bloqueio de vida
- Podem implicar na emancipação e transformação
- Ou seu
reverso,
captura de
estimatizações
e
disciplinarizações,
opressão
da
violência
do
Estado,
exclusão
promovida
pelo
neoliberalismo
- Não há neutralidade nas práticas psicológicas
- Microfísica das relações de poder em
todos os espaços e práticas sociais
- "Se ignorarmos a
política, nos
tornamos vítima
dela" Prof.
Pedrinho Guareschi
- Psicologia e Ditadura Civil-Militar
- No Brasil e na América Latina a produção
acadêmica da psicologia investigou os efeitos da
violência de Estado e do regime de opressão das
ditaduras que se deflagram nas décadas de 1960
e 1970
- Estudos também com
finalidade política de produzir
novas narrativas sobre o que
ocorreu, diferente da versão
da "história oficial"
- Discursos sobre a memória são uma
forma de elaboração dos horrores,
visam a produção de uma
"contra-história"
- Atividade mnemônica é uma cartografia em
que seu método, não é o de escavar, mas de
acompanhar os movimentos de deriva dos
continentes
- Obras da psicologia com temática -
maior profusão na Década de 90
- Argentina
- Janine Puget
- sobre os efeitos psíquicos e na
memória da violência do
Estado
- Chile
- Equipe de Elizabeth Lira
- Produziu extensa obra a
partir dos milhares de
atendimentos que realizaram
- Uruguai
- Marcelo e Maren Vinar
- Referência para o estudo
psicanalítico sobre a tortura,
a violência e seus efeitos
subjetivos
- Brasil
- Naffah Neto
- Sobre as situações de tortura
- Arantes
- Psicanálise e
clandestinidade política
- Coimbra
- Análise pormenorizada sobre as práticas
da psicologia no período da ditadura
civil-militar
- Cecilia Coimbra
- Referência no país sobre as
discussões de psicologia,
violência e ditadura
- Fundadora do
"movimento tortura
nunca mais", não
apenas investigou a
violência do passado,
como também as
opressões que se
atualizam hoje em dia
- Abusos de violência policial-estatal
- 2013 CPF em parceria com a Comissão
Nacional dos Direitos Humanos
organizou o prêmio de Psicologia e
Direitos humanos: ditadura civil-militar
e repercurssão sobre a psicologia como
ciência e profissão
- Buscou estimular análises
problematizando o regime autocrático
e as possíveis implicações sobre a
psicologia
- Publicação do livro "A verdade é
revolucionária: testemunhos e
memórias de psicologas e psicólogos
sobre a ditadura civil-militar
brasileira (1964-1985)" - contém
narrativas de dezenas de psicólogas
de todo o país que vivenciaram o
período de exceção
- As opressões, os ataques à
democracia e aos direitos
sociais ocorrem a todo o
momento, atingindo outro ápice
na atualidade
- (2016) Desrespeito do judiciário a
resolução CFP 01/1999 =
"Estabelece normas de atuação
para os psicólogos em relação à
questão da Orientação Sexual"
- Conjuntura atual sinaliza com a defesa da
democracia é parte constituinte das lutas
para a manutenção de direitos sociais e a
criação de melhores condições sociais e
políticas para a classe trabalhadora, que é
a maior parte da população brasileira
- (2017) O Exército foi utilizado para
reprimir violentamente
manifestações pacíficas de dezenas
de milhares de pessoas
- Olhar para nossa história e o presente
criticamente e buscar perceber o que
restou da ditadura civil-militar
- Percebe-se que há uma estreita relação entre o que
permanece da ditadura no processo de
redemocratização e as recentes manifestações de
parte da sociedade brasileira
- Discussão sobre a função política da
psicologia, considera-se que a luta dos
direitos humanos e contra a
exploração e opressões não é algo que
ficou no passado.
- Atualizar a memória histórica das
duras experiências da ditadura
civil-militar se torna uma tarefa
importante
- Psicologia não apenas como conjunto de saberes ou
dispositivos técnicos de intervenção, mas no seu
compromisso enquanto instituição social para a
constituição de uma sociedade mais justo e
democrática
- Função política da psicologia na história brasileira
- Psicologia no "bando dos réus", para analisar suas implicações com os processos
políticos do país, se realmente esteve a serviço da democracia, ou se pode ter tido
alguma relação com a opressão do período dilatorial
- Para publicação foram encaminhadas 34 propostas -
aprovados 18 artigos, sendo 17 autores de todas as
regiões do país e 1 do México
- 5 artigos vencedores do prêmio
"Psicologia e direitos humanos"
- Agrupados em 4 tópicos
- Práticas e políticas da psicologia na ditadura civil-militar
- Referem à reconstrução da memória
e das narrativas no período da
ditadura civil-militar
- Psicología y descontrucción del
psiquismo: la utilización
prefesional del conocimiento
psicológico para la tortura de
presos políticos
- David Pavón-Cuellar
- analisa a utilização ds
psicologia para a
tortura de presos
políticos no mundo e
especialmente na
América Latina
- Centra-se em casos ocorridos no México, Uruguai, Chile e Brasil, além de
tecer considerações acerca do recente debate sobre os psicólogo
torturadores da American Psychological Association, EUA
- Ditadura e insurgência na
America Latina: Psicologia
da Libertação e
resistência armada
- Domenico Uhng e Fernando
Lacerda Junior (UFG)
- Discutem como a luta insurgente de ex-guerrilheiros brasileiros e um das FARC contra o
terrorismo de Estado no Brasil e na América Latina resultou na produção de novas ideias
na psicologia, a psicologia da libertação
- Como transformou as formas de
participação política dos sujeitos que
aderiram a práticas radicias de luta
política
- Luta armada na Psicologia: prática
de classe contra o terrorismo do
estado
- Juberto Antonio Massud de
Souza e Ana Maria Jacó-Vilela
(UERJ)
- Resgatam as trajetórias de estudantes e
profissionais da Psicologia que participaram
diretamente de organizações políticas que
adotaram a luta armada como tática de
combate à ditadura civil militar
- Demonstraram que existiam estudantes, psicólogos e psicólogas que
colocaram suas vidas em risco ou até mesmo morreram defendendo
uma sociedade igualitária e democrática
- Os autores argumentam que a
psicologia não foi apenas um
poço de práticas conservadoras
e defendem a ideia de que as
ações e os sacrifícios dos
exemplos de luta podem ter
contribuído para impulsionar
debates e problematizações
sobre as politicas da psicologia
no Brasil
- A psicologia brasileira nos ciclos
democrático-nacional e
democrático-popular
- Filipe Boechat (UFG)
- Tese de que a história da psicologia
como ciência e profissão no Brasil não
pode ser compreendida de forma
separada da história da formação
social brasileira
- Problematiza as diferentes propostas de
Psicologia que emergiram em dois períodos
específicos da sociedade brasileira
- Mostra a concepção "tradicional" de psicologia que predominou nas
primeiras décadas após a regulamentação da profissão esteve
estreitamente relacionada com as necessidades dos aparelhos
ideológicos do ciclo democrático-nacional da sociedade brasileira
- Elabora importante crítica sobre os
limites do tipo de "Psicologia Crítica"
que se tornou hegemônica após o
processo de democratização da
sociedade brasileira e destaca sua
estreita articulação com os aparelhos
ideológicos típicos do ciclo
democrático-popular
- O fazer psicológico no período
da ditadura militar
- Ana Maria Batista Correia (UFPI) e
Carla Nayad Castelo Branco Dantas
(Instituto Dom Barreto)
- discutem as práticas da psicologia no período da
ditadura civil-militar questionando se esta estava a
serviço do regime de opressão ou da sociedade.
- Para realizar tal reflexão utilizam a
perspectiva do psicólogo da libertação
Ignácio Martín-Baró
- Psicologia no contexto da
ditadura Civil-militar e
ressonâncias na
contemporaniedade
- Fabiola Figueiredo da Silva (Unifesp)
- buscou refletir sobre as relações entre
as práticas da psicologia e sias
entidades da classe profissional com a
ditadura civil-militar.
- Ressalta a importância de uma psicologia
ética e comprometida socialmente com a
realidade vivida
- Psicologia e a política
de direitos:
percursos de uma
relação
- Vinicius Furlan (PUC-SP)
- discute a relação da psicologia com
as políticas de direito nos períodos
da ditadura civil-militar e da
atualidade
- Investiga diferentes práticas que
mostram como a psicologia assume
práticas mais progressistas, ao
mesmo tempo em que há uma série
de desafios diante da profissão
- Psicologia Social e pesquisa com a
memória: método e reparação de
danos da ditadura civil-militar
- Luis Eduardo Franção Jardim (USP)
- discute as marcas que a ditadura
civil-militar deixou na memória
coletiva e individual.
- Apresenta o clínicas do testemunho e a
comissão da verdade como praticas de
justiça transicional
- Proposta metodológica de pesquisa com a
memória a partir da psicologia social, que
também podem contribuir neste processo
- Psicanálise e testemunhos: clínica e política
- Psicanálise foi um dos principais
dispositivos teóricos-clínicos utilizados
para elaborar os traumas e marcas da
violência de Estado na América Latina
- Psicanalistas não se
limitaram ao exercício
técnico, mas também
assumiram
posicionamento político
em relação às ditaduras
em nosso continente
- Grupo Plataforma,
dissidente da
Associação
Psicanalítica
Argentina
- Devido aos seu
aguerrido e crítico
posicionamento, foi
perseguido
politicamente e
muitos dos seus
integrantes tiveram
que se exilar em
outros países
- Artigos referem-se às investigações
psicanalíticas sobre os processos de
escuta e construção das narrativas,
em grande parte amparado no
projeto de reparação e justiça
transicional denominado de "Clínicas
do testemunho"
- Análise reparável e
irreparável: o conceito
psicanalítico de reparação na
agenda da transição brasileira
- Rafael
Alves Lima
(USP)
- Discute o conceito de
reparação me
distintas tradições
teóricas da
psicanálise.
- Fornece importante
material para a escuta
de testemunhos de
elaboração do
passado, que insistem
e persistem no
presente
- Reminiscência da violência
estatal: a reparação psíquica
através de uma clínica política
- Natalia Centeno
Rodrigues, Francisco
Quintanilha Véras Neto e
Rodrigo Fernandes
Teixeira (FURG)
- Sobre o processo
de transição da
ditadura
civil-militar para a
democracia.
- Focalizam as práticas reparatórias
adotadas e a constituição do projeto
responsável por fornecer a reparação
psíquica
- Clínicas do Testemunho
- Reparação psíquica e testemunho
- Alexei Conte
Indursky e Barbara
de Souza Conte (
Associação
Psicanalítica de
Porto Alegre)
- Debatem a implementação do projeto
Clínicas do testemunho, focalizando a
experiência do dispositivo "Grupo de
testemunho", enquanto uma via
clínico-política nas políticas de
reparação
- Processos psicoterápicos,
focalizam também as políticas
da reparação psíquica
- Ensino testemunhal entre os restos
da ditadura: uma metodologia
ético-política
- Helena Pillar Kessler,
Daniel Boianovsky
Kveller, Marina da
Rocha Rodrigues e
Karine Shamash
Szuchman (UFRGS)
- Narram a experiência de uma
disciplina de graduação que
fozalizou o que permanece da
ditadura entre nós. Trauma,
testemunho e crise foram
conceitos cruciais utilizados para
refletir sobre o ocorrido
- Psicologia e os
movimentos de raça,
etnia e sociais
- Trabalhos relacionados a
movimentos sociais,
raciais e étnicos
relacionados aos impactos
da ditadura civil-militar
- Abordadas as discussões sobre o
negro, os indígenas e o maior
movimento social latino-americano, o
movimento dos trabalhadores sem
terra (MST)
- A psicologia e o discurso
racial sobre o negro: do
objeto da ciência ao
sujeito político
- Lia Vainer Schucman
(USP) e Hilberto
Martins (UFF)
- Discutem como se modificaram as apreensões da psicologia
sobre os estudos raciais, desde o inicio do século XX até o
período de pós democratização do país
- Ha um deslocamento de sentidos na qual a psicologia
abordava o negro como objeto, mas, seguindo a
atualização de forças progressistas da abertura
política
- Tomou-se as questões raciais a partir de um
enfoque crítico e politizado, no qual este
emerge como protagonista e importante ator
social
- Parecer psicossocial da
violência contra os povos
indígenas brasileiros: o caso
do reformatório Krenak
- Bruno Simões
Gonçalves (UFRRJ)
- Analisa algo pouco presente nos
estudos tradicionais sobre a
ditadura-civil militar: a violência estatal
policial contra os indígenas
- Análise documental, viagem de campo e 23 entrevistas, o
autor investigou o centro de detenção de indígenas que
ficou conhecido como "Reformatório Krenak que
funcionou entre 1969 e 1973
- Práticas discursivas sobre a luta
pela terra na transição democrática
brasileira
- Jáder Ferreira Leite, Magda
Dimenstein e Candida Maria Bezerra
Dantas (UFRN)
- Narram o acontecimento do I
congresso Nacional do movimento
de trabalhadores sem terra (MST)
- Ressaltam a relação do MST e
da comissão da pastoral da
terra (CPT) com a reabertura
política no país
- Desafios para a
democratização do
presente
- Reflexão sobre o papel da
psicologia nas lutas
contemporâneas, como pela
laicidade, pela democratização
da cidade e na luta contra a
militarização do
contemporâneo
- Psicologia, democracia e
laicidade em tempos de
fundamentalismo religioso
- Tatiana Lionço (UnB)
- defende a importância da
laicidade para práticas
democráticas e sociais na
Psicologia
- Analisa a ofensiva do fundamentalismo
religioso e a denominada "Psicologia
Cristã" contra as normativas da profissão,
tal como a resolução CFP 01/1999
- Destaca as práticas e lutas do
CFP em defesa da laicidade e de
um exercício ético na Psicologia
- Psicologia e democracia em
um cenário de cidade como
campo de disputa
- Elisa Martins, Fhillipe
Pereira, Gabriela Salem,
Lucas Gabriel de Matos
Santos e Roberta Brasilino
Barbosa (UFRJ)
- Mostram a necessidade de práticas que visam
democratizar o espaço urbano da cidade, bem
como a subjetividade
- Discutem o papel da psicologia para os
processos de democratização de uma
cidade que constantemente nos vem sendo
sutraída
- A ditadura que se perpetua:
direitos humanos e a
militarização da questão social
- Ana Vládia Holanda Cruz
(Faculdade DeVry Fanor)
e Tatiana Minchoni
(UFSC) e Adriana Eiko
(UFF - Volta Redonda)
- Discutem como a violência da ditadura se
perpetua no presente nas práticas de
militarização do contemporâneo
- a partir da Criminologia
Crítica refletem sobre a
construção da figura do
delinquente como inimigo
interno, assim como da
função dos processos de
criminalização